🌊🐚 ~ " 𝐓𝐮𝐝𝐨 naquele garoto me irritava
O seu cheiro de maconha misturado com seu perfume masculino me dava uma dor na cabeça terrível. Sua clássica risada irônica enquanto molhava os lábios fazia meu sangue ferver. O jeito como ele sobra a fu...
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Fiquei olhandopra frente, encarando o painel queimado e com um pouco de dor pelo hematoma que arranjei no canto do olho. O lugar estava vazio, algumas cangas tinham sido abandonadas pelo desespero de ir embora, tinha latinhas de cerveja e refringente jogadas pela grama. O vento gelado batia em meu rosto pela janela estar aberta. Meus pensamentos vagam em JJ... Eu fiquei pensando em como eu deveria ter ouvido ele quando ele pediu pra conversarmos. Fiquei pensando em como ele estava agora.
Fui tirada dos meus pensamentos por Rafe que apareceu na minha janela com uma cerveja.
- Pro seu rosto. — Ele diz me entregando uma latinha de cerveja gelada.
- Valeu. — Falo fraco e pegando de sua mão, colocando sob o meu machucado.
O garoto dá a volta e entra no motorista. Ele não deu a partida, ficamos em silêncio olhando pra frente e cada um com seus pensamentos.
- Me desculpa. — O garoto diz baixo e com seu braço apoiado na janela.
- Não tem que se desculpar... — Não o olho.
- Não queria te machucar, Isabel. — Ele me olha.
- Rafe, tá tudo bem. — Pressiono mais a cerveja contra o hematoma.
- Belly...— Ele ia continuar mas eu o interrompo.
- Rafe ! Já chega. — Falo um pouco alto e o encarando. — Só...me leva pra casa. — Falo encostando de volta no banco.
O menino fica me analisando e assente. Ele liga o carro e vai em direção a minha casa.
O caminho todo foi em silêncio, eu já estava pensando em mentiras pra contar pros meus pais sobre esse machucado. Quando Rafe chega em minha casa, eu deixo a cerveja jogada no banco e saio do carro.
- Obrigada. — Não queria conversar com Rafe, ou com ninguém.
- Melhoras, me liga quando puder. — Ele diz colocando a cabeça pra fora e me olhando.
Assinto forçando um sorriso e entro na casa. Assim que entrei, não vi meus pais me esperando nem nada. Fiquei agradecida por isso, só queria deitar e esquecer esse dia. Subi as escadas, e o corredor todo estava em silêncio com as luzes apagadas. Vou até a porta do quarto de Logan e encosto a cabeça ali pensando se entrava ou não. Decidi não entrar e vou até meu quarto.
Apenas tiro meus sapatos e fui até a sacada fechar ela. Liguei o ar-condicionado e me deitei na cama de barriga pra baixo e com a cara no travesseiro. Não demorou muito até eu cair no sono.
[...]
Acordei com o calor invadindo meu quarto, a cama não era mais tão confortável e sim quente. Pelo visto alguém desligou o ar-condicionado.
