Capítulo 44 - A caminho do paraíso

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Lee Na

Tive que sentar em cima da mala para conseguir fechar o zíper dela, pois como havia comprado mais coisas depois que chegamos, acabou ficando mais difícil de encaixar todos os meus pertences dentro dela. Quando enfim consegui realizar aquela proeza, parei ali mesmo, suspirando de alívio, e foi aí que fui pega em flagrante.

- O que você está fazendo? - perguntou Han, em frente à porta do quarto.

- Não está óbvio? Fechando a minha mala.

- Para quê? 

- Para que você acha? Seungmin e eu vamos embora.

- Por quê? - questionou, parecendo abismado.

- Você sabe por quê... não se faça de sonso.

Sem mais nem menos, meu cunhado entrou dentro do quarto e fechou a porta atrás de si. Com aquela movimentação repentina da parte dele, eu acabei me levantando de cima da mala, sem saber pelo que esperar ou se seria melhor expulsá-lo de volta para fora do quarto.

- Não foi para isso que eu assinei quando você veio me dar dicas de como recuperar meu casamento.

- Foi exatamente para isso que você assinou quando foi até o fim com a ideia. 

- Lee Na, eu não queria te atingir com Hyunjina, eu juro que não era essa a minha intenção.

- Tendo intenção ou não, você esperava o quê? Que eu ficasse para assistir de camarote o seu conto de fadas voltar ao felizes para sempre?

- Vocês não têm que ir embora por minha causa, eu posso maneirar nas demonstração de afeto dentro de casa se isso te machuca.

- Que diferença isso faria, Han? Nós nunca vamos poder ficar juntos. Por que você quer me ter por perto se estamos fadados ao erro? É Felícia, não é? Você ainda tem gana de ficar próximo a ela. Pois deixe a minha filha para o seu irmão.

- Desta vez não é isso, é só você. Se estamos fadados ao erro, que seja... antes errar e viver do que nunca experimentar o que nós temos.

- Acontece que eu não quero mais ser um erro, eu quero ser o acerto. Eu não quero sentir que preciso ser um segredo, que preciso me esconder. E você não pode me dar isso.

Meu cunhado pressionou um lábio contra o outro e assentiu com a cabeça, mas não parecia que estava de fato concordando com o que eu dissera, soava mais como se estivesse ponderando em cima das minhas palavras antes de expor seus pensamentos.

- Eu não menti meus sentimentos quando me declarei para você - comentou.

- Acontece que a gente se conheceu tarde demais...

Han deu um passo à frente e segurou uma de minhas mãos.

- Você tem que fazer o que acha melhor, mas saiba que nada mudará para mim, e mesmo que você deixe de corresponder aos meus sentimentos românticos, eu fui seu amigo no passado e quero que você possa contar comigo dessa forma também se precisar. Eu falhei até nisso quando você foi embora da última vez, e continuo te devendo pela minha falta de tato. Então... se um dia precisar de ajuda, com qualquer coisa que seja, pode me ligar. Não esqueça. Não importa que esteja em outro continente, você vai continuar sempre no meu pensamento.

Eu estava lutando para manter minhas emoções dentro de mim, até porque, mesmo que as palavras dele me tocassem, eu estava muito ressentida para me deixar levar por elas naquele momento. Han nem olhara para trás para saber o que eu tinha sentido quando ele cresceu os olhos para cima da mulher dele após a chegada triunfante dela na noite passada, e aquilo me magoou com mais força do que eu esperava. Por isso não respondi suas palavras, apenas voltei meu olhar para baixo e acabei olhando para nossas mãos, e quando ele percebeu que eu não responderia mesmo, ergueu a minha mão e a levou até os seus lábios, beijando ela com leveza.

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