80. what they think?

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Fomos todos saindo aos poucos. Quando eu ia seguindo minha mãe, o Polegar passou o braço pela minha cintura. Olhei pra ele. 
Polegar: O que foi, morena? - perguntou.
Gabriella: Nada, isso só é um pouco estranho - gesticulei pra mão dele na minha cintura. Ele riu.
Polegar: Uma hora você acostuma! - disse. Começou a andar e eu fui obrigada a acompanhá-lo, mas fiquei pensando ''uma hora você acostuma". Não sei o que ele quis dizer então depois vou conversar com a minha mãe e minha tia sobre isso. Elas entendem muito sobre esses caras de morro. Ri comigo mesma e minha mãe olhou pra trás.
Melinna: O que foi? - riu também.
Gabriella: Depois te falo - ela assentiu e voltou a olhar pra frente.
Polegar: Já sei que vai falar sobre mim camisolinha - se gabou e eu dei um tapa no braço dele. - Agressiva - riu.
Gabriella: Não começa! - adverti. Ele deu risada e continuamos andando. Saímos do hospital e entramos nos carros da mesma forma que viemos. Só Líbia e Felipe que foram no carro com o Deco. Paramos na casa do Bobby. Saí do carro e fui atrás da minha mãe. - Mãe, vamos entrar? - perguntei.
Melinna: Vamos ué! Hoje é dia de pizza - rimos e entramos abraçadas. Ela abriu a porta e dessa vez sem barulho! Pulei lá no sofá largando os chinelos, minha mãe sentou do meu lado e eu coloquei os pés em cima dela.
Patrícia: Já tá se sentindo em casa - disse. Bobby olhou eu deitada praticamente e sorriu.
Bobby: Casa do pai dela, tem que se sentir assim mesmo! - disse. Entrou o resto da cambada e se jogaram lá no sofá e no chão. Líbia entrou no colo do Felipe e ele colocou ela na poltrona, e sentou no chão.
Deco: Vai ser pizza do que hoje? - perguntou já com o rádio na mão.
Bobby: Gabi escolhe
Gabriella: Catupiry com frango e borda recheada
Bobby: Recheada de que?
Gabriella: Catupiry
Bobby: Bebida?
Gabriella: Schweppes - disse. Ele me olhou desconfiado, olhei pra minha mãe e olhei de volta pra ele, e ele com aquela cara.
Gabriella: Mãe! Ele vai me matar - escondi o rosto na almofada e ela riu.
Melinna: O que foi, Bobby?
Bobby: Schweppes viu!
Gabriella: Você sabe que é refrigerante, né? - tirei o travesseiro do rosto e olhei pra ele.
Bobby: Lógico que eu sei! Liga aí, Deco, e pede. Vou tomar um banho, já desço - subiu as escadas tirando a camiseta.
Melinna: Desgraçado! Tira lá em cima seu cachorro! - ele riu e virou lá pro corredor lá em cima. - Pau no cu! - dei risada.
Gabriella: Relaxa aí, mãe - ela me deu um tapa nada forte na coxa e em seguida Deco saiu como nextel na mão.
Patrícia: Danilo! - chamou e o tio Deco olhou.
Deco: Fala
Patrícia: Vai aonde?
Deco: Lá fora mandar uns pivete buscar a pizza
Patrícia: Hum - murmurou.
Deco Relaxa, Patrícia! - piscou pra ela e saiu.
Felipe: Acho que vou embora, sai do trabalho. Vão me descontar, e aí como sustento um filho né? - rimos e ele virou pra Líbia. - Você vai ficar bem? - ela assentiu. - Então tá, depois a gente conversa beleza? - ela assentiu de novo. - Tá - ele murmurou e em seguida levantou. Deu um beijo na testa dela e ela sorriu. - Vocês cuidam dela? - virou pra gente.
Melinna: Não se preocupa, a gente cuida sim - ele assentiu, se virou e foi saindo.
Líbia: Felipe... - chamou. Ele virou de volta e olhou pra ela. - Te amo! - a voz dela tava fraca e ela tossiu. Ele abaixou e fez carinho no rosto dela.
Felipe: Te amo, Líbia! - ela sorriu e ele deu um selinho nela. Em seguida levantou e saiu. Fiquei olhando e pensei se algum dia ficaria numa situação dessas e receberia esse carinho, seria amada do jeito que o Felipe ama a Líbia. Respirei fundo e desviei os olhos quando ouvi a porta bater. Polegar tava me olhando e quando meus olhos encontraram os dele, ele sorriu pra mim, sorri de volta.
Melinna: Aí que demora de pizza, que demora de Bobby! To com fome - cruzou os braços e todo mundo riu.
Marianne: Relaxa, tia!
Melinna: To relaxada ruiva, to relaxada
Gabriella: Mãe?
Melinna: Hum? - me olhou.
Gabriella: Você nunca cogitou a ideia de vir morar aqui? - perguntei.
Melinna: Na verdade não filha!
Gabriella: Hum... - murmurei.
Melinna: Por que?
Gabriella: Por nada! - ela assentiu, mas não acreditou muito no meu "nada", e nem deveria. Sentei no sofá e fiquei olhando pro nada.
Manuella: Vamos dar uma volta? - chamou.
Kelly: Agora!
Agatha: Vamos nessa!
Marianne: Também quero!
Líbia: Não to muito disposta - sorriu fraco.
Manuella: De boa, Líb! Gabi, Lari, Babi? - nos olhou.
Bárbara: Vamos ficar, Manu - ela assentiu com uma carinha meio triste e saiu com as meninas
Melinna: Tchau Polegar
Polegar: Que?
Patrícia: Conversa de mulheres, agora tchau!
Polegar: Por que?
Melinna: Porque sim, depois você volta e avisa pro Deco não entrar também. Vou expulsar o Bobby assim que ele descer - sorriu sínica.
Polegar: Tenho cara de mensageiro? - debochou e eu ri.
Melinna: Tem sim fdp .. agora so-me - disse devagar.
Polegar: Que ridículo isso mano - minha mãe pegou uma almofada e atacou nele. - To vendo que a agressividade vem de família! - disse me olhando. Peguei outra almofada e ataquei nele também. Ele riu. - Não disse?!
Gabriella: Anda logo!
Polegar: Já fui - levantou e saiu, batendo a porta com certa força. Ele queria ficar e eu também queria que ele ficasse, mas fazer o que.
Larissa: Revoltado! - gritou. Sentou atrás de mim e eu deitei nela.
Bárbara: Chega de Polegar - sorriu e sentou no chão na minha frente. Minha tia fez o mesmo, e eu sabia, ali tinha.
Gabriella: Ihh lá vem em mano! - minha mãe riu.
Larissa: Hora da verdade! Vamos começar, conte tudo da sua, deliciosa, acho, noite com o Polegar todo poderoso e tudo o que está rolando! - pediu.
Gabriella: Vou contar, mas antes... - olhei pra minha mãe e em seguida pra minha tia. - Vocês que tão ligadas nesses donos de morro - elas riram. - O que passa pela cabeça deles? - perguntei.

***

E aí, o que vocês acham que se passa pela cabeça deles? 

E essa relação do Polegar e da Gabi? Muito românticos! Quanto tempo será que dura esse romantismo todo?


Mulher de Traficante (TEMP 1) COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora