Capítulo 38

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Escutem a música da mídia - Down- Jason Walker" - enquanto estiverem lendo e, se quiserem, vejam a tradução que também está no vídeo PERFEITO PARA O MOMENTO.

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Passei o resto da semana aperfeiçoando meus poderes, o que é extremamente cansativo. Eu estava feliz, coisa que nunca havia ficado antes, eu conseguia usar meus poderes sem desmaiar, os rapazes sempre me faziam rir, eu e o Dean... Bom, é complicado. Não sei o que tudo significa, mas estamos nos beijando 90% do tempo que estamos sozinhos, o que eu apoio bastante. É realmente bom beijar Dean Wichester, tenho que admitir.

Ontem ele estava estranho, passou o dia me evitando. Passei quase todo o dia tentando falar com ele, mas quando percebi que ele iria me evitar, comecei a evitar ele também. A noite ele saiu, sem dizer nada para ninguém, nem ao menos dizer onde iria. Fiquei acordada por um longo tempo, preocupada com ele. Mas ele não voltou, percebi que provavelmente ele havia saído para beber e que ele estaria em algum lugar com alguma mulher. Não pude evitar a sensação estranha que senti ao pensar em Dean com outra mulher.

Eu odiava me sentir assim, odiava cada vez que ele me ignorava ou me evitava, odiava ter que saber que ele pode estar com qualquer mulher que ele quisesse, odeio tudo nele e, principalmente, odeio gostar tanto dele, odeio não conseguir odiá-lo. Minha visão estava embaçada por causa das lágrimas, também odiava chorar por tudo, era inevitável. 

Hoje, quando ele voltou, eu já estava acordada e treinando com Sam. O ignorei o máximo possível, me concentrando no que estava fazendo. Sam ia me ensinar a exorcizar um demônio, mas primeiro precisávamos encontrar um demônio.

- Você vai invocar um demônio? - digo e tento ignorar Dean que está deitado, reclamando sobre a ressaca - Sangue de virgem, galinha preta, macumba extrema?

- Não temos uma virgem aqui, temos? - Dean diz, rindo - Mas nunca foi necessário.

- Talvez? - digo e ele arregala os olhos - Não me olhe assim, passei minha vida inteira trancada num hospital psiquiátrico.

- Cara - ele olha para mim, depois olha para o Sam e balança a cabeça - Isso sim é uma péssima vida.

- Continuando - exclamo e o fuzilo com o olhar - Vamos invocar um demônio?

- Hoje não - Sam dá de ombros - Podemos adiar a sua aula.

- Muito obrigado, professor - reviro os olhos e me sento no chão.

- Vocês estão a quanto tempo treinando? - Dean pergunta, olhando para mim, mas ignoro e espero Sam responder.

- Bastante tempo - ele diz - Sarah já sabe o bastante, acho que não precisamos mais ensina-la.

- Ela precisa treinar mais - Dean diz - Ela não pode andar por aí sem saber usar seus poderes.

- Eu sei usar meus poderes muito bem, obrigado - exclamo.

- Ela ainda não sabe usar os poderes muito bem, Sam - ele me ignora e continua.

- Você estava muito ocupado de manhã para estar aqui e ver como ela se saiu - Sam diz e eu tenho que me segurar para não ir lá e o abraçar.

- Mas estive aqui todos os outros dias para saber que ela não está pronta ainda - ele diz.

- Parem de falar como se eu não estivesse aqui - exclamo e me levanto, apontando para Dean - Você é um idiota, não tem o direito de me dizer se estou pronta ou não, só eu tenho.

Vou em direção ao meu quarto e bato a porta, odeio estar triste por isso, odeio gostar dele e saber que não sou correspondida.


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