Capítulo 28

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A história entre Lauren e Camila estava evoluindo aos poucos, e com o passar das semanas, as pequenas interações se tornaram mais intensas. As palavras não ditas entre elas estavam se acumulando, e o que havia começado com olhares discretos e toques ocasionais agora se transformava em algo mais palpável.

Uma tarde, Camila visitou a casa de Lauren novamente, sem grandes pretensões, mas com a sensação de que algo estava prestes a mudar. As crianças estavam ocupadas, e, como sempre, as conversas entre as duas fluíam com uma naturalidade que surpreendia Camila. Elas riam, trocavam histórias, e o ambiente ao redor parecia diminuir, tornando tudo mais íntimo, mais... pessoal.

Lauren, como de costume, estava em um ritmo calmo, mas algo na energia da casa estava diferente. Quando Camila se levantou para ir até a cozinha, Lauren a seguiu, talvez sem saber exatamente o que estava acontecendo, mas ciente de que a presença de Camila estava mexendo com ela de uma maneira que ela não conseguia mais ignorar. Quando chegaram à cozinha, Camila abriu a geladeira, mas seus olhos se encontraram com os de Lauren, que estava ali, a poucos passos dela. O silêncio estava carregado de uma tensão não resolvida.

Camila, nervosa, desviou o olhar por um momento, mas não conseguiu resistir por muito tempo. Ela se aproximou de Lauren, que estava quase imóvel, e sem pensar muito, seus lábios se encontraram. O beijo foi suave no começo, mas logo se intensificou, como se finalmente o que estava sendo guardado houvesse encontrado uma saída.

O toque de Lauren em seu rosto, a maneira como Camila a puxou para mais perto, tudo parecia fazer sentido de uma maneira nova e arrebatadora. Não havia pressa, mas as mãos de ambas começaram a explorar de maneira mais livre, mais ousada. Os beijos passaram a ser mais urgentes, e o desejo se fez presente, enquanto as duas se perdiam no calor do momento.

Após alguns minutos, as duas se separaram, ofegantes. Lauren olhou para Camila com uma expressão curiosa, quase como se estivesse tentando entender o que tudo aquilo significava, mas o desejo ainda estava no ar. "Eu... acho que precisamos ir," Lauren disse, tentando retomar a compostura.

Camila, com um sorriso nervoso, assentiu. "Sim... vamos." Mas antes que pudessem continuar, Lauren deu um passo para trás e pegou as chaves do carro. "Vou te levar para casa," Lauren disse, como se isso fosse o mais natural do mundo.

No caminho para a casa de Camila, o clima estava leve, mas havia algo no ar que as deixava inquietas, como se estivessem ambas esperando o momento certo para explorar o que haviam começado. Bento, como sempre, estava dormindo no banco de trás, seu sono tranquilo após o dia cheio de brincadeiras. Lauren, sem hesitar, se ofereceu para carregar o menino.

"Deixa que eu levo ele para dentro," Lauren disse, sorrindo suavemente enquanto estacionava o carro na frente da casa de Camila.

Camila apenas assentiu, olhando para Lauren com um toque de surpresa e gratidão. "Você não precisa, mas obrigada."

Lauren cuidadosamente tirou Bento do banco de trás, segurando-o com carinho. Ela o levou para dentro, colocando-o suavemente na cama de Camila, onde ele costumava dormir, sem fazer barulho para não acordá-lo. Camila observava tudo com um sorriso terno, o coração ainda acelerado por tudo o que acabara de acontecer entre elas.

Quando Lauren voltou para a sala, as duas mulheres se encontraram novamente. Não havia mais palavras. Era como se tudo já tivesse sido dito, como se o espaço entre elas já estivesse preenchido por uma nova cumplicidade. Camila se aproximou lentamente, seus olhos se fixando nos de Lauren. O desejo estava novamente presente, e dessa vez, nenhuma de ambas queria afastá-lo.

Elas se encaminharam para a porta, o silêncio preenchendo o ambiente enquanto trocavam olhares intensos. Quando finalmente chegaram ao carro, Lauren tocou o rosto de Camila com delicadeza e, mais uma vez, seus lábios se encontraram. Não havia hesitação agora. O beijo era mais urgente, mais quente, como se a distância entre elas tivesse se dissipado completamente.

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