Capítulo 47

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Anastasia

Depois do jantar, convenci Christian para que ele pedisse chocolates quentes para viagem da Uncommon Coffee Co. Não que tenha sido preciso convencer muito.

Voltamos para a caminhonete dele, com as bebidas na mão. Os dias de outono ainda eram razoavelmente agradáveis, mas, quando o sol se punha, as noites ficavam geladas.

— Como está indo a mudança? — perguntou ele, pegando minha mão livre com a sua.

Tomei um gole de meu chocolate quente branco. — Já cuidei de muitas coisas pequenas. Provavelmente é cedo, mas estou animada para sair de lá.

— Eu também. A nova moradia será muito melhor para você. — Ele fez uma pausa, com a testa franzida. — Embora eu não goste muito da ideia de você estar no trem à noite.

— É uma viagem de cinco minutos. — eu disse. — Três paradas.

Ele grunhiu, mas não disse nada, o que, em termos de Christian, significava que ele não concordava, mas não queria discutir comigo. Homem teimoso.

Dei-lhe uma cotovelada gentil. — De qualquer forma, não tenho aulas à noite. A única vez que fico até tarde é quando estamos no prazo final para o jornal.

— Ótimo. — disse Christian. — Vou buscá-la nesses dias.

— E se você tiver um jogo?

Seus olhos brilharam. — Então você estará lá me observando.

— Às vezes, Grey.

— O tempo todo, Steele. — Ele sorriu. — A começar pelo nosso próximo jogo. Temos que ganhar esse. Agora é uma questão de orgulho masculino.

Eu ri. — Eu vou. Mas, sinceramente, você não precisa me buscar no campus toda vez que eu ficar até tarde.

— Mas eu quero. — Seu tom de voz não permitiu discussão. — Além disso... — ele acrescentou, — Seria uma boa desculpa para dormir fora de casa.

— Precisamos de uma desculpa?

— Acho que não. — Paramos ao lado da caminhonete e ele mergulhou, seus lábios encontrando os meus. Uma onda me percorreu, elétrica e estimulante. Enrosquei meus dedos em seu casaco e o puxei para mais perto. Ele encostou sua boca na minha, aprofundando o beijo por um momento.

— Vamos. — disse ele quando deu ré, acenando com a cabeça para a caminhonete com um sorriso torto. — Quero fazer jus ao que eu disse antes.

Não perdemos tempo quando voltamos para a casa de Christian. Entramos no quarto dele em um borrão de beijos e toques, suspiros e murmúrios. Com a boca ainda colada à minha, ele fechou a porta atrás de nós e a trancou, depois me levou até sua escrivaninha e acendeu a lâmpada.

Depois de mais um minuto, nos separamos, sem fôlego e atordoados.

Ele me deu uma olhada lenta e deliberada na luz fraca de seu quarto. 

— Você está usando roupas demais, Steele.

— Ah, sim? O que você vai fazer a respeito? — perguntei, lançando-lhe um olhar brincalhão.

— Eu não vou fazer nada. — Sua voz ficou escura e suave como cetim, como um rico café preto. — Você vai tirá-la para mim.

Oh... meu Deus.

Minha pulsação acelerou, enviando uma onda de adrenalina em minhas veias.

— Você quer que eu tire a roupa para você?

— Sim. — Ele assentiu com a cabeça, com os lábios se contraindo em um sorriso malicioso. — Farei com que valha a pena.

— Talvez eu precise de alguns drinques antes. — eu disse. — Tipo, aproximando-me do número XS de drinques.

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