Capítulo 48

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Pov. Dean

Alguns dias se passaram e ainda não conseguimos achar o assassino. Havia alguém que matava as pessoas em seus sonhos, como aquela vez com Bobby, ele usava raiz do sonho africana e as pessoas morriam enquanto estavam dormindo. Um grupo de amigos haviam morrido: quatro homens e uma mulher, havia apenas uma mulher viva agora e ela já estava no hospital. Ela afirmava ter sonhos perturbadores, os piores sonhos de sua vida, mas ninguém nunca a matava.

- Tem alguém que gostaria de fazer mal a vocês? - pergunto depois de mostrar meu distintivo falso.

- Não - ela olha para suas mãos - Não consigo imaginar ninguém que faria isso.

- Vocês não tinham nenhum inimigo? - arqueio as sobrancelhas - Nunca fizeram algo de ruim para alguém querer se vingar?

- Não - ela exclamou, consegui ver suas mãos tremerem.

- Estamos tentando te ajudar, você precisa dizer a verdade - digo - Seu amigo, Luke, disse que vocês não consegue imaginar ninguém que consiga machucá-la. Mas se você tem um inimigo, tem que dizer agora.

- Eu não tenho nenhum... - ela me encara e franze o cenho - Quem é Luke?

- Seu amigo? - digo como se fosse óbvio - Que vem aqui todos os dias trazer coisas para você?

- Eu não conheço nenhum Luke.

- Alto, cabelos castanhos, usa uma roupa ridícula azul - digo e faço uma careta - Parece um idiota.

- Josh? - ela pergunta e arregala os olhos - O que ele estava fazendo aqui?

- Porque? - pergunto e a encaro.

- Um dia eu e meus amigos saímos para uma cabana que era dos pais da Soph - ela diz e seus olhos se enchem de lágrimas - E atropelamos um cara, chamado Josh, não sabíamos o que fazer então o deixamos lá. Mas não foi nossa culpa, estávamos com medo. E ele ficou muito estranho depois disso, só usava roupas azuis, ficou com um problema na cabeça e começou a ter transtornos do sonho, foi horrível.

- Aposto que foi - digo, seco - Vamos achar o seu amiguinho.

Saí e fui em direção do elevador, apertei o botão e esperei demorados minutos para chegar, o elevador desce lentamente até a recepção, onde acho Sam com seu notebook.

- Aquele cara - digo  - O tal Luke, atropelaram ele e agora ele está revoltado por isso. Trouxe a raiz?

- Sim, raiz do sonho africana aqui - ele apontou para um potinho com um líquido esverdeado - Eu acho que... Espera, Luke? Aquele Luke?

Me viro bem a tempo de ver o idiota da roupa azul entrar no elevador, me levanto e corro até lá, mas a porta se fecha antes que eu possa chegar. Corro para as escadas, ouvindo os passos de Sam atrás de mim, corro o máximo que posso e me pergunto porque diabos ela tem que estar no quinto andar. Quando chego até lá já estou ofegante, coloco a mão na maçaneta e a giro, empurrando a porta no processo. A mulher, chamada Caroline, está deitada e se debatendo, ao seu lado há um copo com o mesmo líquido que estava nas mãos de Sam antes. Ela parecia estar tendo um horrível pesadelo, enquanto, de vez em quando, alguns cortes apareciam em seu corpo.

- Temos que entrar no sonho dela - aponto para a garota - Vamos salvá-la.

Sam concorda com a cabeça e rapidamente pega o pote, bebe metade e me entrega. Fecho os olhos e sinto o amargo líquido descer pela minha garganta, faço uma careta e me sento no chão. Espero até que, minutos depois, tudo escurece.


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