Han
Lee Na continuou morando no mesmo apartamento, mesmo que já tivessem se passado alguns meses que ela estava recebendo o aluguel que eu pagava pelo imóvel que estava em seu nome. Acredito que talvez essa decisão tivesse sido calculada para que ela pudesse guardar algum dinheiro antes de procurar por um novo lugar, e como Felícia não precisava ainda de um quarto só seu, não tinha realmente a necessidade de fazê-la passar por outra mudança em tão pouco tempo.
Àquela altura, a menina já estava andando pela casa e era a coisa mais adorável do mundo observá-la cair e dar risada de si mesma, além de brincar de pegar com ela, que tentava correr sem ter realmente velocidade para isso. Felícia estava crescendo, e embora eu tivesse perdido o seu primeiro ano de vida inteiro, eu me sentia muito honrado de poder acompanhá-la de perto agora.
Quando Lee Na parava para brincar com ela, era muito divertido de observar, pois ela descia de sua pose inalcançável e passava a agir de um jeito fofo perto da filha, e assim que percebia que eu estava entretido em prestar atenção nela, suas orelhas pegavam fogo de tão vermelhas que ficavam por ter se permitido fazer aegyo em frente a mim, e, no segundo seguinte, Lee Na soltava uma risada abafada, constrangida consigo mesma, e aquele era apenas um dos diversos sorrisos que eu amava ver em seus lábios.
Eu estava perdidamente apaixonado por ela e toda vez que nos olhávamos nos olhos, meu coração acelerava e eu tinha vontade de beijá-la, mas Lee Na estava certa não permitir que eu ultrapassasse essa linha, eu ainda era um homem casado e precisava lidar com essa questão antes de tentar me reaproximar romanticamente dela. Ainda que minha ex-cunhada seguisse com seu nome atrelado ao seu próprio contrato de casamento também, ela tinha dado um passo a frente quanto a isso, no momento em que decidiu pela separação, e eu precisava fazer o mesmo se quisesse ser a pessoa a fazê-la feliz.
Após o almoço daquele dia, Lee Na estava sentada no chão com Felícia e as duas estavam rodeadas por brinquedos, enquanto eu as observava do sofá.
- Diz "mamãe" - pediu ela, falando com filha. - Ma-mãe.
A menina falou uma série de palavras que não existiam em vez de dizer o que sua mãe estava tentando ensinar.
- Não, filha. É "mamãe", você quase disse esses dias. Fala para mim, vai.
- Han! - disse Felícia, em alto e bom som.
O sorriso no rosto de Lee Na se apagou instantaneamente.
- Não! Não! - exclamou alto, olhando para a filha e depois virando para mim. - Eu escutei errado, certo?
Acabei rindo antes de lhe responder algo.
- Ela disse o meu nome, não foi? - questionei.
- Não pode ser...
- Por que não?
Lee Na ignorou a pergunta e voltou seu foco para a menina.
- "Mamãe", Felícia, "mamãe".
- Han! - disse a criança outra vez, com um ar de animação.
Eu poderia ter rido daquilo novamente e ficado contente que Felícia tivesse aprendido a falar o meu nome, mas a mãe dela parecia tão incomodada com o que tinha acabado de presenciar, que eu achei melhor não comemorar aquele feito.
- Isso é um pesadelo - lamentou Lee Na.
- Mas por quê? - perguntei, receoso sobre o que ela estava sentindo. - É tão ruim que ela saiba o meu nome?
- É sim, e é tudo culpa minha.
- Mas qual é o problema? Vocês passam muito tempo juntas, então ela certamente já deve ter falado outras coisas para você. Essa é só mais uma palavra qualquer...
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SKZ Family
Fiksi PenggemarUma família se expande e então uma rede de intrigas começa a surgir entre seus membros, colocando à prova a possibilidade de finais felizes para os casais que iniciaram juntos esta jornada. *Esta história é baseada no quadro SKZ Family, ou seja, é u...