Capítulo 52 - Uma gentileza casual

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Lee Na

Por mais que eu já tivesse vivido dias péssimos na minha juventude e brigas horríveis com Seungmin, aquele fim de semana foi de longe o pior da minha vida, pois não ter a presença de Felícia junto a mim, era a maior tortura que eu poderia imaginar.

Tentei me ocupar com meus planos pelo menos no sábado, pois ainda conseguiria pegar alguma imobiliária aberta e visitar apartamentos, porém, domingo foi maçante, para dizer o mínimo, porque eu mal podia esperar para que segunda-feira chegasse e eu pudesse ter minha pequena de volta.

Antes de ter engravidado, eu nunca tinha me imaginado como mãe, não era algo que eu tinha em mente ou um sonho de vida, mas logo depois que descobri a gestação, foi automático o meu amor por aquela criança. 

E era engraçado pensar que eu estava com tanta saudade, pois, para outras mães, o afastamento esporádico dos filhos era como uma pequena folga, mas eu não me importava em ter que carregar Felícia para onde quer que eu fosse, porque a companhia dela era o que eu mais gostava no meu dia a dia.

No entanto, quando Jeongina trouxe ela de volta na segunda-feira, eu pedi à minha irmã que ficasse com Felícia durante aquela tarde, liberando que ela pedisse serviço de quarto e o que mais tivesse vontade, só para que eu não fosse obrigada a cansar minha filha durante a sequência de visitas que eu faria naquele dia.

As coisas que Seungmin havia me dito, continuavam rondando a minha mente, mas eu não queria acreditar que ele poderia ter alguma razão, eu continuaria me empenhando para fazer tudo dar certo. Porém, passou terça, quarta, quinta e sexta, e eu ainda não tinha conseguido um inquilino para o meu apartamento e nem um outro lugar para morar, e por isso fui obrigada a renovar estadia no hotel por mais uma semana.

Aquilo era péssimo, pois se Seungmin soubesse que eu continuava instável em questão de moradia, teria ainda mais bagagem para usar contra mim se viesse a me levar à tribunal com a questão da custódia de nossa filha, e era por esse motivo que a cada dia que passava, eu ficava ainda mais nervosa.

No entanto, no meio da semana seguinte, finalmente consegui um lugar para onde me mudar, não era ideal, mas estava dentro do meu orçamento e a proprietária não tinha se incomodado com a minha condição de mãe solteira, então eu já poderia considerar aquela uma grande conquista. Ficava perto do centro comercial de Seul, só que isso não era realmente uma vantagem, pois ali costumava ser bastante barulhento e, durante a noite, muitas luzes se mantinham acesas quase em tempo integral. Entretanto, aquele certamente não era o lugar em que eu moraria eternamente, era só provisório até que eu conseguisse alugar o meu imóvel e arranjar um emprego, então eu lidaria com essas questões desfavoráveis da região, da melhor maneira que pudesse.

O apartamento era pequeno, mas ao menos já estava mobiliado com o que era necessário para viver, os móveis e eletrodomésticos eram simples, porém serviriam perfeitamente às suas funções. Só tinha um quarto ali, mas como Felícia ainda era um bebê, dividiríamos ele tranquilamente, no entanto, eu não teria como chamar Jeon para morar conosco ainda, então esse havia sido um ponto negativo. Contudo, no geral, eu estava feliz com aquela aquisição, pois, de todos os apartamentos baratos que eu tinha ido ver, aquele era um dos mais arrumados e decentes.

Como eu já tinha pagado pela minha estadia no hotel naquela semana, deixei para me mudar no sábado, quando Felícia foi levada para ficar com o pai dela, assim ela não teria que passar por esse processo e eu conseguiria ajeitar com calma as nossas coisas na nova casa. Quando chegou segunda-feira novamente, pedi que Jeongina aproveitasse algum momento em que Seungmin saísse, e empacotasse mais uma mala para mim, porque eu não tinha conseguido levar todos meus pertences da primeira vez, mesmo carregando duas bagagens - além de que precisaria de mais trocas de roupa para Felícia também. Se faltasse alguma coisa de nossa filha para Seungmin, ele facilmente compraria de novo, mas eu tinha medo de em breve não poder me dar esse luxo.

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