Capítulo 10

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Boa leitura

VINÍCIUS

Como não percebi isso antes, levo as mãos na cintura e pego as armas que estão comigo vendo que são as pistolas sem registro dela

- Como ? Sua maldita desgraçada.. COMO FEZ ISSO ?? ~ pergunto exaltado

- Na hora que paramos na cidade e vc foi comprar água deixou as armas no carro, você estava tão focado em descobrir meus segredos que esqueceu dos detalhes, eu fiz a troca e não é somente isso tem câmeras pela fazenda toda vc está em todas as gravações! Então se eu cair Vinicius, sua filha fica sem pai também. você trabalha para mim a mais de um mês e já fomos vistos em todos os lugares juntos, então querido vc está nessa junto comigo e vai matar a viúva pra mim..

Mais que porra, eu estava tão curioso em saber oque faríamos aqui que acabei dando mole, eu tenho que sair dessa

- E nem adianta pensar em me matar, porque se eu sumir a polícia vai saber de tudo na mesma hora.

- Sua peste!!! ~ digo andando de um lado para o outro

Lembro do Miguel falando para mim ter cuidado com ela, eu a subestimei e agora ela pode me foder se quiser. Saio do quarto batendo a porta desorientado, vou para fora da casa e vejo um pessoal saindo do galpão. Me sento na escada me perdendo no tempo em pensamentos. Depois de um tempo ouço sua voz atrás de mim

- Vem comer alguma coisa, precisamos ir embora e já está tarde! ~ olho para trás e a vejo com uma calça jeans azul, uma botinha cano curto marrom e uma camiseta polo preta

Ela está linda e cheirosa com os cabelos soltos nem parece que a poucas horas atrás torturou e matou um homem. Não consigo olhar na cara dela me levanto e vou para dentro da casa a ignorando totalmente e assim permaneço até chegarmos na mansão

[...]

Estacionamos e vejo no relógio que é 18h47 quando entramos pela sala o Antônio está no sofá bebendo whisky puro aparentemente bebado

- AAAH até que enfim vc chegou ? Onde vc estava em sua vagabunda ??? ~ ele a questiona alterado vindo na nossa direção grudando no braço da Irene a arrastando

Fico sem reação assistindo a cena e não sei porque mas meu sangue ferve eu não deveria me meter até porque ela é realmente uma vagabunda mas não consigo ficar calmo com essa situação

- Antonio, me solta tá me machucando.. eu avisei que iria a fazenda!!! ~ ela se debate tentando se soltar mas não consegue e eu estou para entrar no meio

- NÃO IMPORTA! Isso é hora de uma mulher casada chegar em casa e ainda na companhia de outro homem ? Oque vão pensar de mim ? A minha reputação ? Vão me chamar de corno porque minha mulher vive pra cima e pra baixo com o segurança de merda dela..

Ele grita balançando ela apertando seu braço, solta ela a empurrando vejo a marca da mão dele

"Esse merda.." 💭

- Da próxima vez que vc passar o dia todo fora assim eu te mato, tá me ouvindo sua vadia.. ~ ele grita quando menos espero ele já deu um tapa na cara dela

- ANTÔNIO!!!! ~ ela grita o tapa é tão forte que ela cai no chão

Ela pode ser a vadia que for mas homem nenhum bate em uma mulher na minha frente

IRENE

Sinto meu braço doer, faz muito tempo que ele não é agressivo assim comigo mas percebi que anda cismado depois da chegada do Vinícius, já discutimos 2 vezes por causa disso e o pior é que preciso dele, não transamos há muito tempo, não nos amamos mais, mas ele tem esse sentimento dominador sobre mim. Ele está mais nevoso hoje do que os outros dias e muito bêbado falando com a língua enrolada

- Da próxima vez que vc passar o dia todo fora assim eu te mato, tá me ouvindo sua vadia.. ~ ele grita e quando vejo ele já deu um tapa na minha cara

