VEGAS
Eu não consigo organizar meus pensamentos, eu não consigo acreditar no que Dragon falou, algumas horas atrás.
Assim, que nos separamos, dentro do galpão, Mauricio Marrone entrou pela porta com seus homens, ele tinha um sorriso presunçoso no rosto, que logo foi retirado com Pete apontando uma arma na sua direção.
Acalmar ambos, foi difícil, Dragon estava fora de si, acusando Marrone de ser uma distração, e Mauricio Marrone não negou, mas ele jurou, ajoelhado com o nariz quebrado diante de Pete, que não sequestrou nossas filhas, e que ele não sabia de nada.
Nossas filhas? Eu ainda não conseguia acreditar. Metade de mim estava furioso, cheio de raiva, e outra metade completamente anestesiado, como se eu tivesse ganhado um presente, mas não pudesse usá-lo. Porque, antes mesmo de eu desembrulhar o pacote, ele foi tirado de mim.
Todos estão reunidos na casa em que Pete e eu moramos juntos em algum tempo do passado. No primeiro momento, todos estavam, em silêncio completo, ninguém se atreveu a falar nada, até eu perguntar sobre Venice, e Macau.
— Eles estão em um dos meus apartamentos. – Olhei para Pete, entendendo o que ele quis falar.
— Você sequestrou meu filho e meu irmão?
— Sim.
— Qual é o seu problema? Venice é uma criança doente, não posso acreditar que você faria isso. Sabe como Macau te idolatra?
— Eu nunca toquei neles, eu... apenas... os deixei em um lugar seguro, algo que não pude fazer com minhas filhas...
Pete, estava sentado no corredor, com as costas na parede, ignorando todos à sua volta. Pá, começou a falar sem parar, tio Kron, tentava acalmar o irmão, que só fala em matar todos os Saengtham, pelo acontecimento da carga viva perdida, e pelas pequenas alfas.
Dragon, nada mais disse, apenas fez uma ligação, e em vinte minutos, Macau e eu filhote passaram na porta, com o filho de Brahim. Venice desceu do colo do meu irmão, e veio correndo em minha direção. Eu praticamente o virei de ponta cabeça, tentando ver se achava algum machucado, e fiz o mesmo com Macau. Não sei se por inocência, ou medo, Macau tentou proteger Pete. Mas, eu sei que Dragon os ameaçou.
— Sério, Hia. Estávamos seguros, vimos filmes, e brincamos. Venice até falou...
— Meu filhote, falou? O que ele falou?
— Oh, bem... é complicado, mas me deixe levar ele para dormir um pouco, ele brincou muito, deve estar com fome. Venha, nong Brahim, venha comigo, você precisa descansar também.
— Macau? – Antes que eu pudesse falar algo, Chay tentou segurar o braço do meu irmão. Encarei ambos com tédio, e encarei Brahim II o único filho alfa daquele Sheik desgraçado.
— Solte-me, Porchay... Mano, eu vou para o quarto de visitas como sempre, Krap?
— Descansem, e filhote obedeça a seu tio. Daddy, daqui a pouco vai ver você, tudo bem?
Venice soltou meu pescoço, e foi para o colo de Macau, apenas concordando com a cabeça, sem dizer uma palavra. Meu filho falou? Isso, é inacreditável. Não que ele seja mudo, ele realmente fala, mas é raro, tão raro, que acho que ele nunca me chamou de Pá.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Snakes and Dragons - VEGASPETE
Hayran KurguO passado pode ficar no passado, enquanto as lembranças permanecem vivas? Tudo mudou, os sonhos, os destinos, mas pode o amor perder suas memorias? Nessa mais nova História, os inimigos VEGAPETE terão que unir forças, para combater a terrível Yakuza...