Segredos ✔

Capítulo 19

"É um mecanismo de defesa dele afastar as pessoas, mas eu o conheço a anos e desde o primeiro momento percebi que você é diferente pra ele..."

Acordei com a boca de Alfonso colada ao meu ouvido, sua voz sussurrando besteiras e me arrepiando. Ao perceber que eu estava acordada ele se movimentou na cama, mexendo os lençóis.

Sua boca foi parar no meu tornozelo antes que eu me desse conta do que estava acontecendo. A língua quente e aveludada, subiu pela minha perna, me fazendo entrar em um estado de alerta. Em um segundo Alfonso tinha me feito passar de entorpecida pelo sono à totalmente desperta.

Me contorci embaixo dele e agarrei os lençóis, totalmente consciente de que estava nua. Alfonso mordiscou meu joelho provocando cócegas. Suas mãos apertaram minha coxa antes dele afastar minhas pernas, o ar sibilou entre meus dentes quando respirei fundo. A expectativa era de matar.

Sua boa se fechou de encontro a minha intimidade, gritei inclinando o quadril na direção dele. Sua língua acariciou meu clitóris me roubando o ar e qualquer capacidade de raciocinar. Me senti suspensa enquanto meu ventre se contraia dolorosamente. Alfonso diminui a sucção, prolongando meu sofrimento.

- Poncho, por favor! - gemi, suplicando.

- Shiu! - sussurrou de encontro à minha pele, sua respiração me arrepiando.

Alfonso agarrou meu quadril e continuou atacando minha intimidade em lambidas rasas. Sua língua contornou todo meu clitóris em sucções lentas e profundas.

Cravei meus calcanhares no colchão e joguei a cabeça pra trás. Alfonso sabia exatamente como acabar comigo e adorava saber que só ele conseguia me enlouquecer dessa forma.

Meu ventre se contorceu me fazendo morder o lábio inferior pra conter um grito. Desabei no colchão em convulsões violentas, num orgasmo tão intenso que achei que fosse apagar.

Antes que eu conseguisse parar de tremer, Alfonso estava me penetrando, bombeando pra dentro de mim.

- Mais rápido!

Alfonso grunhiu se aproximando. Suas mãos agarraram as minhas, entrelaçando nossos dedos e tomando impulso para penetrar cada vez mais fundo dentro de mim.

Inclinei a cabeça pra trás sentindo o cheiro dele me inebriar. Envolvi as pernas em torno do quadril dele querendo-o mais perto, mais fundo dentro de mim. Alfonso xingou no meu ouvido e soltou minhas mãos. Seus dedos se fecharam em torno do lençol e o ritmo se tornou frenético. Cravei minhas unhas nas costas dele me inclinando na sua direção.

Com um gemido de alívio Alfonso gozou dentro de mim. Seu corpo tombou no colchão ao lado do meu. Virei o rosto e sorri. Alfonso estava com os olhos fechados, os lábios entreabertos, o peito subindo e descendo com a respiração ofegante e acelerada. Como eu queria me inclinar sobre ele e beijá-lo naquele momento.

- Isso que eu chamo de acordar em grande estilo. - brinquei.

Alfonso sorriu e virou de frente pra mim, apoio o cotovelo no colchão e o rosto na mão.

- Precisava fazer você acordar muito bem disposta pra começarmos a nos arrumar.

Fiz uma careta morrendo de preguiça de levantar. Suspirando puxei o lençol e tombei meu corpo pra frente.

- Que horas são? - sentada encarei Alfonso por sobre os ombros.

- Quase seis da tarde.

- Ok, vou me aprontar! - sorri ficando de pé e fui pro banheiro.