A escuridão do passado

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Alicent estava em seu quarto, revisando algumas leis que estava preparando, quando uma de suas damas de companhia entrou, visivelmente agitada. “Minha rainha, você não vai acreditar no que ouvi!” a mulher exclamou, puxando um banquinho e se sentando, ofegante.

“O que foi?” Alicent perguntou, já sentindo um frio na barriga.

“A jovem Stark foi vista em uma casa de prazeres na cidade!”

Alicent sentiu seu coração disparar. A ideia de S/n em um lugar assim a deixou preocupada. “O que ela estava fazendo lá?” A dúvida e a indignação se misturaram em sua voz.

“Não sei, mas todos comentaram. Não é bom para alguém da corte ser vista em tais lugares. Você deve falar com ela,” a dama sugeriu.

Imediatamente, Alicent se levantou. “Sim, preciso vê-la agora.”

Ao chegar ao quarto de S/n, ela bateu na porta com urgência. “S/n, sou eu, Alicent! Posso entrar?”

A resposta foi um rápido “Sim!” S/n estava nervosa, tentando arrumar os cabelos e o vestido em um esforço para parecer menos bagunçada. Quando Alicent entrou, S/n estava com uma expressão entre surpresa e apreensão.

“O que aconteceu? Por que você foi a uma casa de prazeres?” Alicent questionou, sem rodeios.

S/n engoliu em seco, sentindo a vergonha crescer. “Eu só... queria aprender sobre algumas coisas. Não tinha outro lugar melhor para entender como é beijar.”

“Beijar?!” Alicent repetiu, incredulidade em sua voz. “S/n, você não devia ir a esses lugares. A corte fala e isso pode manchar seu nome.”

“Eu sei, mas... eu precisava saber. Eu estou sentindo essas coisas estranhas e... só queria entender,” S/n se defendeu, suas palavras saindo apressadas.

Alicent sentiu a urgência da jovem, mas também sua inocência. “S/n, se você tiver vontades ou dúvidas, por favor, me diga. Eu encontraria um jeito de ajudar.”

O que Alicent disse não tinha um tom duplo, mas, de repente, S/n imaginou a rainha ajudando-a em seus momentos de desejo. Um calor subiu em seu rosto, e ela se pegou pensando em Alicent de uma maneira que nunca havia feito antes. A ideia de estar próxima a Alicent, recebendo conselhos sobre os sentimentos que estavam despertando dentro dela, a fez sentir uma nova onda de confusão.

“Obrigada, Alicent. Vou lembrar disso,” S/n disse, tentando esconder a nova atração que estava começando a brotar em seu coração.

“Só não faça isso de novo, está bem? Você tem amigos que podem ajudá-la, não precisa se arriscar assim,” Alicent insistiu, o olhar dela firme, mas também repleto de preocupação genuína.

S/n assentiu, um misto de gratidão e confusão ainda presente em sua mente. Enquanto Alicent saía, a jovem Stark sentiu o peso de suas descobertas — não era apenas Rhaenyra que despertava sentimentos dentro dela, mas agora Alicent também. A ideia a intrigou, mas também a deixou ansiosa, e ela se viu pensando sobre o que tudo isso significava para sua amizade com ambas.

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S/n passou o dia em um frenesi, sua mente estava focada em organizar a patrulha que realizaria rondas pela cidade. A nova lei que havia sido anunciada havia causado um efeito imediato: vários estrupadores foram capturados e, com a raiva pulsando em suas veias, S/n não hesitou em ordenar a execução. No primeiro dia, cortou a cabeça de todos, sem direito a julgamento da corte. O asco que sentia por aqueles homens era profundo, revivendo a lembrança horrenda do que havia passado quando criança.

Ao retornar ao castelo, porém, sentiu que algo a aguardava. Assim que entrou, percebeu que Rhaenyra estava à sua espera, a expressão no rosto da rainha misturando preocupação e raiva. "S/n! O que você fez?!" Rhaenyra exclamou, seus olhos escaneando as roupas ensanguentadas da jovem, o sangue seco manchando o tecido como um lembrete sombrio da brutalidade que tinha acabado de cometer.

Corações Em Conflito (Rhaenyra, Alicent e S/N)Onde histórias criam vida. Descubra agora