Depois que Harry saiu eu fiquei o que pareceu uma eternidade escorada em minha porta olhando para o teto e tentando entender o que exatamente estava acontecendo comigo, era como se todo o meu corpo estivesse despedaçado e espalhado pela casa. Tentei me recompor e a casa girou quando tentei me erguer, peguei um café velho que estava na garrafa térmica e servi uma xícara. O café estava frio e amargo, tossi e minha cabeça parecia pronta para explodir com o poder da voz de Harry em minha cabeça, " Nós transamos, foi só sexo."
-- Filho da puta! – gritei quebrando a xícara na parede, meus olhos estavam embaçados pelas lágrimas e meu coração ardia.
Abri todos os armários atrás de algo decente para beber, a garrafa de tequila estava um pouco acima da metade e seria mais que suficiente, sem precisar de copo, virei o conteúdo pelo gargalo e tossi quando a bebida correu garganta abaixo, de um jeito muito mais agradável que o café passado.
Ainda estava nua e subi as escadas para tomar um banho e colocar uma roupa limpa, entrei no banheiro e me sentei no vaso com a intensão de fazer xixi, mas demorou mais que o normal para que eu me levantasse, fiquei encarando a parede a minha frente e pensando no furacão que a minha vida virou, tudo que eu tinha feito e todos os princípios que eu estava abandonando. Na minha cabeça nada de encaixava e nem fazia sentido e o álcool não ajudava a completar as lacunas, apenas as deixavam mais espaçadas.
Apenas ali sentada, o liquido já estava bem abaixo da metade e meus músculos estavam relaxando aos poucos. Quando eu era criança eu sempre quis um pônei, minha mãe dizia que ia me dar, chegamos a ir num lugar para procurar, meu avô disse que era loucura e que eu não poderia ter um pônei, pois eu não teria espaço para cria-lo, então eu disse para minha mãe que esconderia o pônei no meu baú de brinquedos, ele riu e me disse que seria impossível guardar algo tão grande num lugarzinho tão pequeno, eu chorei e fiquei com tanta raiva que sai correndo e cai quebrando o braço. Hoje eu entendo a teoria e isso me deixava ainda mais irritada, desistindo do banho, me sequei e larguei a garrafa com dois dedos de tequila em cima da pia. Corri para o armário, peguei uma calça e um moletom e os vesti com pressa. Tonta peguei minha bolsa e a chave da moto, calcei os tênis que estavam perto da porta e sai da casa sem trancar a porta.
Tropecei três vezes até chegar a moto e Niall e me mataria se me visse pilotando nesse estado, montei e tive uma pequena dificuldade para acertar o buraco da chave. Liguei a moto e segui por um caminho que não gostaria de refazer, mas eu não estava comandando meus movimentos, meus atos, nada em mim parecia respeitar o bom senso.
Costurei pelo transito e fechei um carro prata que buzinou e gritou pela janela.
-- Filha da puta! – o seu dedo do meio se ergueu na janela.
-- Ela ta morta, babaca! – respondia acelerando a moto e cortando mais alguns carros, se eu fosse parada pela policia, eu poderia ir para a cadeia de bom grado, e ainda beijaria o guarda.
Foi tudo como um borrão e eu já estava cruzando o hall de entrada do prédio, o porteiro não tentou me impedir dessa vez e se tentasse iria se arrepender, o sangue esquentava em minhas veias só de estar no mesmo prédio que Harry.
Quem ele pensa que é? Eu fui atrás dele, eu tirei a virgindade dele. Ele não podia chegar e me descartar dessa maneira, não depois de tudo. Eu quero a merda do pau dele numa bandeja.
O elevador chegou e eu apertei o botão do andar de Harry, essa porra acaba hoje. Corri pelo corredor e soquei a porta de Harry com fúria, demorou um pouco para a porta se abrir, Harry apareceu com os cabelos bagunçados e os lábios avermelhados, meu coração saltou e por alguns instantes me esqueci de toda raiva e do motivo que eu tinha vindo.
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Nymphomaniac || a Harry Styles fanfiction
FanfictionHarry é o mais novo calouro da Universidade de Londres. Ele não nega o quão está empolgado com isso. Ao chegar ao seu tão esperado primeiro dia de faculdade, ele conhece uma moça que se apresenta sendo muito interessante. Ele sabe que ela faz o tipo...