Meses se passaram desde a batalha que selou o destino dos Sete Reinos. O castelo vermelho estava novamente vibrante com a vida da corte, agora sob o comando da rainha Rhaenyra. As paredes, outrora marcadas por desentendimentos e traições, refletiam um novo ar de esperança e renovação.
S/n, agora oficialmente nomeada Senhora do Norte e Protetora dos Sete Reinos, ocupava um lugar no conselho. Sua presença era respeitada, e sua voz, ouvida. Ela tinha se destacado não apenas por sua bravura em batalha, mas também por sua sabedoria e compaixão, características que Rhaenyra valorizava em sua nova conselheira. Alicent também havia se provado uma aliada fiel, deixando para trás os antigos ressentimentos e se dedicando a apoiar a nova rainha.
Haelena, enquanto isso, passava horas com a filha de Rhaenyra, desfrutando de momentos preciosos com a sobrinha. A conexão entre elas se fortalecia, e a rainha começou a admirar a habilidade de Haelena em cativar a criança com histórias e brincadeiras. Em um desses dias ensolarados, enquanto estavam no jardim do castelo, Haelena contava sobre dragões e as grandes aventuras da família Targaryen.
"Você sabe, pequena, quando eu era mais nova, eu achava que dragões podiam voar até as estrelas," disse Haelena com um brilho nos olhos.
A menininha olhava para ela, fascinada. "Você realmente acha que eles podem? Como?"
"Claro! Eles têm asas tão grandes e fortes. Se nós conseguimos sonhar, eles podem ir além do que imaginamos," Haelena respondeu, enquanto Rhaenyra observava de longe, um sorriso de orgulho estampado no rosto.
A dinâmica entre Rhaenyra e Alicent havia mudado. Elas começaram a se provocarem com pequenas implicâncias, uma forma de liberar a tensão dos anos passados. Em um dia, enquanto estavam reunidas na sala do trono discutindo assuntos do reino, Alicent disse: "Você realmente pensa que aquele vestido é apropriado para a corte, Rhaenyra? Eu diria que é mais adequado para um passeio em um pântano."
Rhaenyra arqueou uma sobrancelha, segurando o riso. "E você, Alicent? Aquele penteado parece que um gato se escondeu nele. Você deveria considerar um novo estilista."
S/n, que estava à parte, não conseguiu conter o riso. "Eu sou apenas uma Senhora do Norte, mas posso garantir que as disputas de moda estão acima das minhas capacidades," brincou, fazendo Rhaenyra e Alicent rirem também. "Se precisarem de uma jurada, estarei aqui para ajudar a escolher o melhor estilo!"
Alicent olhou para S/n, um brilho divertido nos olhos. "Se você for a jurada, eu certamente vou vencer. Rhaenyra nunca teve gosto para moda."
"Quem precisa de gosto quando se é uma rainha?" Rhaenyra rebateu, cruzando os braços de forma brincalhona.
No entanto, em meio a esses momentos de descontração, Alicent tinha uma ideia em mente que queria compartilhar com Rhaenyra e S/n. Um dia, enquanto conversavam sobre as novas diretrizes do reino, Alicent apresentou um projeto que vinha elaborando. "Rhaenyra, S/n, eu gostaria de propor uma nova lei. Uma que proteja mulheres, crianças e adolescentes contra violência doméstica e abuso sexual."
Rhaenyra a olhou com interesse. "Isso é importante. Como você pretende estruturá-la?"
Alicent continuou, "A ideia é criar um sistema que garanta que essas vítimas tenham acesso à justiça. E que os culpados sejam punidos severamente, para que ninguém sinta que pode escapar impune."
S/n se animou. "Se essa lei for aprovada, posso garantir que farei questão de matar qualquer um que a quebre. É tempo de mostrar que não toleraremos mais esse tipo de crime em nosso reino."
Rhaenyra sorriu ao ouvir a determinação de S/n. "Concordo plenamente. Vamos trabalhar juntas para garantir que essa lei se torne realidade. É hora de protegermos os mais vulneráveis entre nós e garantir que nossos cidadãos se sintam seguros."
Os meses de luto estavam passando, mas a sensação de alívio e alegria era palpável. A amizade que havia se formado entre Rhaenyra, Alicent e S/n era forte, construída sobre o entendimento mútuo de suas perdas e pela determinação de fazer do reino um lugar melhor.
