23:00 (noite de sexta feira 13) - No quarto com o restante dos sobreviventes.
Depois de segundos ouvimos ele se aproximar, ouve o momento de um pequeno silêncio e de repente algo parecido com uma serra elétrica, perfurara a porta de maneira brutal. Eu já conseguia imaginar o que ele queria fazer com a serra elétrica, então eu pensei rápido e já se aproximando da janela pensando em fugir eu passei a falar, já tendo alguns colapsos.
----Vamos sair pela janela!
----O quê? É muito alta----Ray falou. Parecia preocupado.
----É o único jeito, ou nós todos vamos morrer----tento manter a calma, mas a serra elétrica que está a uma porta de mim não me permite.
-----Ok. Vamos ver a altura----Jessies interrompe.
Em seguida eu abri a janela com esforço. Parecia está cravada. Velha. Empoeirada e coberta por ferrugem. Sem pensar duas vezes, quebrei o vidro dela com ajuda do Fred. De um a um, fomos saindo do cômodo. Eu fui a primeira. Pulei sem pestanejar. Não foi tão ruim para uma principiante no assunto. Felizmente, a grama molhada me amorteceu quando caí. Mas, infelizmente, bati a mão que foi perfurada, e foi dai que o sangue continuou a sair do corte ainda não cicatrizado.
Depois de mim, a Jessie pulou. Caiu e bateu o braço, em uma pedra que se assemelhava a um iceberg no chão(só que bem menor). Eu já sabia que todos iriam se machucar, mas com toda certeza era melhor do que morrer nas mãos daquele assassino cruel.
Nós nos levantamos com dor, mas mesmo assim saímos correndo pela floresta sem esperar pelos outros que ainda estava lá em cima.
O Fred pulou, não sei como foi, mas conseguiu cair de pé. Ainda vi depois dele o Mike pular(também sem nenhum arranhão). Só que depois dele não vi o Ray. Nós ainda esperamos um pouco por ele, e tentamos gritar para que ouvisse. Mas não adiantou.
Sem que nós pudéssemos esperar, o Ray foi arremessado de cima da janela altíssima, quebrando e espatifando o resto dos cacos que ali sobravam. Foi possível ver um intenso sangramento nos olhos de Ray.
Eu e a Jessie nos aproximamos dele. Viramos o seu rosto com medo do que podíamos encontrar. Foi impactante para mim ver que o Ray estava sem os dois olhos e morto.
RAY ELIMINADO.
Me assustei com o que vi e disse ainda com uma imensa dor no peito:
----O maldito arrancou os olhos dele.
----Ai meu Deus!---- Jessie falou chorando enquanto se afastava com medo do corpo.
Ainda tive tempo para levar o Ray até o carro e deixar o corpo lá. Depois disso, olhei para o quarto do qual Ray havia sido arremessado e por alguns segundos pude observar que Jeff Will me vigiava e após isso saía apagando a luz do quarto. Não demorou para eu perceber que ainda não era tarde para nós corrermos antes que o Jeff Will chegasse e houvesse outro terrível banho de sangue.
----Corram!----alertei e corri o mais rápido que pude.
Tentei correr com toda a minha velocidade, mas as dores que cercavam o meu corpo tinham vantagem sobre mim. Eu ainda permanecia com a esperança de sobreviver, mas tinha muito medo de morrer naquela noite. Achava que ainda tinham muitas coisas das quais eu pudesse aproveitar na minha vida. E não desisti tão fácil sempre era pra mim uma ótima reflexão.
Corremos bastante. Por pelo menos um quilômetro. Nossos corpos exaustos não aguentavam mais tanto esforço. Olhamos pelo Horizonte da estrada que era cercada pelo bosque, e foi daí que, com sorte, pude avistar de longe um carro da polícia na estrada. Estava a uns 100 a 150 metros de nós. Todos nós gritamos desesperados em busca da sobrevivência(mesmo sabendo que os gritos poderiam atrair a nossa maior preocupação).----Socorro!Socorro!----Jessies grita enquanto joga as mãos para o alto e passa a balança-las.
----Ele não ouviu----falei entrando em desespero pelo décima oitava vez em uma só noite.
O policial não ouviu, pois estava com uma bosta de fone de ouvido, e passou muito rápido. Jeff estava logo atrás da gente com a mesma serra elétrica. Nós mesmo sem ajuda continuamos correndo na floresta, minhas pernas não tinham mais disposição para correr. Pensei em desisti por muitas vezes, mas quando se trata da sua vida que está em jogo, não ter mais esperança é péssimo.
Enquanto corríamos desesperados vi uma das armadilhas pegarem o Fred.
Ele ficou de cabeça para baixo amarrado com uma corda no pé esquerdo. Pedindo ajuda e gritando sem parar. Tudo passou rápido. Jeff estava muito perto de nós, e a serra elétrica não parava de perfurar nossa cabeça com o seu barulho. Fred, sabendo das consequências, me chamou para perto dele.
----Sarah, venha aqui!
Me aproximo com muita pena. Pergunto:
----O que foi?
Eu cheguei para mais perto e ele segurou em minha cabeça, me puxou para perto do seu rosto, e, em seguida me deu um beijo.
Foram só depois de segundos preciosos que para mim passaram mais rápido do que o esperado que Fred afastou os seus lábios dos meus e me desejou boa sorte. Continuamos a conversar, mesmo que com o perigo a poucos metros de nós.
----Eu te amo!
----Eu também. Mas você não vai morrer agora. Não assim na minha frente----busco algo afiado no meu bolso e passo a soluçar.
Peguei um pequeno canivete suíço que guardei na minha calça e comecei a cortar a corda com esforço. Ainda cortando eu pude perceber a presença do Jeff bem próxima a mim. Os outros já tinham nos deixado a muito tempo.
Daí comecei a cortar com mais força. O desespero era imenso, e pouco a pouco o Fred caía com a cabeça apontada para o chão. Se machucando aos poucos.
----Preciso que corra o mais rápido que pode meu amor----ele aperta minha mão e me puxa ao sairmos correndo.
Nós continuamos a correr. Eu permaneci segurando na mão do Fred e apertando-a levemente, corremos ainda por aproximadamente 4 minutos. O bosque escuro nos impedia de ver qualquer coisa sem a ajuda de uma lanterna, menos uma casa velha que tinha uma luz acesa bem ao seu centro. Não demorou para irmos disparadamente até ela para pedir ajuda, ou o telefone para ligar para a polícia. Em horas de terror como a que estávamos vivendo, qualquer coisa nos serviria.
Os outros nos encontraram no caminho.
Bati na porta junto com os meus amigos machucados. O lago ficava logo atrás da casa. E era possível vê-lo. Achei estranho, mas tinha uma pequena canoa amarrada com uma corda em uma madeira grossa, que se encontrava na margem.
Enfim havíamos fugido da cabana. O psicótico devia está longe de nós quatro, depois de ter matado a Carly e o Ray. Era o que eu esperava.
De repente a porta da casa se abriu fazendo um barulho estranho. Entramos sem ter ideia de quem ou o que pudesse habitar ali dentro.
"TODO O MAL QUE ME FEZ ENTRISTECER SÓ ME DEU MAIS CORAGEM PARA LUTAR CONTRA A INFELICIDADE"
Guilherme Mendes.
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A Cabana do Bosque (Saga)
HorrorPERIGO. MORTES. ESCOLHAS. [EM REVISÃO] Você é corajoso(a)? Então procure ser, porque a partir do momento que Jeff Will cria as regras, ninguém deixa de cumprir, e daí só resta uma tarefa, se não cumprir, você morre, e o jogo só piora. Você estará...