Radinho acordava de repente, com a sensação de dor de cabeça intensa, o corpo ainda meio pesado, e a visão turva. A última coisa que lembrava era a noite anterior, a tensão no Dendê e o som de tiros antes de ser capturado. Ele tentava se mover, mas as pernas estavam frias, e sua cabeça parecia prestes a explodir. A sala em que estava parecia fria e sem vida, com paredes de concreto que refletiam a luz de uma lâmpada acima.
Ele se forçou a se sentar, sentindo o corpo protestar pela dor que vinha das costas e da cabeça. A luz forte ofuscava por um momento seus olhos, e ele piscava tentando se adaptar ao ambiente. A sala era simples, com uma cadeira que ele estava sentado, sem mais nada além de uma mesa de metal. Sua mente tentava processar tudo o que aconteceu.
O que aconteceu?
Tentou lembrar, mas estava difícil. O som da sirene, a batida de portas, os gritos da polícia, e ele sendo empurrado para um carro. Não conseguia distinguir o que tinha acontecido exatamente, mas sabia que algo tinha dado errado, e a polícia o havia encontrado. Ele olhou ao redor, mas não havia mais ninguém na sala. Só ele, sua dor e o medo que começava a crescer dentro dele.
Radinho tentava focar em um ponto fixo à sua frente, tentando recuperar algum controle da situação. Não sabia como foi capturado, mas sentia que a situação estava mais difícil do que antes, mais complicada. Ele sabia que os agentes estavam atrás de respostas e não seria fácil sair dali. E, apesar de tudo o que estava acontecendo, a única coisa que ocupava sua mente era a imagem de Beatriz.
Se sentiu impotente. Ela estava sozinha em algum lugar, ele pensava, talvez em perigo.
"Eu preciso sair daqui", pensava consigo mesmo, tentando se concentrar. Radinho sabia que seria difícil, mas não podia parar agora, não enquanto ela estivesse em perigo.
Radinho estava sentado, tentando entender a situação enquanto olhava ao redor. Ele tentava, em vão, se soltar das algemas que o prendiam à cadeira, seus olhos cheios de frustração e raiva. O ambiente estava abafado, e ele sentia a tensão no ar, um frio desconfortável no estômago. Ele sabia que estava em apuros, mas as possibilidades de escapar pareciam cada vez mais distantes. Enquanto ele tentava manter a calma, ouviu passos se aproximando e, em seguida, a porta se abriu.
Vitor Morello entrou na sala, com um olhar enigmático e uma postura autoritária. Radinho, ao vê-lo, não pôde deixar de sentir um arrepio. Morello se aproximou com uma expressão fria e já começou a falar, como se tudo já estivesse predestinado.
-Quanto tempo, hein, Radinho?-disse Morello, suas palavras caindo pesadas no ar. Ele observava Radinho com um sorriso irônico no rosto, sabendo o que estava por vir.
-ja tava com saudades...-radinho lançou um olhar desafiador pra Morello e com um sorriso de canto provocador. Podendo sentir o ódio que se tornava por dentro de Morello.
O silêncio entre os dois aumentava a tensão na sala, enquanto Radinho tentava processar tudo o que estava acontecendo. Ele sabia que suas chances de escapar eram mínimas, e que Morello provavelmente já tinha tudo planejado.
Morello, com um semblante sério, explicou que a situação estava mais tensa do que nunca. O BOPE estava atrás de Radinho e, mesmo ele sendo considerado um dos inimigos, a sorte dele era que Morello havia feito alguns "favores" nos bastidores, garantindo que ele não fosse morto de imediato.
Ele falou de forma objetiva, que a única chance de Radinho sair dessa sem ser alvo do BOPE era colaborar. Radinho tinha informações cruciais sobre o paradeiro de Evandro, e isso era exatamente o que eles precisavam.
-Você sabe onde ele está - Morello afirmou com convicção, observando cada movimento de Radinho. -E se você cooperar, a situação vai melhorar. Mas se não ajudar, o que está por vir... vai ser pior do que qualquer coisa que você já passou - completou com uma ameaça velada, deixando claro que a vida de Radinho estava por um fio.
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IMPUROS-Radinho
FanfictionAs vezes mudar e foda. mas sempre tem seus pontos positivos e principalmente pontos negativos.