Capítulo 17

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• Boa leitura •

VINÍCIUS

Saio do banho e ouço minha filha conversando com alguém, acho estranho porque a Maria não está então coloco só uma bermuda e desço as escadas ligeiro

- Filha quem tá a... ~ ele pergunta descendo as escadas só de bermuda e para quando me vê -  O QUE TÁ FAZENDO NA MINHA CASA ???  ~ questiono nervoso e ela se assusta

"O que essa mulher tá fazendo na minha casa ? Falando com minha filha ?" 💭

- Oi... eu... ~ ela começa a dizer um pouco sem graça e eu a interrompo

- Anahi sobe pro seu quarto... ~ falo com minha filha sem tirar os olhos dela

- Mas pai eu....

- Agora filha, to mandando... ~ olho para minha filha que me conhece e sabe que estou nervoso

- Tchau moça bonita, até depois! ~ ela diz acenando e a Irene acena de volta ainda em silêncio

Minha filha passa por mim e sobe e eu termino de descer as escadas caminhando até ela e seguro seu braço com força

- Oque vc pensa que tá fazendo na minha casa falando com minha filha ? ~ questiono com muita raiva

- Aiiii.. eu só vim ver como vc está, não mandou uma mensagem, eu tava com saudade... Vinícius tá me machucando! ~ diz com expressão de dor segurando minha mão que aberta seu braço e eu a solto

- Escuta uma coisa e a primeira e última vez que vou te falar, fica longe da minha casa e principalmente da minha filha, então sai daqui e não volta mais... ~ exclamo próximo ao rosto dela e ela se encolhe um pouco me olhando assustada

- Mais porque ? Eu não fiz nada, só vim te ver... ~ diz visivelmente chateada

- Porque você é uma vagabunda, uma assassina cruel e fria que não tem sentimentos por ninguém e eu não quero minha filha perto de pessoas como vc ela é só uma criança e nem conhece a maldade do mundo e vc é uma maldade desse mundo.. então some da minha frente e nunca mais fale com minha filha!!!

- Vinicius não fala assim eu tenho sentimentos sim e nunca faria mal a sua filha nem a você. ~ diz com os olhos cheios d'água

- Pra mim você é fria não tem sentimentos por ninguém e por sua causa minha filha não tem mais mãe, estão sai... ~ pego em seu braço e a arrasto para fora

- Vinicius não fala assim comigo! Não faz isso por favor!

Eu a jogo para fora da minha casa e vejo sua lágrimas descendo pelo seu rosto quando me olha, fecho a porta na cara dela com a respiração pesada de raiva

"como ela teve coragem de vir na minha casa depois de tudo..." 💭 penso e olho a câmera vendo ela parada de frente pra porta

Ela coloca a mão na barriga e outra na boca e se curva chorando, me arrependo um pouco percebendo que peguei pesado com ela mas não vou abrir a porta, ela vai entender que com a minha filha ela não pode ter contato, desligo as luzes e deixo ela lá fora

IRENE

"Meu Deus como isso dói, porque ele falou assim comigo ? Ele me jogou para fora como um cachorro, ele realmente acha que eu faria algum mal com a filha dele.." 💭

Sinto meu braço doer um pouco pelo apertão, não consigo controlar as lágrimas e depois de tantos anos estou chorando por alguém que me maltratou mas dessa vez é diferente, dói como um tiro no peito, dói mais que um soco ou um chute na costela, não dói somente o corpo, dói o coração, a alma e a carne. Se amar for isso eu não quero, se estar apaixonada por alguém dói desse jeito eu não quero, me recuso a sofrer por alguém desse jeito vivi uma vida sem amar ninguém então não vou morrer por isso

Estou chorando na porta da casa dele, quero gritar e por isso coloquei a mão na boca, vejo as luzes da casa se apagarem, me recomponho enxugando o rosto e volto para o carro fazendo de tudo para manter a pose

- Está tudo bem dona Irene ? ~ Ramiro pergunta abrindo a porta do carro preocupado

- Sim, vamos embora daqui.

Ele entra no carro e vamos embora vendo a cidade pela janela e lembro do seu olhar de raiva pra mim ele segurando meu braço com força, me chamando de vagabunda, assassina e quando vejo estou chorando novamente. Chegamos em casa e nem percebo estou encostada no banco com o olhar perdido quando ouço o Ramiro abrir a porta

- Chegamos imperatriz! ~ ele diz me dando a mão para descer

Enxugo rosto e aceito sua ajuda, entro em casa e o Antônio esta na sala

- Onde você estava Irene saiu correndo e... você estava chorando ? ~ ele se levanta e vem até mim incrédulo

- Oque você quer Antônio ? ~ pergunto e nesse momento sou capaz de dar um tiro nele

- Quero saber onde você estava, você é minha mulher e me deve satisfação! ~ ele diz corajoso

- Não te interessa onde eu estava, e se eu fosse você saia da minha frente e não cruzava meu caminho pelos próximos dias ~ chego mais perto dele sem desviar o olhar e ele murcha me dando espaço para passar

Eu subo as escadas quando chego ao meu quarto tranco a porta, vou andando até chegar na cama e sento, coloco as mãos no rosto e volto a chorar. E assim eu fico, pela primeira vez na vida querendo a morte para escapar da dor

[...]

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