Capítulo 51

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Pov Sarah

Ela coloca um pano em meus olhos, apertando-os fortemente e fazendo um nó, sinto uma forte picada em meu braço e me desespero. Sinto o nervosismo se misturar com o desespero e com o medo, me causando náuseas.O zumbido constante que a lâmpada fazia ao piscar se misturava com o ranger da velha cadeira enquanto eu tentava me debater para me soltar das cordas. Sentia a circulação do sangue de minhas mãos parando, fazendo-as formigarem, meus olhos vendados faziam meu interior se contorcer de medo. Eu conseguia ouvir gritos e sons como se uma verdadeira luta ocorresse do outro lado da porta, ouvia também os passos de Amara ao meu lado. 

- Parece que eles chegaram.

Algumas horas antes.

Uma semana.

Havia passado uma semana que eu estava aqui. A cada dia que passava, meu plano ia por água abaixo, eles me drogavam e me forçavam a fazer coisas, as vezes eles tentavam extrair minha "graça" - mesmo que Amara sentisse o mesmo quando eles me machucavam -, acho que em algum momento eles perceberam que eu não tinha a tão procurada "graça" em mim. Durante uns quatro dias eu gostava da sensação de estar drogada, a dormência causava uma enorme sensação de felicidade e bem-estar. No quinto dia percebi o que realmente estava acontecendo e tentei tomar uma providencia, fingi dormir e ao perceber que eles simplesmente injetavam drogas em mim, consegui tirar a agulha e esvaziar o pequeno saco plástico, fingindo estar drogada. Agora já me sentia sóbria e, infelizmente, sentia a falta das drogas. Agora já sabia exatamente o quão inútil estava sendo e a dormência havia passado, levando consigo a sensação de falsa felicidade. Peguei o pequeno urso e rasquei-o, lamentando por ter que fazer isso, peguei a fria bala e  coloquei-a dentro do coturno que usava. Me levantei e fui até o espelho, observando o clichê e ridículo vestido que usava, a única coisa que era disposto para mim todos os dias eram vários vestidos iguais: brancos e de cetim.

Abri a porta e me apoiei na parede, fingindo estar drogada. Segui o corredor até a última porta, ela abriu antes mesmo de eu chegar lá. 

- Fico feliz de te ver aqui por conta própria - Amara diz - Estava a cansada de ver você sendo arrastada até aqui.

- Estava cansada de ser arrastada até aqui.

Ela ignora o que eu disse e se levanta, vindo em minha direção. Ela segura meu queixo com força, me fazendo encará-la, sua unha perfurando a fina pele de meu rosto. 

- Estou cansada de ter que lidar com você - ela diz - Ambas sabemos que não irei conseguir tirar seus poderes e, sabemos também, que você não tem nenhuma importância aqui.

Ela me puxa até o final da sala e me força a sentar na cadeira, ainda segurando meu rosto, sinto meus pulsos sendo presos e me debato.

- O que está fazendo? - exclamo.

- Você acha que sou idiota - ela puxa algumas coisas que não consigo ver - Acha que não percebi que você não está mais drogada?

- Eu...

A porta é aberta com um estrondo, dois homens vestidos de terno entram, seus rostos tomados por desespero e... Medo? 

- Senhora - o mais alto diz - Os Winchester estão aqui.

- Os Winchester? - sussurro, com os olhos arregalados.

- Como eles nos acharam? - ela exclama.

- Não sabemos, senhora - o outro diz.

- Mande mais de vocês lá para baixo - ela aponta, irritada - Não machuquem o Dean.

Ao escutar o nome dele foi como se um balde de água gelada houvesse me atingido, arregalo os olhos e começo a me debater, as cordas apertadas me impossibilitavam de mexer minhas mãos. 

- Pare de se debater - ela solta um grunhido.

Ela coloca um pano em meus olhos, apertando os fortemente e fazendo um nó, sinto uma forte picada em meu braço e me desespero. Sinto o nervosismo se misturar com o desespero e com o medo, me causando náuseas. O zumbido constante que a lâmpada fazia ao piscar se misturava com o ranger da velha cadeira enquanto eu tentava me debater para me soltar das cordas. Sentia a circulação do sangue de minhas mãos parando, fazendo-as formigarem, meus olhos vendados me faziam meu interior se contorcer de medo. Eu conseguia ouvir gritos e sons como se uma verdadeira luta, ouvia também os passos de Amara ao meu lado. 

- Parece que eles chegaram.


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