Desejo perigoso

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A tensão entre S/n e Alicent alcançava um nível quase insuportável. O quarto parecia mais quente, mais intimo, enquanto as palavras de Alicent flutuavam no ar, carregadas de uma curiosidade perigosa.

S/n, sem saber como responder, engoliu em seco. Os olhos de Alicent estavam fixos nos seus, mas deslizavam de vez em quando para seus lábios, como se a rainha estivesse considerando algo que nunca havia passado por sua mente antes. O rubor no rosto de S/n não tinha como ser disfarçado, e ela sabia que Alicent o notava-sabia que a rainha estava observando cada pequena reação sua.

"Você sentiu... isso com uma mulher?" Alicent insistiu, a voz quase tremendo, como se estivesse mais curiosa sobre si mesma do que sobre as experiências de S/n.

S/n, presa naquele olhar, assentiu lentamente. "Sim... foi diferente de tudo," ela respondeu, as palavras saindo baixas e hesitantes, como se cada uma fosse uma confissão. "Era como... uma faísca que crescia com cada toque... cada olhar."

Alicent ficou em silêncio por um momento, seu olhar vagando novamente pelos lábios de S/n, pela curva de seu pescoço, pela suavidade que contrastava com a força que ela sempre via na jovem. "Eu nunca... estive com uma mulher. Mas... é difícil não pensar nisso agora."

A confissão pairou entre elas, e S/n sentiu seu coração acelerar. A rainha estava tão próxima que S/n podia sentir o calor de sua respiração. Alicent, sempre tão controlada, estava vacilando, e a linha entre a rainha e a mulher parecia estar se desintegrando naquele instante.
Alicent levantou uma mão lentamente, hesitando por um segundo antes de tocar suavemente o rosto de S/n. Seus dedos percorreram o contorno da bochecha corada, e o toque era tão leve que fez S/n fechar os olhos por um breve momento, como se o simples contato fosse um choque que a atravessava.

"Você é tão... quente," Alicent murmurou, sua voz agora quase rouca, enquanto seus dedos traçavam o caminho até os lábios de S/n, passando de leve por eles. "Como... deve ser?"

S/n abriu os olhos, encontrando o olhar intenso de Alicent. A tensão era agora insuportável, o ar entre elas carregado de algo que não podiam mais ignorar. S/n se inclinou, hesitante, mas o suficiente para que o espaço entre elas se reduzisse ainda mais. Alicent, surpreendendo a si mesma, não recuou. Em vez disso, seus dedos deslizaram para a nuca de S/n, aproximando-as ainda mais.

Os lábios de S/n estavam tão próximos dos de Alicent que a respiração de ambas se misturava. Era um momento onde tudo poderia acontecer, onde os limites da curiosidade, desejo e medo se cruzavam perigosamente.

A respiração delas era uma só. O quarto parecia se fechar ao redor, o mundo exterior desaparecendo, deixando apenas aquele momento. S/n estava imóvel, seus olhos nos de Alicent, que se aproximava mais a cada segundo. As pontas dos dedos da rainha ainda estavam no pescoço de S/n, e o leve toque era como uma corrente elétrica que fazia a pele da jovem formigar.

Alicent finalmente se aproximou o suficiente para que seus lábios roçassem os de S/n, um toque suave, hesitante. Era como se a rainha estivesse explorando algo totalmente novo, testando os limites do que poderia acontecer. Mas, no instante em que seus lábios se encontraram, o mundo pareceu ruir em silêncio.

S/n se entregou ao toque, seu corpo reagindo antes que sua mente pudesse processar o que estava acontecendo. Os lábios de Alicent eram quentes e macios, mas havia uma urgência crescente em cada movimento, como se ela estivesse explorando sensações que nunca havia permitido a si mesma sentir.

Alicent não hesitou mais. Ela se inclinou mais, pressionando os lábios de S/n com mais firmeza, como se quisesse provar de uma vez por todas o que tanto a intrigava. A mão dela, que estava na nuca de S/n, deslizou para seus cabelos, puxando-a suavemente para mais perto, enquanto sua outra mão deslizava para o ombro da garota, sentindo a força sob a pele.

Corações Em Conflito (Rhaenyra, Alicent e S/N)Onde histórias criam vida. Descubra agora