O sentido no que é imponderável

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oi, gatinhas. esse era pra ser o último de imponderável, mas eu bati o pé e decidi escrever um epílogo depois. então, agradeçam a luazita aqui por isso, solamente a mim!!!

vou deixar as despedidas para o próximo que eu não sei quando sai, mas sai. 

utilizem desse espaço pra deixar o seu hate para vivi barbaridades, pai ausente de pompom.

no mais, até já! bjs, lua <3



Alguns meses depois

Alguém deveria ter me avisado que o último semestre da gravidez é um teste de paciência pra mim, mas principalmente pra quem tem a obrigação de me aturar dia e noite.

Bom que agora, com a casa nova, Alexandre dividia essa tarefa com mamãe e Alícia, que já tinha vindo morar conosco.

Sabe quando a gente fica chata? Mas chata de verdade, quase insuportáaaaavel? É assim que eu estou me sentindo nas últimas semanas.

Faço algo pra melhorar? Não, mas vale o esforço.

— Que é que ocê tá fazendo parado aí na porta que nem um fantasma, 'Lexandre? — resmunguei brava, me cobrindo com um roupão pós-banho.

Tá aí outra coisa que mudou em mim nesses últimos meses de gravidez: a segurança que eu sempre tive com meu corpo, não existia mais. E quem pagava o pato, obviamente, era o meu namorado.

— Tô te olhando, ué. Não pode mais olhar? — petulante até umas horas, até tomar uma de frente e ficar mansinho, mansinho.

— Eu já te disse que não quero que cê fique invadindo meu banho, se eu quisesse cê aqui comigo eu tinha chamado. — deu um empurrãozinho nele pra ele sair da frente, passando pela porta em direção ao nosso quarto.

A casa nova era realmente um espetáculo, uma das melhores escolhas que fizemos nessa vida. Eu estava completamente apaixonada por cada cantinho, em especial no quartinho da nossa Joana que estava quase chegando.

— Gio... — ele me chamou relutante, sem saber muito bem o que falar pra não me estressar mais ainda. — Por que eu não posso mais tomar banho com você? Não posso mais nem te ajudar a botar uma roupa. Você não deixa nem eu te ver direito, amor.

Ele fez uma carinha tão fofa, que por um segundo me deu pena por estar jogando nele todas as minhas inseguranças como mãe e mulher. Mas é inevitável que eu não me sinta a mulher mais horrível do mundo, com o corpo totalmente diferente do que eu fui acostumada a vida inteira.

Não é tão fácil assim lidar com tudo isso, ainda mais com os hormônios da gravidez me deixando doida.

— Eu só não quero, Nero. É difícil entender? — eu partia pra ignorância, porque era muito mais fácil do que ter que me abrir com ele.

Alexandre se aproximou de mim, mesmo que eu esperasse seu corpo pra longe não o querendo tão perto. Já sentia uma vontade absurda de chorar, de gritar com ele e mandar ele para o raio que o parta.

Ô homenzinho pra tirar meu sossego.

— Chega, Gio. Chega! — ele falou mais sério e firme, não me dando espaço pra mais resmungos. — Senta aí e conversa comigo, não vou ficar vendo tu se afastar de mim dia após dia e ficar quieto.

Sentei na beirada da cama emburrada, com um bico do tamanho do mundo no rosto, os braços cruzados na frente dos meus peitos que estavam tão grandes que quase pulavam na minha cara.

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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