Corações Em Conflito (Rhaenyra, Alicent e S/N)

Rainha Rhaenyra Targaryen

Rhaenyra finalmente estava sentada no Trono de Ferro. A sala do trono estava silenciosa, exceto pelo som ocasional das armaduras de guardas em seus postos e o vento que entrava pelas altas janelas. Seu olhar era firme, mas o peso de tudo o que havia perdido estava em seus olhos. Cada corte, cada vitória, custou um pedaço de sua alma. Agora, ela segurava o poder absoluto, mas a que custo?

Otto Hightower estava diante dela, ajoelhado e com as correntes que já não lhe serviam mais como Mão do Rei. O silêncio que precedeu sua sentença foi sepulcral. Ele sabia o que estava por vir, mas o orgulho em seu olhar mostrava que ele nunca pediria perdão. Alicent estava ao fundo, junto de Haelena, ambas de luto, mas com uma estranha tranquilidade. Alicent não olhou para o pai, nem uma vez, e isso falou mais do que qualquer palavra poderia. Quando Rhaenyra o condenou à morte, sua voz soou fria e implacável. Alicent culpava Otto por ter corrompido o futuro de seus filhos, e agora, os três estavam mortos.

As espadas reluziram, e o fim de Otto chegou rápido. A vida de intrigas e manipulações acabou sem pompa, apenas o estalo do aço.

Rhaenyra olhou para Alicent e Haelena, suas aliadas inesperadas. As três mulheres, embora aliviadas por ver o fim de uma guerra, estavam envoltas em suas próprias tragédias pessoais. Haelena, que sempre teve vislumbres do futuro, lamentava por não ter visto isso mais claramente. Seus irmãos seguiram o caminho do avô, e ela sabia que a destruição deles começou com Otto. Alicent, por sua vez, sabia que seus filhos, embora criados por ela, nunca foram verdadeiramente seus. O amor deles sempre foi controlado pelas ambições de Otto. Agora, ela era mãe de sombras, de lembranças, e o peso disso estava gravado em seu rosto.

Enquanto isso, S/n se preparava para se despedir de seu pai. O lobo de S/n, fiel como sempre, não a deixou por um segundo sequer, sabendo que a batalha da alma dela ainda estava por vir. O pai de S/n, com orgulho misturado à saudade, voltou para Winterfell, levando consigo a promessa de paz no Norte. S/n, por sua vez, sentia o peso da responsabilidade crescer em seus ombros, mas não permitiria que isso a quebrasse.

Ela percebeu, em meio ao luto por Jofrey, que Rhaenyra estava mais isolada do que nunca. Era como se a morte de seu filho tivesse apagado a chama que a guiava. Aproximando-se da rainha, S/n respirou fundo antes de falar, escolhendo cada palavra com cuidado. "Rhaenyra," disse ela, a voz baixa, mas firme, "não deixe que a dor te consuma. Jofrey pode ter partido, mas seu legado e a força dele permanecem em você. Você é uma verdadeira Targaryen e deve honrar isso." Rhaenyra olhou para S/n, e os olhos da rainha brilharam com uma mistura de gratidão e tristeza. “Eu... eu não sei como continuar sem ele,” admitiu, sua voz trêmula. S/n tocou gentilmente o braço da rainha, encorajando-a. "Você não está sozinha. Estamos todas aqui para você. E eu vou lutar ao seu lado, sempre."

Depois, S/n procurou por Alicent. Ela sabia que, apesar da fachada forte, a mulher estava destruída por dentro. "Você fez tudo que podia", disse S/n com firmeza, encarando os olhos tristes de Alicent. "A culpa nunca foi sua. Otto manipulou todos, até você. Ele é o verdadeiro culpado por tudo isso." Alicent baixou a cabeça, uma lágrima escorrendo pelo seu rosto. "Eu deixei que ele dominasse meus filhos. Eu... eu sabia que estava errada, mas nunca consegui mudar isso," respondeu, a voz embargada.

"Não é tarde demais para reconstruir, Alicent," S/n disse, sua voz suave, mas firme. "Você pode ser a mãe que eles precisavam. Honre a memória deles vivendo e lutando pelo que é certo." Alicent olhou nos olhos de S/n, buscando a esperança que parecia tão distante. "E se eu falhar novamente?" perguntou, a insegurança em sua voz revelando o medo profundo. "Então você tentará de novo," respondeu S/n, um sorriso encorajador brotando em seu rosto. "Você é mais forte do que pensa. E, mais importante, você não está sozinha."

Alicent respirou fundo, um novo propósito começando a brilhar em seus olhos. Havia dor, havia luto, mas também havia a possibilidade de um novo começo. E, enquanto o sol se punha, elas estavam determinadas a enfrentar o futuro juntas.