Prólogo

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"Não se preocupe, o espelho esta protegendo você!"


A sala cheirava a sexo.

Mesmo que eles mal tenham começado o cheiro já impregna o lugar a ponto de me deixar enjoada.

Não consigo ver o rosto de Alfonso enquanto ele vai subindo os lábios pelas pernas daquela mulher. Tudo o que consigo ver são seus cabelos negros e a mulher deitada sobre a cama.

Seu rosto esta jogado pra trás, ela fecha os olhos com força enquanto morde o lábio inferior. Consigo ouvir os gemidos dela e mesmo sabendo que ela não pode me ver, que ela nem sequer sabe que estou ali não consigo deixar de ficar constrangida. Abaixo a cabeça no momento em que a escuto gritar.

Quando ergo a cabeça vejo as mãos de Alfonso agarrando com firmeza as coxas dela mantendo suas pernas abertas. A cabeça dele esta entre elas. E mesmo que eu nunca tenha passado por uma situação igual sei o que ele esta fazendo com ela.

Ela fecha as mãos com força, cravando as unhas nas palmas enquanto levanta o quadril na direção dele e geme extremamente alto. Aquela situação absurda, ao mesmo tempo em que é bizarra é excitante. Me pego desejando estar naquela cama, no lugar dela, sentindo as coisas que a língua de Alfonso esta provocando nela.

Meus olhos se arregalam com horror quando vejo o polegar dele penetrá-la no ânus. Com certeza essa parte não deve ser excitante, mas a mulher grita mesmo assim.

A cabeça de Alfonso se mexe constantemente conforme sua língua vai entrando e saindo de dentro daquela mulher. Não demora muito e ela desaba na cama tremendo, como se estivesse tendo convulsões.

Enquanto a mulher se recupera Alfonso se afasta e vira o rosto. Seus olhos focam bem em mim. Nos meus olhos, como se ele pudesse me ver através daquela parede.

"Não se preocupe, o espelho esta protegendo você!", penso tentando acalmar as batidas do meu coração que dispararam só com a forma como ele me olha.

Ele sorri de forma perversa e sei que aquele sorriso é pra mim. Só eu e ele sabemos que estou ali. Afinal estou escondida ali por uma ideia absurda que ele teve.

Ele se volta para a mulher e ela o encara com os olhos vorazes. Ela dá a ele todos os sinais de que quer mais.

- De quatro! - Alfonso ordena.

Com dificuldades ela consegui girar na cama e ficar de quatro. Eu não sei se quero ver o que esta por vir, mas não consigo desviar os olhos. Estou trancada naquele espaço, atrás daquele espelho. Minha única opção é abaixar a cabeça, tapar os ouvidos e torcer para tudo acabar logo. Mas não faço nada disso.

Fico olhando Alfonso abrir os botões e abaixar o zíper da calça. No instante seguinte o pênis dele esta penetrando o ânus dela fazendo-a gritar enlouquecidamente.

- Você gosta que fodam o seu cú né? Confessa que você adora sua vadia! - ele ofega e agarra os cabelos dela com violência, enquanto entra e sai de dentro dela com cada vez mais força.

A mulher agarra a corda enquanto empina a bunda na direção dele. Com o polegar ele estimula o clitóris dela em movimentos rápidos, precisos e intensos. Me assusto ao ver o quanto aquilo me excita.

Ela goza outra vez e desaba na cama, Alfonso se afasta e desce da cama. Ele da a volta e passa bem perto do espelho onde estou. Seus olhos voltam a encarar os meus como se ele estivesse me vendo.

Mordo o lábio inferior ao ver o pênis dele de fora. Penso que se não tivesse aceitado o convite dele não estaríamos nessa suíte agora. Por um segundo desejo voltar no tempo e quase me arrependo de ter dito sim à ele.

Quase.




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