Fazia bastante tempo que eu não saia do quarto, talvez alguns dias. Nem sei o por que de estar assim, peso na consciência eu acho, mas não importa, eu não podia ficar aqui me lamentando enquanto tem uma garota tentando destruir o mundo. Levanto da cama, onde fiquei por bastante tempo, passei as mãos pelo meu cabelo, tentando arrumá-lo, e saí. Andei sem rumo, virando em alguns corredores que eu nem sabia que havia ali e dei de cara com uma pequena sala, uma pequena televisão ligada no canto esquerdo, alguns sofás de couro a sua frente e Dean sentado no mesmo, bebendo uma cerveja.
- O que é preciso fazer pra arranjar alguma coisa para comer nesse lugar? - digo, fingindo estar brava e Dean se vira rapidamente, um pouco chocado por me ver fora do quarto.
- Sarah - ele diz e se vira para a televisão novamente - É um prazer ter você de volta a vida.
- É - dou de ombros e sento-me ao seu lado, ele parecia inquieto, incomodado - O que está acontecendo?
- Nada.
- Ah, qual é! Não preciso ler seus pensamentos para saber que tem alguma coisa errada - exclamo e ele continua quieto - Você sabe que pode confiar em mim.
- Eu... - ele me encara e suspira - É o Sam, está acontecendo algumas coisas estranhas com ele.
- Coisas estranhas?
- É, ele está tendo visões - ele suspira novamente e depois faz uma careta de desgosto - E acha que Deus está por de trás disso.
- Você não acredita em Deus?
- Acredito - ele dá um sorriso falso - Também acredito que ele não se importa, que ele desistiu de nós.
- Eu acho que ele se importa - suspiro e me afundo no sofá - Quando eu estava trancada naquele hospital psiquiátrico, por seis anos, eu cheguei a desistir. Por que, claro, eu estava presa em um lugar cheio de pessoas loucas, acusada de fazer uma coisa que nunca teria coragem de fazer. E eu não tinha que lidar só com minha história triste, eu tinha que lidar com a histórias tristes de todos ali, era cansativo. Eu não sei se estava desistindo por que sou fraca, mas naquele dia eu rezei e pedi para que Deus me ajudasse.E eu não tive o mesmo sonho que tenho sempre, Dean, foi a primeira e única vez que tive um sonho bom. No sonho eu era normal, eu estava feliz, estava pintando um quarto de rosa... Eu estava grávida, Dean, e estava muito feliz.
- Isso soa como um especial de natal - ele disse.
- Você nunca quis? - digo.
- Quis o que? - ele pergunta, confuso.
- Ter uma vida normal - começo a divagar e ele me encara sem dizer nada - Ser normal.
- Eu... - ele começa, mas não termina. Vendo o quão ridícula eu estava soando, tentei melhorar as coisas.
- Não que isso importe - me levanto rapidamente - Só estou tentando dizer que posso ajudar.
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Insanity
FanfictionQual a possibilidade de dizer para as pessoas que você consegue ver auras, ler pensamentos, saber tudo sobre alguém apenas com um toque, ter sonhos que muitas vezes se realizam, ter visões pré-apocalípticas e elas levarem numa boa? Bom, nenhuma. Fan...