Segredos ✔

Capítulo 66

"Você virou meu mundo de cabeça pra baixo senhor Herrera."

Anahí

À noite, enquanto Alfonso estava no escritório ao telefone, aproveitei pra ligar pra Rachel.

- Oi, você ta ocupada?

- Não Any, pode falar. - ela respondeu e pude imaginar que estava sorrindo do outro lado da linha.

- Santiago avisou você que vou entrar no apê da Sophie amanhã? - perguntei, de olho no corredor.

- Sim e acho uma péssima ideia. - suspirou.

- Eu sei, mas preciso que você me ajude a despistar o Jhon. Amanhã quando eu sair da empresa, vou pedir pra ele me levar até seu prédio e vou subir. Jhon provavelmente vai ficar na portaria, preciso que você me ajude a sair sem ele perceber.

- Any já parou pra pensar no que vai acontecer se o Poncho souber?

- Ele vai ficar com raiva de mim, mas depois vai entender que foi pro bem dele, Rachel, por favor, me ajuda. Como vocês três conseguem dormir à noite com a Verônica nas mãos da Sophie?

- Ta bom, eu te ajudo. Tem uma saída de emergência aqui no prédio, mas eu não quero nem ver se Alfonso aparecer aqui antes de você voltar ou se Jhon perceber que você não ta aqui e avisá-lo.

- Não vai acontecer nada disso. Eu peguei as chaves e passei na farmácia, amanhã só preciso entrar no apartamento, colher um pouco de saliva da Verônica e ir embora. - respondi e ouvi a porta do escritório se abrir. - Amanhã a gente se vê, preciso desligar.

- Até amanhã, beijos.

- Beijos! - respondi e desliguei.

- Com quem estava falando? - Alfonso perguntou, entrando na sala.

- Com a Rachel. - sorri. - Estava combinando de ir à casa dela amanhã e talvez de lá a gente dê uma volta.

Alfonso suspirou, sentando no sofá e em seguida deitou no meu colo. Quando ele fechou os olhos, fiquei acariciando seus cabelos e me sentindo mal por estar mentindo pra ele. Preferia que não precisasse ser assim, mas ou era isso ou contar a verdade pra ele e não conseguir esse DNA nunca mais.

Quando ele puxou minha mão e beijou meus dedos, não aguentei ficar quieta.

- Amor!

- Hum? - ele sussurrou sem abrir os olhos.

Mordi o lábio inferior indecisa entre contar ou não. Como sou uma grande covarde desisti da ideia com medo de quebrar o clima e acabarmos brigando.

- Nada. - forcei um sorriso. - Só queria dizer que eu te amo.

- Eu também amo você. - ele sorriu, entrelaçando seus dedos nos meus.

- Me perdoa se às vezes eu faço alguma coisa que você não gosta.

Alfonso sentou no sofá e se virou pra mim com uma cara séria.

- Por que ta dizendo isso?

- Porque eu não queria o segurança e to insistindo nesse lance da Sophie. - suspirei, estava sentindo minha consciência pesada e precisava fazer alguma coisa. - Você me perdoaria se eu mentisse pra você?

- Em que sentido?

- Se você me dissesse pra não fazer tal coisa, mas eu fizesse, você ficaria furioso o suficiente a ponto de não me perdoar. - o encarei com medo.