Rivais

Capítulo 62

Christian

Depois do treino em terra firme das seis da manhã, meu plano era voltar para a cama com Anastasia e dormir mais algumas horas. Tínhamos uma pequena e agradável rotina, que geralmente envolvia acordar pela segunda vez da melhor maneira possível. Mas não havia esperança de voltar a dormir hoje. Apesar do exercício extenuante e das inúmeras jogadas a que fui submetido, eu estava animado.

Quando cheguei em casa, pensei em acordá-la brevemente para informá-la, mas ela estava fazendo hora extra nas aulas, no trabalho e na inscrição para a bolsa de estudos, então, no final, decidi deixá-la dormir.

Isso me levou a tomar a decisão de preparar o café da manhã. O único problema foi que, como eu estava muito animado e com muita fome por causa do treino, acabei me empolgando e superestimei a quantidade de comida necessária, mesmo com meu enorme apetite. Mas eu podia contar com Elliot para comer alguma coisa quando ele se levantasse. E Kate provavelmente ainda estava aqui também, portanto, mais uma boca para alimentar ajudaria a diminuir essa enorme quantidade.

Tirei o bacon do forno e o coloquei em um pegador de panelas para proteger o balcão. Quando me virei, Anastasia desceu a escada, ainda de pijama azulclaro e com os cabelos ondulados bagunçados pelo sono. Eu adorava vê-la logo de manhã. Ela era muito mais agradável do que eu ao acordar, sem falar que era muito mais bonita.

Anastasia bocejou, olhando grogue para a cozinha. — Você fez o café da manhã? — Seu olhar pousou no ferro de waffle, seus olhos se arregalaram. — Oh, meu Deus. Eu adoro waffles.

— Então você está com sorte, porque eu faço os melhores waffles da região. Sou um homem de muitos talentos. Não apenas no gelo - ou no quarto.

A boca dela se contraiu em um sorriso irônico. — Estou começando a ver isso. — Ela se aproximou para ficar ao meu lado e espiou ao meu redor para ver os waffles em andamento. Envolvi as mãos na sua cintura e me aproximei para um rápido beijo com sabor de pasta de dente de menta.

— Além disso... — eu disse, — Eu estava muito excitado para voltar a dormir.

— Treino difícil? — Ela deu alguns passos e pulou em um vão livre da bancada ao meu lado. Tirando um elástico do pulso, ela me observou, esperando por uma resposta, e prendeu o cabelo em um coque bagunçado.

— Não muito. Mas conversei com a AGM de Los Angeles no caminho para casa e fiquei bastante animado, então... aqui estamos. — Fiz um gesto para a comida que estava nos balcões. Waffles, bacon de corte grosso, chantilly, morangos e mirtilos. E uma garrafa de xarope de bordo de verdade, porque meu pai era canadense e me ensinou a fazer as coisas direito.

— Oh. — Sua voz subiu de tom, mas estava tensa. — Então a ligação correu bem?

Ela estava fingindo empolgação para meu benefício, isso era óbvio, mas seu tom de voz tinha um toque de inquietação no momento em que o assunto surgiu, como no dia em que conversamos sobre isso quando a encontrei para almoçar na Callingwood.

— Correu.

A máquina de waffle apitou e eu me virei para poder tirar o último waffle e colocá-lo em um prato. Depois que desliguei o ferro e coloquei o pano de prato branco no chão, dei alguns passos para diminuir a distância entre nós. Fiquei na frente de onde Anastasia estava empoleirada no balcão e apoiei minhas mãos em suas coxas.

Ela olhou para mim, com uma expressão estranhamente neutra. Mas ela não era boa em esconder seus sentimentos. Suas pálpebras tremiam enquanto eu passava meus dedos ao longo de seu maxilar até cobrir seu rosto.

— Você está preocupada com o que acontecerá se eu for embora?

— Mais ou menos. — Seus olhos brilharam com incerteza. — Você não está?