Capítulo 28

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Christian

Depois de deixar Anastasia em casa, eu estava voando alto demais para voltar para casa e enfrentar os rapazes. Eu estava tão cheio de hormônios que não tinha certeza se conseguiria manter uma conversa coerente. Até mesmo dirigir era um pouco arriscado.

Em vez disso, fiz um desvio e tomei um café gigantesco no drive-tru antes de fazer um monte de coisas que estava adiando. Com o bom humor que eu estava, tudo parecia muito mais tolerável, até mesmo a droga da farmácia. Durante o trajeto, lutei contra a vontade constante de mandar uma mensagem para Steele. Não queria parecer pegajoso.

Provavelmente eu estava pensando demais nisso, mas esse era um território desconhecido para mim. Eu não tinha ideia do que estava fazendo. De forma alguma.

Depois, fui para o meu quarto para estudar seriamente antes do treino da tarde. Até ao momento, meu esforço maior tinha valido a pena e, reconhecidamente, era muito menos estressante viver sem um machado pendurado sobre minha cabeça.

Uma hora depois do início do Economia do esporte, um estrondo alto na minha porta interrompeu minha concentração.

— Você está pronto? — Elliot gritou. — É sua vez de dirigir. 

Entramos na minha caminhonete e eu liguei a ignição. Respirei fundo, me preparando. As mudanças inevitáveis estavam chegando a qualquer momento, e eu já tinha feito as pazes com isso. Que venha a provocação.

Elliot se inclinou para a frente, tentando chamar minha atenção.

— Então, Anastasia passou a noite. 

Acenei com a cabeça. — Claro que sim. 

— Você está sorrindo como um lunático. — disse Ty do banco de trás. — Só para sua informação.

Dei uma olhada no espelho retrovisor. Ele estava certo.

— Porra. Um homem não pode ser feliz? — eu disse, virando-me para checar por cima do ombro e saindo do local de passagem.

Ele bufou. — Você ao menos transou? 

— Não que isso seja da sua conta, mas não. — Se eu já estava tão maluco agora, ficaria completamente louco depois que isso acontecesse.

Droga, agora eu estava pensando em sexo com Anastasia no momento mais inoportuno.

Elliot me olhou com seu olhar azul-gelo, me trazendo de volta à realidade.

— Não acredito que você tem uma namorada.

— Não sei se ela é minha namorada. 

Mas, de alguma forma, eu me senti como um grande idiota dizendo isso.

Não era como se isso fosse uma coisa ruim.

Ah, merda.

Eu realmente estava em uma situação difícil.

— Cara. — disse ele, rindo. — Ela definitivamente é. 

— Como se você fosse de falar. — Acenei com a mão em sua direção. — Você e Kate têm dançado em torno dessa questão há muito mais tempo. 

— Não sei. — Elliot deu de ombros, recostando-se no banco do passageiro de couro preto. Ele se aquietou, parecendo magoado com meu comentário. — A culpa é de Kate, cara. 

— Sério? — Ty e eu dissemos em uníssono.

— Sim. — Ele franziu a testa e olhou para o celular, com o maxilar contraído. — Nós conversamos sobre isso, mas ela não quis colocar um rótulo nisso. A bola está do lado dela nesse caso. 

Estranho. O número de garotas que adorariam amarrar Elliot - tanto figurativa quanto literalmente - poderia ocupar uma quadra da cidade.

Qual era o impedimento?

Então me perguntei se Anastasia se sentia da mesma forma que Kate. Será que ela queria colocar um rótulo nisso? Deveríamos colocar um rótulo nisso?

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