54

152 35 12
                                    

*Estou pensando em fazer um vídeo do Logan... Quando vocês o leem... Que ator imagina?

Seria muito bom me responderem, sabem que adoro implementar o livro com vídeos. :-)

Boa leitura!


Rostos gélidos e tombados para baixo, olhando em apenas uma direção: O caixão pequeno repleto de terra por cima, algumas pessoas jogam flores, mas Eva está parada por horas olhando para o buraco sem nenhuma expressão. A mulher só desperta do transe quando ouve uma voz familiar.


 —   Eu vim o mais rápido que pude! —  Taylor abraça sua amiga trêmula, aconchegando o rosto desamparado de Eva em seu ombro.


—  Taylor, eu... —  Eva afasta um tanto o rosto para observar sua amiga nos olhos, mas  não consegue dizer mais nada, pois a falta ar.  —  Eu estou tão cansada de chorar...


  —  Você não precisa. —  Taylor segura o rosto de Eva, alisando o canto dele com o polegar. —  Cassie sempre quis a sua felicidade acima de tudo. Você sabe disso.


—  Mas isso é culpa minha, eu sei que é... Eu deveria ter ficado mais do lado dela, eu devia... —  Eva é interrompida.


—  Não. Você fez tudo o que podia! Você sempre esquece, Eva... Tem apenas 17 anos. E ela sabia, amiga, sabia que você a amava mais que tudo.


—  Eu só queria que ela estivesse viva... Aqui comigo... Eu queria dar uma boa vida para ela. — Eva respira fundo, limpando as lágrimas.


—  E você deu. —  Taylor sorri, tentando ser forte para não desabar em frente a sua melhor amiga. —  Agora vai lá beber uma água. 


  —  Tudo bem. —  Eva se afasta de Taylor e caminha lentamente até a capela, arrastando-se terrivelmente até a garrafa d'água que tinha no lugar.


Suas mãos tremem tanto que mal consegue pegar o copo, frustaria-se se não fosse interrompida pela presença de um homem todo de preto, virado de costas.


  —  Com licença, senhor. Não pode ficar aqui. —  Eva dá um passo para a frente.


—  E por quê? Também perdi alguém hoje. —  O corpo de Eva arrepia-se completamente quando ouve a voz grave do homem.


—  Quem é você? —  Eva consegue sentir que conhece o homem de algum lugar. Aquele cabelo, a altura idêntica, o corpo forte... O conhecia tão bem que...


—  Tem muitas coisas que eu gostaria de te contar, mas eu não tenho tempo. Não pude deixar de vim aqui. Eu precisava ver com meus próprios olhos... —  O homem diz.


—  Ver com os seus próprios olhos? —  Ela pergunta, aproximando-se da figura de costas. —  De onde você conhece  a minha irmã?


—  Eu a conheço mais do que você. —  Ele afirma. —  Que tipo de pai eu seria se eu não conhecesse minhas próprias filhas? —  O homem indaga no mesmo instante que vira, revelando os olhos verdes-escuro, o cabelo castanho e o cavanhaque meio grisalho. Eva o conhecia muito bem, jamais esqueceu o rosto de seu pai.


—  O que??? —  Eva tenta recuar e ameaça gritar, mas ele a agarra e tampa sua boca, prensando-a na parede.  


  —  Não dê um pio. —  Ele ordena. — Filha, você não pode acreditar no que dizem de mim por ai...


Eva tenta se soltar, socando o peitoral de seu pai, mas ele é forte e resiste bem aos impactos. 


—  Eu sei que está com raiva. —  Ele alisa os cabelos bagunçados de Eva. —  Mas apenas acredite em seu pai quando ele diz para não acreditar no que dizem. Infelizmente não posso dizer muito, mas....


—  Mas? —  Ela consegue se livrar das mãos do homem e logo o chuta no saco, derrubando-o e trepando em cima do seu corpo, o socando a cara violentamente.


O homem nada faz e retira o corpo feminino dele, levantando-se, mas Eva insiste em empurrá-lo ora socá-lo.


  —  Ele não merecia o que aconteceu com ele! Meu filho! Nosso filho! Ele não merecia aquela vida miserável que vivíamos! Ele não merecia um pai como você e eu sei isso mais do que ninguém!   —  Eva esgoela, esfolando a sua pele à medida que o ensanguenta, mas ele permanece parado, silencioso. — Você já parou para pensar o que eu senti quando tive o nosso filho? Eu não sabia se eu o odiava ou se sentia pena! Já pensou pela sua cabeça doentia como eu me senti quando eu o perdi? Já imaginou????!!! Todo esse tempo eu pensei que não tinha sido você a matar ele, pois para mim, você estava morto! Mas adivinha? E eu pensando que a vida não podia me surpreender! É um estuprador, um assassino!


Eva despeja as palavras tão furiosamente que estranha a expressão congelada do homem e o seu silêncio escurecedor. 

O rosto da mulher estava repleto de respingos de sangue, mas ela continuou a socá-lo a cara, mas desta vez, chorando de frustração.


  —  LUTE DE VOLTA! LUTE DE VOLTA!!!!!!! —  Ela exige.


Mas ele permanece no mesmo estado, porém com o olhar desviado por cima do ombro da filha, observando algo além dos dois. E quando Eva vira para descobrir o que é, depara-se com uma criança por volta de seus 4 anos, loiro, olhos claros, trajando uma blusa de super- herói. 


Eva entra em desespero ao encontrar a verdade nos olhos daquele menino.


  —  Você está vivo! —  Ela sorri repleta de lágrimas nos olhos.


—  Você, você, ér bonita. —  A criança diz meio enrolada. —  É mais bonitinha do que nas históriaaaas!—  Ele dá mais ênfase na última frase. —  Meu nome é Ben!


  —  Oi, Ben. —  Eva abaixa, tentando se controlar para não pirar na frente da criança. —  Você se lembra de mim?


—  Claru. —  Diz, Ben. Balançando a cabeça confiante. —  Você ér a minha mamãe.


Eva o observa com os lábios tremendo, nervosa o suficiente para acreditar que se trata de uma miragem, mas quando chora e finalmente o sente em seus braços, num abraço perfeito, ela pode sentir....


É real. 

Ego FlamejanteOnde histórias criam vida. Descubra agora