Enquanto isso, Daemon estava em uma longa jornada, percorrendo os reinos de Westeros para assegurar que todos soubessem que Rhaenyra era a legítima rainha. Sua presença era uma força a ser reconhecida, e as notícias sobre sua missão de unificar os reinos começavam a se espalhar. Os ecos de sua determinação voltavam ao castelo, trazendo confiança e segurança.
No final do dia, Rhaenyra, Alicent e S/n se reuniam frequentemente para conversar sobre os avanços e desafios que o reino enfrentava. Elas se tornaram um verdadeiro trio de poder, cada uma com seu papel e influência, e juntas, eram uma força formidável. E assim, o reino começava a se reerguer, tijolo por tijolo, com a esperança de que a união pudesse superar as sombras do passado.
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Os meses se passaram, e o Castelo Vermelho começou a respirar uma nova vida, embora a sombra do luto ainda pairasse sobre seus habitantes. A sala do conselho estava silenciosa, exceto pelo som das penas raspando no papel, enquanto Alicent redigia a nova lei. Rhaenyra e S/n estavam sozinhas, aproveitando a tranquilidade momentânea, mas a tensão entre elas era palpável.
— Precisamos decidir as punições para cada crime — disse Rhaenyra, olhando para os esboços da lei que Alicent havia deixado na mesa. — O que você acha, S/n?
S/n hesitou por um momento, pensando no peso das palavras. A lembrança de seu passado veio à tona, e ela se sentiu compelida a compartilhar uma parte dela que poucos conheciam.
— Quando eu tinha 10 anos — começou S/n, a voz baixa e trêmula — meu irmão mais velho… ele me tomou à força. Meu pai descobriu, e ele não hesitou. Cortou a cabeça dele na mesma hora. Ele nunca admitiria que alguém encostasse um dedo em mim. Nunca mais teve filhos e sempre dizia com orgulho que eu era sua única herdeira.
Rhaenyra parou, o olhar fixo em S/n. O ambiente estava carregado, e o silêncio falava mais do que palavras poderiam expressar.
— Sinto muito por isso — respondeu Rhaenyra, a sinceridade em sua voz evidente. A rainha se levantou lentamente e se aproximou de S/n, a expressão suave, mas intensa. — Ninguém deveria passar por algo assim.
Quando Rhaenyra a abraçou, S/n ficou sem reação. Era um gesto simples, mas que parecia transbordar significados. O calor do toque a envolveu, e, por um breve momento, S/n sentiu uma inquietação dentro de si, como se algo estivesse fora do lugar, algo que não conseguia definir.
Rhaenyra se afastou ligeiramente, seus olhos se encontrando com os de S/n. Para a rainha, aquele abraço era apenas uma demonstração de carinho entre amigas que compartilhavam dores e histórias, um gesto que falava sobre sua profunda amizade. Para S/n, no entanto, havia uma leveza e uma confusão que a incomodavam, uma sensação de que havia mais do que apenas amizade em jogo.
— Se nós tivermos a chance de mudar as coisas, vamos garantir que histórias como a sua não se repitam — disse Rhaenyra, a determinação em sua voz clara e forte.
— Vou fazer questão de que qualquer um que quebrar essa lei pague por isso — S/n respondeu, tentando afastar a confusão que a invadia, mas a intensidade do momento ainda pairava no ar.
Rhaenyra sorriu, e embora houvesse uma leveza no ambiente, S/n sentiu que a conversa tinha mudado algo entre elas. O espaço que outrora era confortável agora estava impregnado de uma nova tensão, um misto de intimidade e algo que S/n não conseguia entender totalmente.
Nesse instante, a porta se abriu, e Alicent entrou, interrompendo o momento silencioso que havia se estabelecido entre as duas. O que Rhaenyra e S/n não sabiam era que, embora suas conversas sobre punições e leis fossem importantes, a verdadeira batalha que enfrentavam estava nas emoções não ditas que cresciam silenciosamente entre elas.
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Corações Em Conflito (Rhaenyra, Alicent e S/N)
FanficS/n Stark, uma jovem da Casa Stark, é convocada a Porto Real para um casamento arranjado com Jofrey Velaryon, o filho de Rhaenyra Targaryen e Daemon Targaryen. Contudo, enquanto navega pelas intrigas da corte, S/n se vê atraída por Rhaenyra, a rainh...