Reunião de Família - PARTE 2

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Brandom 

A ponto que pude abrir meus olhos são incomodados pela luz forte que logo fecho em seguida , na tentativa de me acostumar com aquela claridade irritante, abro meus olhos mais uma vez mas em um movimento lento, o que meus olhos conseguiam constar era que me encontrava em um quarto de hospital e sinceramente odiava esses lugares por me fazer lembrar de minha mãe que a vi falecendo aos poucos bem diante de meus olhos e aquela cena angustiante nunca mais saiu de minha cabeça, meus olhos percorrem pelo lugar todo até chegar a uma certa pessoa que reconheci logo de cara sentado bem ao meu lado me observando em silêncio.

- O que aconteceu? - Minha voz apenas saiu como sussurro.

- que bom você acordou, encontrarmos você desacordado na sua casa.

Turbilhões de pensamento vem em minha cabeça e logo lembro do que havia acontecido, meu pai me agredindo , mas dessa vez ele deixou claro que iria me matar se não fosse pelo Ariel e com certeza o seu pai, sinto meu nariz arder juntamente com os meus olhos que ameaçam cair lágrimas em meu rosto só em lembrar daqueles momentos de medo , desesperado , angústia , dor que a cada pele minha sendo machucada e rasgada invadia minha alma uma dor que nunca senti e que nunca iria esquecer.

- meu pai? - apersar de tudo que ele me fazia ele ainda era meu pai , minha única família não me sentiria bem se acontecesse algo de ruir com ele mesmo que ele mereça.

- Não se preocupe com o seu pai , vamos dizer que ele ficou com medo do meu pai pelo aviso que lhe deu e não chegará perto de você.

- ele... - sabia que a família do Ariel não faria mal algo a inocentes mesmo que esses machuquem e ferem por prazer , mas mesmo assim me preocupava com o meu pai, fazer o quê o sentimento de filho fala mais alto.

- calma, ele está bem e vivo meu pai só deu um soco no rosto dele pra assustar ele mas ele estará bem.

- obrigada.

- porquê não falou nada para nós , sabe que pode contar comigo e com a minha família.

Ariel estava certo eu podia contar com ele sempre e com a família dele que era seu pai e seu avô, mas tinha vergonha de falar o motivo e medo que Ariel tivesse a mesma atitude que meu pai , preconceituosa por isso que acabei guardando só pra mim e tiver aguentar anos as surras , as torturas com cinto do meu pai , os chutes , os puxões de cabelo que ele me dava , até mesmo a vez ele me arrastou pelos os meus cabelos no chão da floresta até eu ir pro hospital e ele inventar uma desculpa esfarrapada pro médico que na acreditou mas cuidou de mim, a última surra que tive e fui salvo pelo pai do Ariel só constava o quanto meu pai me queria morto como a mãe do meu amigo queria ele também morto mas por conta de seu lado sobrenatural, sinceramente queria que meu pai fosse o pai do Ariel , um pai carioso , amoroso que faz de tudo pra cuidar e proteger ele de todo mal.

- Desculpa... Tive medo.

- não desculpo não , eu te falei do meu segredo , da minha família e da minha história e você não confiou em mim, se eu não tivesse dando a ideia pro meu pai de ir até sua casa com certeza você não estaria mais vivo.

- tive medo de falar algo pra alguém e ele fazer alguma coisa comigo.

- não se preocupe eu e o meu pai vamos cuidar de você a partir de hoje , não se chateie com o meu pai e eu , quando você deu entrada aqui meu pai disse pro médico que ele era seu padrasto e eu era seu irmão, feliz agora por ser irmão de um lobisomem?

Ariel me fez rir e meu peito só se encheu de alegria e amor por aquela família que me acolheu sem questionar.

- vocês nem conhecem direito , não sabe o porquê meu pai me bateu.

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