Capítulo 9 - Sem saída.

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18:20 (noite) - No insanatório.

Procuramos desesperadamente por ajuda no local, mas o vagões estão vazios. Nós separamos esperando ter mais chances de sair dali.

Tanto olho, mas nada encontro a não ser um telefone em cima do balcão da recepção. Disco para chamar a policia e alguém atende, mas a ligação cai no mesmo momento. Persisto. Ligo para o mesmo número de emergência e espero alguém falar comigo.

Na segunda vez tudo deu certo, pois, além de atender o policial conseguiu ,precisamente, atender ao meu pedido de socorro.

----Delegacia, boa noite. No que que podemos ajudar?----um homem fala.

----Sou eu, Sarah. Olha, nós estamos presos em um bosque desde que chegamos aqui por volta da noite de sexta-feira 13. Tudo isso parece um jogo, não sei o que está acontecendo, mas já passamos fome e por pouco sede. Tudo isso deve-se ao fato de haver alguém no bosque. É o Jeff, ele está tentando nos matar e...

A polícia me interrompe.

----Sarah, tente se acalmar. O que esse "Jeff" fez de mal? Vocês o conhecem?

----Senhor, ele já matou dois dos meus outros colegas. Não o conhecemos, mas sei que ele é louco e fugiu de um insanatório. Agora ele nos caça.

----Qual sua localização, garota?

----No bosque de Riversall. Dentro do antigo insanatório.

----OK, vou mandar alguém pra checar as proximidades do local. Pode aguardar até lá?

----Vamos tentar----tento engolir a minha saliva. Mas não desce devido ao meu nervosismo.

----Tem mais pessoas contigo?

----Sim.

----Está bem. O caso não é nada simples. Chegaremos em pouco tempo.

----Por favor, aguardaremos.

----Deixem conosco. Vai ficar tudo bem.

Em seguida desligo o telefone com pressa e sigo Fred e Jessie, que já estavam a duas léguas na minha frente. Corro para poder acompanha-los pelo corredor pouco iluminado do lugar. Passamos pela primeira porta que vimos aberta.

Deixo a Jessie e o Fred descansarem, e fico atenta e bem acordada, contando os minutos para que a ajuda chegue. Removo o ferro que apoia uma pequena mesa de primeiros socorros e pretendo usá-lo para legítima defesa.

Não tive mais tempo para nada depois que ouvi batidas na porta. Não sabia quem pudesse ser, mas já poderia suspeitar de outra armadilha, e é por isso que me previno.

----Quem é?----interrogou sem me afastar ou muito menos me aproximar da porta.

A voz que retribuiu a pergunta que eu havia feito era de uma criança. Ou, pelo menos de alguém mais jovem do que eu. Até certo momento tive dúvida de identificar o sexo da pessoa que tentava entrar.

----Me ajude!. Socorro!----é a voz de uma garota.

Eu tive dificuldade em tomar uma decisão. Eu abriria ou não para a menina?

----Não vai abrir?----Fred me olha.

----Nós não sabemos que está do outro lado dessa porta----afirmo.

----Sim, nós sabemos, Sarah. É apenas uma garotinha----Jessie faz curativos nos seus braços ainda marcados pelo arame farpado.

----Mas assim tão rápido? E se não for uma garotinha? E se não for o que vocês estão pensando?----altero o volume da minha voz.

A Cabana do Bosque (Saga)Onde histórias criam vida. Descubra agora