Sou o oposto dele

Bônus da Jegua

Rayra narrando....

- Vai comprar pão hoje?.

- Porque a pergunta?

- Porque quero saber a hora para te atender. - Gargalhei e ele se juntou a mim.

- Você trabalha lá?

- Não exatamente, meu tio e o dono. - ele coçou a cabeça. - E quer que um dia eu tome conta. -Completou.

- Seu Manuel?. - Pergunto.

- Sim. - ele me encara por alguns segundos. - Conhece?. - reviro os olhos ao lembrar que ele que me ensinou a pedir por favor.

- Claro que conheço e também ele é um dos amigos de infância da minha mãe. - Ele sorriu. Aqueles dentes brancos.. - Nesse momento não estava brancos pois ele tinha tomado açai na sorveteria. Seus cabelos curto e castanhos, e ele era mais alto que eu.

- Então você vai comprar pão hoje?. - Ele disse animado.

- Sim. - Fiz mãos de jeans e ele sorriu. Mais uma vez. Se levantamos e vi Thaylson atordoado. Ele parecia confuso. - Acho que é um louco. - Disse Pietro me fazendo ri, suas mãos procurou a minha e as apertou forte. Por um momento olhei para elas entrelaçadas e me senti bem com aquilo, voltei a realidade e as larguei. Quando olhei para frente Thaylson não estava mais lá. Tinha sumido e quem estava me encarando era Pietro que por sinal estava muito próximo. - O que está fazendo?. - Nada. - Ele riu meio sem jeito e continuamos a andar respeitando nosso espaço. - Você só mora com seu tio?. - Sim. - Eu adoro a padaria. - Ele ri antes de dizer alguma coisa. - Também adoro, aquele cheiro bom de pão, e os bolos que tem na prateleira. -Olhei para ele e minha barriga roncou me fazendo ficar corada. - Um dia passe para tomar café com a gente. - Eu?. - Pergunto toda boba. - Claro. - Sorri e nossa caminhada acabou quando ele me deixou na porta de casa, acenei antes de entrar e ele fez o mesmo, entrei e bati a porta, corri pra janela e ele ainda estava lá como se adivinhasse que eu iria acenar para ele na janela também. Acenei mais uma vez e depois disso ele foi embora.