Impuros - Nossa Liberdade.

Primeiro beijo.

Wilbert estendeu a mão para ela, e, por um instante, Sara hesitou. Mas então, sem saber exatamente o porquê, ela aceitou. Sentiu os dedos de Wilbert fecharem-se ao redor dos seus, quentes e firmes, enquanto ele a puxava gentilmente para o meio da pista. A música parecia ter mudado de ritmo, agora mais lenta, com uma batida envolvente que reverberava no peito.

Eles começaram a se mover, de forma natural, quase instintiva. Wilbert a puxou para mais perto, e Sara sentiu o corpo dele junto ao seu. A cada passo, os dois se aproximavam mais, até que seus rostos estavam a meros centímetros de distância. Sara podia sentir o cheiro da colônia amadeirada de Wilbert, misturada com a brisa suave da noite. Era intoxicante.

Os dedos de Wilbert escorregaram da cintura dela para suas costas, em um movimento suave, mas que carregava uma intenção clara. Ele a segurava como se estivesse esperando por aquele momento há muito tempo. Sara, por sua vez, passou os braços ao redor do pescoço dele, seus corpos agora tão próximos que era difícil dizer onde um terminava e o outro começava.

— Você tá brincando com fogo, sabia? — murmurou ela, a voz um pouco trêmula, sentindo o coração bater forte.

— Talvez... — respondeu ele, com um sorriso provocador. — Mas eu gosto de fogo.

Wilbert parou de dançar por um segundo, olhando-a diretamente nos olhos. Ele levou uma das mãos até o rosto de Sara, seus dedos roçando levemente sua pele enquanto a outra mão ainda repousava em suas costas, mantendo-a perto. O toque dele era suave, quase uma carícia, mas havia uma urgência ali, um desejo que ele não estava mais tentando esconder.

Sara sentiu o coração disparar. O ar entre eles estava denso, e ela sabia que o momento estava se aproximando. Wilbert se inclinou lentamente, sem pressa, deixando que ela sentisse cada centímetro da aproximação. Seus lábios pairaram perto dos dela, como uma promessa prestes a ser cumprida. Sara fechou os olhos por um segundo, como se estivesse se preparando para o inevitável.

Quando finalmente seus lábios se tocaram, foi como se o mundo ao redor desvanecesse completamente. O beijo foi suave no início, explorando, como se estivessem testando os limites, sentindo o ritmo um do outro. Mas então, algo mudou. A suavidade deu lugar a uma intensidade crescente, e o beijo se aprofundou, carregado de uma paixão que ambos estavam segurando até aquele momento.

Sara podia sentir o gosto da bebida nos lábios de Wilbert, mas o que a dominava era o calor, a forma como ele a segurava como se ela fosse a única coisa que importava naquele instante. Ela retribuiu o beijo com a mesma intensidade, deixando-se levar pelo momento, sem pensar nas consequências, sem pensar em nada além de como ele a fazia sentir viva.

Quando finalmente se separaram, ambos estavam ofegantes, os olhos de Wilbert brilhando com um misto de desejo e satisfação.

— Eu avisei que você ia gostar mais dessa noite — ele disse, com aquele sorriso presunçoso que fazia Sara querer beijá-lo de novo.

Ela riu, tentando recuperar o fôlego, mas sabia que ele estava certo. O que quer que tivesse começado ali, era só o começo.

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Enquanto a noite avançava e a música do baile se tornava um som distante, Wilbert inclinou-se para mais perto de Sara, sussurrando no ouvido dela, o tom de voz carregado de promessas.

— Quer sair daqui? — ele perguntou, os olhos fixos nos dela, como se pudesse ver o que ela estava pensando.

Sara hesitou por um segundo, mas logo sentiu o calor do corpo dele, o cheiro inebriante e o magnetismo que Wilbert exercia. O que começou como uma simples curiosidade já havia se transformado em um desejo que ela não conseguia mais conter.

— Vamos — ela disse, sem titubear.

Wilbert sorriu, satisfeito com a resposta, e segurou a mão de Sara, puxando-a com firmeza, mas sem pressa. O caminho até a casa dele foi rápido, mas para Sara, o tempo parecia ter desacelerado, cada minuto com Wilbert aumentava a tensão entre eles. Ela sentia o calor da mão dele contra a sua, o coração batendo mais rápido a cada passo.