- ANTÔNIO!!!! ~ grito seu nome pela dor o tapa me joga no chão

Caio para trás espalmando as mãos no chão, meus olhos enchem d'água pela ardência no local. Ouço passos vindo na minha direção e quando olho para cima o Vinicius está avançando igual um touro no Antônio

- Seu verme, vou te ensinar a nunca bater em mulher. ~ vinicius diz com a voz grossa alterada

Meu sangue gela eu sei que o Antônio sempre está armado e ele mata só para ver a cor do sangue, um sentimento de proteção me atinge quando imagino ele matando meu segurança

- VINÍCIUS NÃO!!! ~ grito

quando me levanto ele está em cima de mim, coloco as mãos no seu peito o impedindo de passar sinto suas mãos na minha cintura quando nossos corpos batem de frente. Ele está olhando vidrado para o Antônio e quando bate em mim seus olhos encontra os meus as lágrimas descem no meu rosto ardendo ainda mais o local do tapa, meus cabelos estão bagunçando então ouço o Antônio destravar a pistola, me viro ficando de frente para ele e vejo a arma apontada para o Vinicius

- Oque vc pensa que está fazendo seu merda ? ~ Antônio diz bebendo o restante da sua bebida

- Vou te ensinar a bater seu verme! ~ Vinicius diz dando um passo parecendo não ter medo da arma apontada pra sua cabeça

- Então vem que vou te encher de bala... vamos resolver na bala ~ Antônio está pronto para mata-lo mas eu não vou deixar

Vinícius da outro passo para frente e eu jogo meus braços para trás o segurando pelo pulso

- Vinicius fica quieto e cala a boca!!!! ~ exijo autoritária

Aperto seu braço mantendo meus olhos no Antonio e o mesmo encarando Vinicius em um desafio silencioso

- Antônio te dou 5 segundo para abaixar essa arma..

- Cala essa boca sua vadia e sai da frente desse merda que vou mata-lo. ~ Antonio diz decidido o Vinicius fecha os punhos de raiva, aperto minhas mãos que seguram seus braços e começo a contar

- 5, 4, 3... ~ meu marido olha pra mim e ver o ódio que estou sabe doque sou capaz de fazer com ele se me desafiar - 2...

- Sua vadia isso não vai ficar assim ~ ele abaixa a arma e sai cambaleando batendo nos móveis subindo as escadas

Eu volto a respirar e o Vinicius puxa os braços se afastando de mim, olho para ele e ele está andando de um lado para o outro

- Esse verme de merda, desgraçado! ~ ele diz um pouco fora de si

- Não faz mais isso, não se mete, eu me resolvo com meu marido, o Antônio te mata porra... ~ digo nervosa mas com dor no braço e no rosto

Ele para de andar e olha pra mim vindo na minha direção

- Ta doendo ? ~ ele diz olhando o vermelho no meu braço passando a mão de leve

Ele sobe o olhar, afasta meu cabelo do rosto e passa os dedos delicadamente pelo tapa olhando com atenção vendo se não me machucou, isso faz meu coração amolecer por ele

- Não, só tá ardendo mas vai passar ~ digo calma olhando para ele

Ele olha nos meus olhos mas desvia o olhar se afastando de novo

- Porque aceita isso ? Porque deixou ele fazer isso com vc ? Acabei de ver vc matar um cara a sangue frio, porque não se livra desse idiota ? ~ ele questiona irritado andando pela sala

Eu o observo percebendo a raiva e a preocupação dele

- Ta preocupado comigo guarda costa ? ~ pergunto com a voz calma sedutora sorrindo

Ele para no lugar pensa por poucos segundos e me olha

- Claro que não, por mim que vc se foda. Eu só não aceito um homem bater em uma mulher principalmente na minha frente ~ ele diz firme

- Eu preciso dele, pelo menos por enquanto... ele é meu escudo, a pessoa que leva a fama de ruim enquanto eu sou a esposa que ostenta, mas isso vc já sabe.

- Porque ele não atirou ? ~ ele questiona

- Porque ele não é burro!

- Eu vou embora daqui, preciso sair de perto de vc ~ ele diz virando as costas indo embora sem olhar para trás

[...]

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