Capítulo 34 - Afeto nas entrelinhas

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Seungmin

Lee Na não estava sedenta por mim e também não queria que nos acertássemos de verdade, aquele pedido por sexo, nada mais era do que uma resposta ao quanto estava à flor da pele com a gravidez e precisava relaxar, e, de tão angustiada que devia estar - até mesmo por minha culpa, por tê-la negligenciado no dia anterior -, ela quase me vetou de pegar um preservativo, pois queria começar aquilo o quanto antes possível, mas eu consegui dissuadi-la disso a tempo e nem precisei me mover dali para alcançar um, já que tinha deixado à mão na minha carteira sobre a mesinha de cabeceira, o que facilitou para que o clima não se quebrasse. Eu queria voltar a ficar de bem com ela, então decidi realizar o seu desejo imediatamente, faria o que fosse necessário para acalmar o seu espírito.

A atração sexual que Lee Na tinha por mim, não era relacionada diretamente às suas emoções, mas se dava por conta da sua personalidade ligeiramente hedonista, com foco no prazer pessoal acima de todo o resto. Porém, eu não me importava em ser sua cobaia sempre que ela sentisse anseio por luxúria, na verdade, eu gostava de ser requisitado por minha esposa para esse fim. Querendo ou não, Lee Na era uma mulher que, de tão provocante, chegava a ser irresistível, e ser o seu alvo, acabava me dando uma sensação lisonjeira. Em parte, era também por isso que, no início, me incomodara muito que meu irmão lhe chamasse atenção, porque eu não queria perder o sentimento de satisfação que eu tinha toda vez que ela me procurava para extravasar sua libido. Era um grande afago ao ego, ser desejado por uma mulher tão bonita como ela.

Mesmo que eu não amasse minha esposa, no momento, só de ver o rumo que o seu físico estava tomando, eu conseguia sentir amor pelo seu corpo, pois Lee Na estava mais linda que nunca, carregando Felícia consigo. A cada dia que passava, dava para notar mais sinais de sua gravidez, e era muito empolgante saber que eu tinha tido parte naquele evento mágico que ocorria com ela. De certa forma, eu tinha muito orgulho que tanta beleza pudesse ter tido um pouco da minha influência, e eu seguia tentando me manter firme em acreditar que aquela criança era minha - pois, de qualquer forma, ela seria minha filha, mas era óbvio que se ela tivesse os meus genes, viria a ser a realização completa do meu sonho.

Depois que nós dois atingimos o orgasmo, Lee Na saiu de cima de mim, puxando a coberta da cama e se deitando por baixo dela, e, como se fosse o curso natural a tomar, copiei o que ela havia feito e puxei seu corpo de encontro ao meu. Assim que afastei seus cabelos úmidos, para deixar o seu pescoço livre, senti o mesmo perfume que havia passado de Hyunjina para mim durante o nosso beijo no dia anterior, afinal, minha esposa não tinha tido tempo de buscar seu próprio shampoo para usar no banho, então pegou emprestado da cunhada novamente. Impregnado por aquela nostalgia, selei sua pele delicadamente, deslizando meus lábios ali com lentidão.

- Eu não quero um round dois, Seungmin - avisou ela, deduzindo que o meu carinho repentino tinha uma segunda intenção por trás.

- Eu também não - admiti e beijei seu pescoço mais uma vez, descendo a minha mão para acariciar o seu abdômen e sentindo ela ter um arrepio de cima a baixo com o meu toque -, eu só quero ficar mais um pouco contigo aqui. 

- Hum...

- Você me perdoou, certo? Foi por isso que quis vir para a cama comigo, não foi?

- Foi um começo.

- Tudo bem, isso já está de bom tamanho para mim. 

Dei mais um beijo sobre a pele dela e Lee Na arqueou um pouco o ombro, o que me pareceu uma tentativa de repelir o meu toque.

- O que foi? - perguntei.

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