(NERO)
O que Eva está fazendo aqui? Logo agora que estou me recompondo o demônio surge novamente. Não fraquejarei mais em sua frente, já considerei aquele acontecimento no quarto de hotel um puta drama, no qual a única pessoa rebaixada fui eu.
Já tentei me explicar, dizer que não sou o cara que ela procura, mas só fui humilhado e posto de lado, quando na verdade, eu era a única pessoa que queria ajudá-la. Então, que se foda! As pessoas parecem querer vinte e quatro horas por dia o cara filha da puta. E adivinha? Ele está de volta, duplamente mais desconfiado e consequentemente zangado.
- Com licença. - Desço o olhar pelo vestido azul de Eva e logo franzo a testa, num semblante sério e duro. Caminho até as roseiras mais longes, tudo para evitar não matar a Srta. Moore.
Ela acha que sabe um segredo meu, mas isso é apenas uma chave para o meu caos. Uma pequena falha minha e a sua desconfiança acabará desmascarando minha outra vida - a vida de verdade, que vivo lá fora, acertando contas, matando pessoas por abrir o bico. Uma vez que Eva saiba disso, consequentemente Meredith também saberá. A oportunidade perfeita para me destruir, é tudo o que ela quer. Nadar na bufunfa, independente de mim, com seu romance lésbico.
Eu não posso vacilar, mas no momento estou nervoso para caralho. Essa garota arruma uma maneira de se infiltrar na minha vida de todas as formas possíveis. Ela quer a minha cabeça e não duvido nada que está tramando algo contra mim. Maldita!
Chuto o arbusto na minha frente e atendo o celular que está tocando.
- O que foi? - Sou seco ao atender.
- Temos problemas. - Trata-se de um de meus mercenários, Adolf.
- Mas que porra, cara. O que foi dessa vez? Será que eu não posso ter uma merda de um almoço sem estresse nenhum? - Praguejo durante a chamada, sem saber se bato mais em algo ou se dou atenção ao meu empregado.
- Já faz um tempo, ninguém chegou aqui. Não vi nenhum cara faz muito tempo e ontem ouvi boatos que os contrataram, ofereceram mais dinheiro que você. - Admite o homem, claramente nervoso e impaciente.
- O que? - Suo frio e aperto o punho, estou ao ponto de estourar, matar alguém. - Quem seria capaz de fazer isso? Quem esse ser humano pensa que é para tentar me destruir? Em? Me fala! - Grito agressivamente, enquanto aperto com a destra o celular.
- Eu não sei, porra. Só sei que sou o único aqui e você sabe que sou um cara fiel ao meu chefe. Se quiser metralho a cabeça de todo mundo que foi para o outro lado, só preciso da sua permissão. - Adolf mostra devoção à mim, nunca duvidei de sua fidelidade.
- Não será necessário. - Tento manter a calma, enquanto matuto alguma saída. - Você sabe algo sobre esse sujeito? Fisicamente, psicologicamente, seja lá o que for?
- Me disseram que ele é estranho, mas ignoraram isso, pois ele ofereceu uma grana preta. - Admite o homem.
- Por que não aceitou o dinheiro? - Inquiro, um tanto quanto desconfiado.
- Um pouco mais de dinheiro não vai salvar a minha pele de ser morto. Quero dizer, se esse cara é maluco mesmo, como vou saber se ele vai me pagar ou se vai surtar a qualquer momento e querer me assassinar? - Responde o empregado e ainda completa. - Tenho família. Não posso viver um dia após o outro como esses caras. Não importa que meu futuro esteja assegurado, quero apenas a segurança da minha filha.
- Entendo. Tudo bem, Adolf. - Respiro fundo. - Vou cuidar disso o mais rápido possível e pela sua fidelidade, receberá o devido agrado. Até mais. - Desligo a ligação e lanço o celular o mais longe possível.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ego Flamejante
RomanceQuando uma jovem de dezessete anos entra no mundo da moda e descobre os segredos de um famoso empresário, suas vidas mudam para sempre. Nesse romance quente e repleto de intrigas o último desafio é descobrir: Até que ponto você iria para esconder o...