Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ponto de vista: Gabi Portilho
Os dias passaram como folhas sendo levadas pelo vento. Eu costumava acordar todos os dias com um sorriso no rosto ao lembrar da s/n. Nossos momentos juntos eram pura alegria — risadas, confidências e promessas de um futuro brilhante. Mas, agora, sinto como se estivéssemos vivendo em mundos paralelos, mesmo estando tão próximas.
Acordo em uma manhã ensolarada, mas a luz que entra pela janela parece mais fria do que antes. Olho para o lado e vejo s/n adormecida, seu rosto sereno e bonito. Um nó se forma em meu peito ao perceber que, apesar de estarmos fisicamente juntas, há um abismo que parece se alargar entre nós. O tempo que costumávamos passar conversando até altas horas agora se transformou em silêncios constrangedores.
Decido me levantar e preparar um café da manhã. Enquanto coloco o pão na torradeira, minha mente é invadida por memórias de nós duas juntas — as noites de filmes, os passeios no parque, o jeito como ela me olhava nos olhos e tudo parecia perfeito. Onde foi que tudo mudou? O aroma do café fresco preenche a cozinha, mas ele não traz o mesmo conforto que antes. Sinto falta da conexão que tínhamos.
Quando s/n acorda, um sorriso tímido surge em seu rosto, mas logo desaparece. Ela se senta à mesa, e o silêncio se instala entre nós. As conversas que antes fluíam naturalmente agora parecem forçadas. Tento puxar assunto sobre coisas que costumávamos adorar, mas as respostas dela são curtas e desinteressadas. É como se eu estivesse tentando alcançar alguém que já não estava mais ali.
Nos dias seguintes, a rotina se repete. Trabalho, compromissos e, no final do dia, voltamos para casa como estranhas. É doloroso ver como, mesmo ao lado dela, me sinto sozinha. Às vezes, pego s/n olhando pela janela, com um olhar distante, e me pergunto se ela também sente a distância que se instalou entre nós.
Uma noite, finalmente, decido que preciso falar. Sentamos no sofá, a luz suave da sala criando um ambiente acolhedor, mas a tensão no ar é palpável. "Você está bem, s/n?" pergunto, tentando esconder a preocupação na minha voz.
Ela hesita, e isso me diz tudo. "Eu... não sei, Gabi. Parece que estamos tão distantes ultimamente." O eco de suas palavras ressoa em meu coração. "Eu sinto isso também", respondo, a voz embargada. "Mas eu quero que voltemos a ser como antes."
Olhamos uma para a outra, e por um instante, o tempo parece parar. As lembranças de tudo que construímos juntas nos envolvem, mas a dúvida e o medo de perder o que temos agora também são fortes.
"Podemos tentar", s/n sugere, e há uma esperança timida em sua voz. Um fio de conexão se restabelece, e, embora eu saiba que o caminho será difícil, é um passo que precisamos dar. Afinal, o amor que temos é forte, e estou disposta a lutar por isso.
E assim, entre silêncios e lembranças, decido que não vamos deixar que a distância nos separe. Nós somos Gabi e s/n, e nosso amor merece ser resgatado.