Capítulo 55

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Christian

Não recebi um FaceTime de nudez, mas recebi um FaceTime de decote, e isso ainda é muito excitante. E agora Anastasia estava finalmente deixando sua infernal situação de vida com as amantes de Satanás.

O sábado teve um ótimo começo.

Depois de um almoço rápido, voltamos para sua futura casa. Anastasia estava sentada em sua mesa, detalhando meticulosamente o conteúdo de cada caixa, porque ela era adorável e obsessivamente organizada. Ela nem mesmo tinha muito o que registrar, mas, ei, o que funcionasse.

Até que Elliot  chegasse para ajudar a transportar coisas grandes, eu estava cuidando das caixas de itens menores, empilhando o que cabia no banco de trás da caminhonete.

— Uau. — pensei, pegando outra caixa de papelão de tamanho médio. Era uma das últimas, depois poderíamos passar para os móveis grandes. — Vai ser tão estranho pra você morar em um lugar onde eu realmente seja bem-vindo. 

— Eu sei, não é? Mal posso esperar.
 
Ao lado dela, na mesa, seu telefone roxo pálido vibrou. Depois, vibrou novamente. Ela olhou para baixo e fez um som de desgosto.

Oh, é melhor que não seja aquele filha da puta.
 
Coloquei no chão a caixa que estava segurando.

— Aquele fodido está mandando mensagem para você de novo? 

— Sim. — Ela se virou na cadeira para me encarar, puxando o cordão do seu moletom turquesa. Seus olhos estavam arregalados, sua expressão vagamente culpada. — Eu tenho ignorado ele.

Ela deveria tê-lo bloqueado, mas Anastasia estava com medo de que ele aumentasse a agressividade se ela o fizesse. Discutimos sobre isso, mas acabei desistindo porque brigar com ela não valia a pena. Assim que ela se mudasse para sua nova casa hoje - da qual ele não tinha o endereço -, com sorte, ela mudaria de ideia.

— Por que ele está incomodando você agora? 
 
Anastasia inalou e prendeu a respiração por um instante. — Porque ele está bravo por eu não ter falado com ele ontem à noite. 

Minha pressão sanguínea disparou, disparando para a atmosfera.

— Ele o quê

Eu não estava paranoico; eu estava certo. Eu sabia disso. Aquele maldito filho da puta do caralho.

— Não foi nada demais. — disse ela. — Ele queria conversar, eu disse que não, nós conversamos. Então eu o chamei de idiota e ele foi embora. 

Tinha palavras? Isso me pareceu muito importante. Fechei as mãos em punhos enquanto reprimia a irritação azeda que se formava em minhas entranhas.

Eu só estava irritado porque me importava. Brigar não traria nada de positivo.

E ainda assim. Droga, Steele.

— Mas você não me ligou. 

Ela fechou a boca, o que foi bonito o suficiente para diminuir minha frustração.

— Você ainda estava no gelo. 

— Você disse que ligaria de qualquer maneira. — Levantei as sobrancelhas.

— Eu teria ligado se necessitasse. 

Em minha opinião, esse incidente se enquadrou firmemente na categoria "necessário'". Claramente, eu não era o único teimoso nesse relacionamento.

Balancei a cabeça, com os lábios desenhados em uma linha fina.

— Steele. 

Seu celular vibrou novamente.

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