Rivais

Capítulo 13

Christian

Depois de passar pela minha casa, fomos ao Burger Bar, no bairro da cervejaria, que está na moda. Pedimos milkshakes com álcool, hambúrgueres e batatas fritas e, de alguma forma, eu até a convenci a dividir um pedido de anéis de cebola comigo, mas eu estava quase preocupado que ela pudesse envenená-los se eu não tivesse cuidado.

— Espero que você saiba que não vou dormir com você. — Anastasia tomou um gole de seu milkshake de chocolate-Kahlua, olhando-me com cautela do outro lado da cabine.

Peguei um anel de cebola no meio da mesa e o coloquei em meu prato de aperitivos. — Tecnicamente, você já fez isso.

— Se você usar essa brecha para contar a todos e passar a ideia errada, eu o estrangularei com fita de hóquei.

— Relaxe, Steele. Eu estava brincando. Não achei que você dormiria comigo esta noite.

A sóbria Anastasia havia deixado bem claro no domingo de manhã que ela não era, de fato, uma pessoa de uma noite só. Eu não tinha nenhuma ilusão de que isso fosse mudar em breve. Embora, obviamente, eu não a recusaria se isso acontecesse.

— Ah, é mesmo? — Ela ergueu as sobrancelhas. — Então, e toda aquela besteira que você me disse no bar?

— Eu estava brincando com você. — Dei de ombros, mordendo o gigantesco anel de cebola. Oh, meu Deus. Era quase orgástico. A comida sempre tinha um sabor exponencialmente melhor depois dos jogos.

— Sim, certo.

Nossa garçonete voltou, colocando rapidamente nossos pratos. Ela passou o hambúrguer de frango de Anastasia com batatas fritas de batata-doce para ela, seguido pelo meu hambúrguer duplo de queijo com batatas fritas normais, antes de desaparecer novamente.

— Bem, é meia verdade. — eu disse, pegando meu hambúrguer. — Eu estava provocando você de uma forma divertida. Obviamente, eu também estava dando em cima de você.

Não havia motivo para negar essa parte. Deixando a hostilidade de lado, ela era muito bonita. Minha atração por ela aumentava a cada vez que saíamos juntos. O que turvava as águas era se ela se sentia atraída por mim agora, na ausência da tequila.

Eu tinha quase certeza de que ela sentia. Mas o olhar de morte tornava difícil saber.

Anastasia se inclinou sobre a mesa, com as sobrancelhas franzidas. Ela baixou a voz, como se não quisesse que ninguém ouvisse. — Isso realmente funciona com outras garotas?

Ela queria honestidade aqui ou não? Acho que é isso que eu daria a ela.

— Na maioria das vezes. — eu disse, dando uma mordida na minha batata frita.

— Sério?

— Você voltou, não foi?

— Isso foi a tequila falando. — ela respondeu.

Que droga. Ela era bonita quando estava irritada.

Ela colocou as palmas das mãos sobre a mesa, apoiando a testa sobre elas. — Você é exasperante. — murmurou ela, ainda de bruços.

— Idem. — Eu só queria não ter gostado tanto. Gostar da dinâmica que tínhamos era problemático. Mas eu coloquei a diversão em disfuncional, então acho que isso não era uma grande surpresa.

Anastasia levantou a cabeça, com uma cortina de cabelos dourados caindo em seu rosto enquanto olhava para mim. — Por que você não está comemorando a vitória e o hat trick contra nós com todos os seus amigos dos Falcons?

— Não sei. — eu disse honestamente. Na verdade, eu estava ausente na festa da minha própria casa nesse exato momento. Meu telefone, que estava no modo silencioso, estava tocando. — Acho que essa cena fica velha depois de um tempo.