Tudo que tenho são ideias e sentimentos,
tudo que receio é um dia não ter mais esses momentos
tudo que vivo, enfim, é o que temo,
e o que agradeço, é o pouco que tenho.
Apaixonado, fascinado, iluminado pela beleza de uma arte espontânea e não proposital em um crime.
O amor, como uma arma apontada para minha cabeça o tempo todo
refém de algo que fez do inverno o inferno em seu próprio cárcere privado de sentimentos frios.
Mantido na solitária, na neve, me encontro, como a punição da disciplina das ruas, para alguém que passou do ponto.
Vejo o rosto do sequestrador através de todos feixes de luz, inclusive daqueles que apenas imagino ou idealizo as ondas.
Crio o entretenimento nas paredes,
escrevendo poemas sobre o calor da liberdade
nas grades geladas de um cela
no porão da mansão mais linda já habitada.
Conto os dias com riscos na parede, mas por algum motivo, todos eles não passam do número dois.
Quando sonho com o mundo lá fora,
tudo que vejo ainda é o escuro,
e só consigo visualizar em minha mente
aquilo que meu corpo tocou.Refém de um sentimento que me estraçalha
me salva, acalma, e me faz sonhar
que apagar eu nunca escolheria,
mesmo que isso signifique
no inverno sofrer
até meu coração
congelar.

VOCÊ ESTÁ LENDO
(H) Arts
PoesiaQuase um cofre poético. Deposito de frases. Leitor, cuidado, conteúdo frágil. Alguns sentimentos deram duro para construí-las.