Capítulo 12

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Percebi que vampiros não tem auras, pensamentos, afinal estão mortos. Percebi, também, que Cami não era um vampiro, ela era humana e estava lá por conta própria, ela estava com mais medo que eu, suas mãos tremiam ao segurar uma faca, muito grande, que Sam segurava minutos atrás e não parada de dizer a Andrew que ele deveria nos matar logo. 

Quando Andrew caminhou em minha direção, prendi a respiração automaticamente, se ele visse que eu estava desamarrada todo o plano de ajudar iria por água abaixo. Felizmente, ele não percebeu, mas continuo chegando para mais perto de mim, no último instante ele tirou uma pequena faca de seu bolso e colocou-a em minha bochecha, sem encostar.

- Seria uma honra transformar a garotinha abençoada em vampiro, mas tenho que entregá-la a um destino muito pior - ele riu e balançou a cabeça, apertou a faca e desceu-a até meu pescoço, abrindo uma grande corte, um gemido saiu por entre meus lábios e meu olhos se encheram de lagrimas - Creio que Amara não ficará brava se eu machucá-la um pouco, docinho.

- Mate eles logo, Andrew - Cami disse e se juntou ao lado dele - Por favor, acabe logo com isso.

- Não me fale o que devo ou não fazer - ele gritou e a empurro, mas antes de cair ela conseguiu pegar a arma de suas mãos.Ela se levantou em uma velocidade extraordinária e apontou a arma em minha direção, murmurou algo como "então eu mesma acabo com isso" e apertou o gatilho.

O alto som do tiro soou por todo o celeiro, forcei a mim mesma a continuar com os olhos abertos. Tudo se passou em câmera lenta, eu vi o olhar chocado no rosto de Andrew, vi a bala vindo em minha direção lentamente, vi os rapazes gritarem alguma coisa, mas não conseguia escutá-los. Parecia que eu estava em um daqueles sonhos que sempre tenho e como eu queria que aquilo fosse um sonho. Instintivamente coloquei minhas mão na frente de meu corpo, como se aquilo ajudasse em alguma coisa, fechei meus olhos, um soltei um "não" alto o suficiente para todos ali escutarem e esperei para sentir a dor alucinante de um tiro. Mas nada aconteceu, eu continuava ali, parada e com as mãos esticadas, meus ouvidos zumbiam por causa do barulho da arma. Quando abri os olho, não acreditei no que tinha acontecido, acho que ninguém ali conseguia acreditar. A bala, que antes estava vindo em minha direção, estava parada no ar, ainda girando e quando abaixei as mãos, a bala caiu.

Andrew estava com os olhos arregalados e recuou um passo, enquanto Cami ainda segurava a arma em minha direção. Olhei, assustada, para Dean, que já tinha conseguido se soltar das cordas. Dei um passo para frente e Cami recuou dois, eu tinha acabado de parar uma bala, fazia todo sentido ela ter medo, mas então, ela apontou a arma para Sam.

- Acho melhor você parar por ai mesmo - ela disse, sua voz trêmula - Ou eu atiro nele.

E então, eu fiquei dormente, minha visão escureceu e quando voltou, era como se eu estivesse no piloto automático, minha visão ficou embasada e eu murmurei "você, realmente, não sabe com quem está mexendo". Eu sentia o que fazia, ouvia o que dizia, mas não conseguia tomar controle sobre meu próprio corpo. Eu olhei para os olhos arregalados de Andrew, ele estava recuando, mas quando olhou em meus olhos, parou. Eu não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo, mas uma grande onda de bem estar bateu contra mim e eu inclinei a cabeça, sorrindo. Apontei para Cami, ainda olhando em seus olhos e pensei "Pegue a arma das mãos dela", ele franziu o cenho, mas foi lá e pegou a arma. Fiz o sinal de uma arma com as mãos e apontei para Cami, fingindo que eu segurava a arma, e quando olhei para Andrew, ele fazia exatamente as mesmas coisas que eu. Sorri e levantei minha mão, pensei "Atire" e ele atirou. Olhei para Cami, que estava jogada no chão, um pequeno ferimento de bala bem no centro de sua cabeça, de onde saía uma grande quantidade de sangue. Olhei para Andrew, que olhava, assustado, para a arma e soltei uma gargalhada. Ele olhou para mim e eu logo pensei no próximo passo, "Pegue aquela faca" apontei para a faca e depois para a minha garganta. Ele foi lentamente até a faca e pegou-a, colocando sobre sua garganta, sem encostar. "Agora corte sua garganta, devagar" disse e passei o dedo sobre minha garganta, ele arregalou os olhos, mas fez exatamente o que eu pedi.

Quando ele estava ali, morto aos meus pés, minha visão voltou ao normal, tudo o que eu havia feito voltou em minha mente. Eu havia matado eles. Eu realmente havia matado eles. Minhas pernas fraquejaram e eu cai, lágrimas lavavam meu rosto. Eu encarava os dois ali, mortos, eu havia matado eles. Senti mãos em meus ombros, que fizeram eu desviar meu olhar para quem estava me segurando, Dean.

- Eu... - fui interrompida por um soluço vindo de mim - Eu matei eles? Eu não queria... Dean, eu não sei o que está acontecendo, o que está...

- Tudo bem, Sarah - ele me pegou no colo - Tudo bem, estamos bem, você fez o que deveria fazer. 


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Heeey, como vocês estão? shaushaushuas

Espero que estejam gostando <3

A música perfeita para a fic é: My Demons - Starset. Está na mídia se vocês quiserem escutarem <3

Byeeee


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