Minha cabeça borbulhava com mil questionamentos. Meu sangue parecia ferver sobre minha pele. Eu nunca senti tanta raiva. Como ela pôde fazer isso comigo? Esse tempo todo enquanto "estava comigo" ela saia com outros?
Eu sentia raiva e nojo de mim mesmo. Bati diversas vezes meus punhos fechados sobre o volante, tentando inutilmente fazer com que a dor me fizesse esquecer, mas nada era pior do que isso. Me sentir usado.
Acelerei pela avenida, recebendo algumas buzinas, mas a minha vontade era de xingar todos. Pela primeira vez não me importava com porra nenhuma. Tudo o que eu estava sentindo diminuiu um pouco ao ver que eu já estava perto de casa e tudo pareceu melhorar quando estacionei o meu carro na mesma vaga de sempre.
Quando estava subindo as escadas, senti o alívio tomar conta aos poucos do meu corpo, minha mente me chamou para um detalhe com um pequeno estalo. Mamãe e Gemma.
Fechei meus olhos e me deixei ser derrotado. Sem ter mais forças, tomado por essa bosta de sentimento, me sentei no degrau da escada. Apoiei meus cotovelos em meu joelhos e afundei meu rosto na palma da minha mão.
Eu estava fazendo tudo errado. Como eu pude deixar tudo isso acontecer? A uma semana atrás eu não ligava para nada disso, minhas únicas preocupações eram a faculdade e agora nem as aulas eu estou frequentando.
—Você está bem? — levantei minha cabeça espantado. Droga! Agora não.
Eu queria muito mesmo me levantar dali e fingir que não ouvi o seu questionamento, mas isso seria muito grosseiro e algo dentro de mim não me permitia ser assim.
—Estou...— sussurrei vagamente, mas que mentira deslavada. Minha voz não tinha um pingo de de verdade, mas eu desejava que ela fingisse acreditar.
Ela não disse nada, mas sentou-se ao meu lado, quase grudada em mim. Droga, será possível?
—Talvez você não queira falar, mas as vezes é bom conversar com alguém — virei minha cabeça em sua direção e prestei atenção em seu rosto. Seus olhos continham um brilho esperançoso e sua voz só me transmitia disponibilidade.
—É que...— comecei e vi seus olhos com expectativa. Porra, eu ia fazer isso mesmo? Quer dizer, eu não sei nada sobre essa mulher. Minha cabeça rodou e então eu me lembrei dela...eu também não sabia nada dela e mesmo assim deixei que fizesse essa completa confusão em minha cabeça.
Respirei profundamente e dessa vez não olhei para aqueles olhos grandes azuis, apenas olhei para os lances de escada a minha frente e comecei a falar novamente.
—Eu conheci ela no meu primeiro dia da faculdade...— minha voz era só um sussurro, mas era nítida perante ao silêncio que fazia naquela escada. —Eu não gostei dela de cara, quer dizer...ela chegou atrasada e chamou a atenção de todo mundo. Então ela sentou do meu lado...— as cenas se repassavam na minha cabeça exatamente como haviam acontecido. Eu me lembro direitinho de ter achado ela tão errada, mas daí eu fui pra casa dela e nada pareceu errado, nada nunca pareceu tão certo.
—Essa garota é aquela do outro dia? — perguntou. Apenas balancei a cabeça em confirmação. —Vocês namoravam a muito tempo? —franzi meu cenho e virei minha cabeça para olhar para ela.
—Não, você entendeu errado...a gente não namora. — vi seus olhos brilharem mais ainda com as minhas palavras enquanto um aperto tomava meu coração. Merda de sentimentos.
—Ah... então vocês tipo... são amigos? — eu queria que ela parasse com esses questionamentos, mas a questão é que eu não poderia parar a minha cabeça de fazer as mesmas perguntas. O que diabos nós dois éramos? Amigos? Não, amigos não fazem sexo.
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Nymphomaniac || a Harry Styles fanfiction
Fiksi PenggemarHarry é o mais novo calouro da Universidade de Londres. Ele não nega o quão está empolgado com isso. Ao chegar ao seu tão esperado primeiro dia de faculdade, ele conhece uma moça que se apresenta sendo muito interessante. Ele sabe que ela faz o tipo...