Capítulo 54

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Christian

Com certeza, tive jogos melhores. Mas conseguimos uma vitória, quatro a três, então foi bom.

Passando por vários caras que estavam no meu caminho e recebendo vários 'porra' em resposta, fui direto para o meu armário e peguei meu celular. Desbloqueei-o enquanto me sentava no banco, ainda com o equipamento completo.

Elliot se sentou ao meu lado e me deu um forte empurrão com o cotovelo.

— Grey, que porra foi aquela lá fora?

— Espere um pouco. — Levantei a mão, estudando a tela. Ela havia meenviado a última atualização por mensagem de texto há dez minutos.

Anastasia: Cheguei em casa em segurança. Está tudo bem. Você também vai poder atender ao FaceTime quando estiver em casa?

Rapidamente lhe escrevi de volta.

Christian: FaceTime?

Anastasia: Achei que você não iria me provocar até amanhã.

Christian: Se você realmente estiver interessada, vou parar com a provocação por enquanto.

Anastasia: Vamos ver...

Eu tinha certeza de que ela estava brincando comigo - provavelmente se vingando do que aconteceu antes -, mas havia uma chance dela ser real.

E talvez eu tenha exagerado um pouco. Mas eu ainda achava que Hyde era um perseguidor.

— Terra para Grey.

Bloqueei meu telefone e olhei novamente para Elliot. Seus olhos azuis claros me prendiam no local, fixando-se nos meus, e seu maxilar afiado estava mais apertado do que os cadarços dos meus patins. Ele estava mais irritado comigo do que nunca.

— O quê? Ganhamos, não foi? — Puxei minha camisa por cima da cabeça e soltei as ombreiras.

— Quase nada. — ele cuspiu. — E não graças a você. — Elliot baixou o tom de voz, com as sobrancelhas franzidas. — Onde diabos estava sua cabeça? Você quase patinou na direção errada em um momento.

— Eu lhe disse que estava preocupado com Anastasia. Ela estava sozinha no jogo dos Bulldogs.

E quando digo preocupado, estou me referindo a imaginar todos os tipos de cenários desastrosos. Normalmente, eu usava minha imaginação para coisas boas - também conhecidas como coisas sujas -, mas eu também era incrivelmente bom em imaginar possíveis resultados ruins. No entanto, não tinha percebido isso até recentemente.

— Ela chegou bem em casa?

— Agora mesmo.

— Ótimo. — Ele tirou as cotoveleiras, lançando-me um olhar de desprezo. — Mas você sabe que se preocupar não adianta nada, certo?

Isso, vindo do cara que fazia coisas como verificar o tempo três vezes antes de sair de casa por medo de que chovesse em seus tênis de camurça de grife.

Que gracinha.

— Acho que sim.

Em geral, eu não era muito preocupado, por isso não tinha pensado muito nessa ideia. O que ele disse se confirmava, mas, de alguma forma, eu não conseguia aplicar esse princípio com Anastasia.

Elliot se abaixou, desamarrando os patins.

— Você vai ter que aprender a guardar essa merda.

— É fácil para você dizer isso. Você teve muito mais tempo para descobrir como fazer isso.

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