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S/n pov.
A academia estava sempre cheia, mas, para mim, o lugar tinha um significado especial. Desde que comecei a treinar lá, uma figura me chamava a atenção: Sheilla Castro. A ex-jogadora de vôlei, com seu jeito confiante e sorriso encantador, era a treinadora dos meus sonhos. A cada treino, meu coração acelerava ao vê-la corrigir a postura de uma aluna ou dar dicas com aquele tom firme e doce ao mesmo tempo.
Era um dia comum, mas o clima estava diferente. Eu havia me esforçado muito, e Sheilla tinha notado. Depois de um exercício intenso, ela se aproximou de mim, com um brilho nos olhos que me fez sentir como se estivesse nas nuvens.
— Muito bem, S/N! Você está se saindo melhor a cada dia — ela elogiou, e eu senti um calor subir pelo meu rosto.
A conversa fluiu naturalmente, e eu não pude evitar de me perder em seus olhos. Cada palavra dela parecia uma melodia, e eu me perguntei se ela sentia o mesmo. Mas algo na forma como ela brincava com as palavras me deixava confusa. Às vezes, parecia que ela estava flertando, e em outras, apenas sendo a treinadora profissional que todos conheciam.
Nos dias seguintes, as interações entre nós se intensificaram. Ela fazia piadas, me desafiava e, de vez em quando, nossos olhares se cruzavam de uma maneira que me deixava atordoada. Eu sabia que estava me apaixonando, mas a incerteza me consumia.
Certa tarde, enquanto eu me preparava para mais um treino, Sheilla se aproximou com um sorriso travesso.
— S/N, o que você acha de um desafio? — ela perguntou, os olhos brilhando.
Meu coração disparou. Eu adorava desafios, especialmente quando vinha dela. Contudo, havia algo em sua voz que soava provocativo.
— O que você tem em mente? — respondi, tentando manter a compostura.
— Se você conseguir completar todos os exercícios sem falhar, eu vou te levar para um café depois do treino. Mas se você não conseguir, terá que me ajudar na próxima aula.
Eu ri, um misto de nervosismo e excitação. Aceitei o desafio, mas enquanto os exercícios avançavam, percebi que ela estava jogando com os meus sentimentos. Cada vez que eu falhava, ela fazia uma cara de desapontamento, mas logo depois lançava um sorriso que me deixava ainda mais confusa.
No final do treino, eu havia perdido, mas não me importei. O que eu realmente queria era aquele café. Quando Sheilla se virou para mim, pronta para me lembrar do acordo, vi uma faísca de alegria em seu olhar.
— Vamos lá, S/N. Você pode me ajudar na próxima aula, mas primeiro, um café. — Ela piscou.
Naquele momento, percebi que, apesar de toda a confusão, havia algo mais forte entre nós. O jeito como ela me olhava fazia meu coração dançar. O que eu não sabia era que esse era apenas o começo de uma relação complicada, repleta de risadas, desafios e, acima de tudo, sentimentos que eu nunca imaginei que poderia ter por alguém como Sheilla.
