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Eu acho que ficava uma tonta sorrindo pra ele, acho, mas tenho quase certeza que não! Desviei o olhar rápido e abri a garrafinha enquanto o Bobby sentou do lado da minha mãe.
Bobby: Que favelada você, Patrícia
Patrícia: Olha quem fala - rebateu e nós rimos. Comecei a beber minha água quando a porta da sala abriu e o médico saiu. Levantamos, mas eu continuei bebendo água.
Bobby: E aí, Jorge ?
Jorge: Ela tá bem e o bebê tá bem. Tudo sob controle, mas.. - parou. Tirei a garrafa da boca.
Gabriella: Mas o que? - perguntei.
Jorge: A gravidez dela é de muito risco - disse. Sentei na mesma hora e o Polegar me segurou pelo braço. - Ela vai precisar ter sérios cuidados, acompanhamento médico e não pode, de forma alguma, ficar nervosa - a Mari já tinha começado a chorar. Minha mãe sentou do meu lado.
Melinna: Daremos um jeito - garantiu.
Bobby: Ela já pode ir?
Jorge: Vou liberar ela assim que terminar o soro
Bobby: Beleza, valeu Jorge - fizeram toque de mão e o médico voltou pra sala.
Gabriella: Mãe, como ela vai ficar naquele inferno daquela casa? Vai perder o bebê na primeira semana
Bárbara: A Gabs tem razão, tia
Melinna: Vamos trazer ela pra morar com a gente. Pode ser?
Gabriella: Sim, mãe! - concordei. Aquilo seria ótimo! A Líbia teria o baby sem se estressar nem um pouquinho, o problema era... ela querer! Mas não acho que vá ser muito difícil isso acontecer, bom, espero! Olhei pro lado e o Filé tava vindo com o Deco.
Agatha: Oi, Felipe - levantou e eles se abraçaram.
Felipe: Oi, loira! Cadê ela? - perguntou. Eles se soltaram e foram falando mais baixo. Não pude ouvir mais nada.
Gabriella: To cansada - falei baixo. Inconscientemente, encostei a cabeça no ombro do Polegar e por incrível que pareça ele não falou nada, apenas ajeitou minha cabeça. Minha mãe deu uma risadinha e tirou a garrafa da minha mão, fechando a mesma.
Bárbara: Escola amanhã, amiga - abaixou na minha frente e fez bico.
Gabriella: Amanhã arrebento a Maria Clara e não tem Manuella nem Kelly que me impeçam - falei quase fechando os olhos.
Manuella: Vai achando, meu amor - sorriu sínica.
Kelly: Não vamos deixar você se sujar com vagabunda, Gabi - disse séria.
Bobby: Quer ir embora filha? - perguntou.
Gabriella: Não, to bem, só to cansada. Vou esperar a Líbia sair - disse e ele assentiu. Felipe chegou mais perto com a Agatha e o médico saiu ajudando a Líbia a andar. Levantou todo mundo de novo.
Jorge: Ela tá bem, só tá meio mole por causa dos remédios pra dor, vão ajudar muito na hora dos enjoos e das dores mais fortes.
Bobby: Valeu - pegou a Líbia no colo e o médico entregou um pacote pra minha mãe, com alguns remédios.
Melinna: Obrigada! - sorriu simpática. As vezes minha mãe nem parecia favelada, parecia mesmo, apenas, uma diretora de empresa de moda. Felipe chegou perto.
Felipe: Posso? - Bobby assentiu e passou a Líbia pro colo dele. - Oi, amor!
Líbia: Oi, Fe! Cadê a Gabi? - perguntou.
Gabriella: To aqui, Líb! - fiz um carinho no rosto dela. Ela sorriu e fechou os olhos.
Polegar: Quanto amor por você - sussurrou e eu ri.

Mulher de Traficante (TEMP 1) COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora