Pov. Dean
Alguns dias se passaram e ainda não conseguimos achar o assassino. Havia alguém que matava as pessoas em seus sonhos, como aquela vez com Bobby, ele usava raiz do sonho africana e as pessoas morriam enquanto estavam dormindo. Um grupo de amigos haviam morrido: quatro homens e uma mulher, havia apenas uma mulher viva agora e ela já estava no hospital. Ela afirmava ter sonhos perturbadores, os piores sonhos de sua vida, mas ninguém nunca a matava.
- Tem alguém que gostaria de fazer mal a vocês? - pergunto depois de mostrar meu distintivo falso.
- Não - ela olha para suas mãos - Não consigo imaginar ninguém que faria isso.
- Vocês não tinham nenhum inimigo? - arqueio as sobrancelhas - Nunca fizeram algo de ruim para alguém querer se vingar?
- Não - ela exclamou, consegui ver suas mãos tremerem.
- Estamos tentando te ajudar, você precisa dizer a verdade - digo - Seu amigo, Luke, disse que vocês não consegue imaginar ninguém que consiga machucá-la. Mas se você tem um inimigo, tem que dizer agora.
- Eu não tenho nenhum... - ela me encara e franze o cenho - Quem é Luke?
- Seu amigo? - digo como se fosse óbvio - Que vem aqui todos os dias trazer coisas para você?
- Eu não conheço nenhum Luke.
- Alto, cabelos castanhos, usa uma roupa ridícula azul - digo e faço uma careta - Parece um idiota.
- Josh? - ela pergunta e arregala os olhos - O que ele estava fazendo aqui?
- Porque? - pergunto e a encaro.
- Um dia eu e meus amigos saímos para uma cabana que era dos pais da Soph - ela diz e seus olhos se enchem de lágrimas - E atropelamos um cara, chamado Josh, não sabíamos o que fazer então o deixamos lá. Mas não foi nossa culpa, estávamos com medo. E ele ficou muito estranho depois disso, só usava roupas azuis, ficou com um problema na cabeça e começou a ter transtornos do sonho, foi horrível.
- Aposto que foi - digo, seco - Vamos achar o seu amiguinho.
Saí e fui em direção do elevador, apertei o botão e esperei demorados minutos para chegar, o elevador desce lentamente até a recepção, onde acho Sam com seu notebook.
- Aquele cara - digo - O tal Luke, atropelaram ele e agora ele está revoltado por isso. Trouxe a raiz?
- Sim, raiz do sonho africana aqui - ele apontou para um potinho com um líquido esverdeado - Eu acho que... Espera, Luke? Aquele Luke?
Me viro bem a tempo de ver o idiota da roupa azul entrar no elevador, me levanto e corro até lá, mas a porta se fecha antes que eu possa chegar. Corro para as escadas, ouvindo os passos de Sam atrás de mim, corro o máximo que posso e me pergunto porque diabos ela tem que estar no quinto andar. Quando chego até lá já estou ofegante, coloco a mão na maçaneta e a giro, empurrando a porta no processo. A mulher, chamada Caroline, está deitada e se debatendo, ao seu lado há um copo com o mesmo líquido que estava nas mãos de Sam antes. Ela parecia estar tendo um horrível pesadelo, enquanto, de vez em quando, alguns cortes apareciam em seu corpo.
- Temos que entrar no sonho dela - aponto para a garota - Vamos salvá-la.
Sam concorda com a cabeça e rapidamente pega o pote, bebe metade e me entrega. Fecho os olhos e sinto o amargo líquido descer pela minha garganta, faço uma careta e me sento no chão. Espero até que, minutos depois, tudo escurece.
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Insanity
FanfictionQual a possibilidade de dizer para as pessoas que você consegue ver auras, ler pensamentos, saber tudo sobre alguém apenas com um toque, ter sonhos que muitas vezes se realizam, ter visões pré-apocalípticas e elas levarem numa boa? Bom, nenhuma. Fan...