Laia Codina

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S/n pov.

Era um dia ensolarado em Londres, e o aroma do gramado recém-cortado invadia o ar. Eu estava nervosa, pulsando de ansiedade e excitação ao mesmo tempo. Após meses de espera, finalmente assinei meu contrato com o Arsenal. O sonho de jogar em um dos maiores clubes do mundo estava se tornando realidade, mas havia uma sombra que me acompanhava: Laia Codina.

Laia. O nome ecoava na minha mente como uma canção que não consigo esquecer. Éramos ex-namoradas, e a separação ainda doía como uma ferida aberta. Cada vez que me deparava com ela nos treinos, era como se o tempo parasse. Seus olhos castanhos brilhavam sob a luz do sol, e eu sentia meu coração acelerar. Era difícil ignorar a química entre nós, mesmo depois de tudo.

Nos primeiros dias de treino, mantivemos uma distância respeitosa. Eu a observava de longe, admirando sua habilidade e determinação em campo. Ela era uma jogadora incrível, e o Arsenal tinha sorte de tê-la. Mas, à medida que os dias passavam, eu percebia que a tensão entre nós era palpável. Um olhar, um sorriso involuntário, e a lembrança das risadas compartilhadas voltava a me assombrar.

Foi durante uma tarde chuvosa que tudo mudou. O treino havia terminado, e o vestiário estava quase vazio. Eu estava me preparando para ir embora quando ela entrou, com os cabelos molhados colados ao rosto e uma expressão que só eu conhecia. Aquele olhar me fez perder o fôlego. "Oi," disse ela, timidamente, como se não soubesse por que estava ali.

"Oi," respondi, tentando disfarçar a tempestade de emoções que se formava dentro de mim. "Como você está?"

"Bem, e você?" A conversa era banal, mas a tensão era eletrizante. Nossos olhares se encontraram, e por um breve momento, tudo que parecia importante eram apenas nós duas, ali, naquele espaço.

O que aconteceu a seguir foi como um ímã. Sem pensar, eu me aproximei. Nossos braços se tocaram e, em um instante, estávamos envolvidas em um abraço que falava mais do que mil palavras. A sensação de estar novamente perto dela era avassaladora. Mas, como sempre, a realidade nos atingiu. Rapidamente nos afastamos, como se o toque tivesse queimado nossa pele.

"Precisamos parar com isso," murmurei, tentando ignorar a dor no meu peito. Laia assentiu, mas seus olhos diziam o contrário. A vontade de estar juntas ainda era forte, mas o medo de admitir isso nos mantinha em silêncio.

Nos dias seguintes, as recaídas se tornaram frequentes. O que deveria ser apenas um treino se transformava em momentos intensos, onde tudo que podíamos fazer era nos olhar e lembrar do que já tivemos. Era uma dança delicada entre a saudade e o orgulho. Em campo, éramos profissionais, mas fora dele éramos duas mulheres perdidas em um mar de sentimentos não resolvidos.

O tempo passava, e a dinâmica entre nós se tornava mais complicada. Eu sabia que Laia ainda me queria, e a verdade é que eu também a queria. Mas a ideia de expor nossos sentimentos e arriscar tudo me assustava. Então, continuamos assim, em um ciclo de olhares furtivos e sorrisos contidos, enquanto o mundo ao nosso redor seguia em frente.

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