Não aconteceu muita coisa desde a nossa saída do hospital psiquiátrico, eles meio que me trancaram em um quarto, dentro de o que parece ser um Bunker e só vieram me destrancar agora - 09:50 hrs.
Nesse exato momento eu estava sentada em uma cadeira, ao lado de uma enorme mesa - onde havia vários papéis jogados, dois notebooks e bastante lixo -, tomando um milk shake de chocolate e observando os dois rapazes andando de um lado para o outro, conversando tão rápido que parecia outra língua.
- Ok - exclamei - Vocês podem, por favor, me dizer o que está acontecendo?
- Achei que você saberia - Dean deu de ombros - Afinal, você é a única aqui que prevê o futuro.
- Eu não prevejo o futuro - revirei os olhos.
- Então como você sabia sobre nós? - perguntou Sam, se sentando ao meu lado - Como você sabia que tinha um demônio lá?
- Eu meio que consigo sentir - dou de ombros.
- Então, você é como um radar de demônios? - perguntou Dean, levemente animado.
- Mais ou menos - suspirei.
- Mas isso não explica como você sabia sobre Sam - falou Dean, calmamente, se encostando na parede - Ou sobre mim.
- Eu te vi em meus sonhos - disse o encarando. Ainda não conseguia ver sua aura e aquilo me incomodava, como explicar que as únicas pessoas que eu não consigo ver a aura ou ler os pensamentos estavam mortas?
- É - deu de ombros - A maioria das mulheres dizem isso.
- Nos meus sonhos você não era tão idiota - apoiei minha cabeça sobre minhas mãos e continuei - Desde que tudo isso começou, eu só tive quatro sonhos. Um deles é que vocês iriam me tirar de lá.
- Então você basicamente prevê o futuro - exclamou Dean.
- Não - suspirei dramaticamente - Você não entendeu, todos esses quatros sonhos não são muito explicativos. É como imagens, eu vejo e quando acordo anoto em um caderno de desenhos que tenho. Nesse sonho que vocês me tiram de lá, eu só consegui ver uma porta, vocês e um relógio marcando 23 horas e 40 minutos.
Os dois irmãos se encararam, Dean se levantou e murmurou alguma coisa como "Vou chamar o Castiel" , enquanto Sam continuou me encarando. Clareei minha mente e foquei meu olhar nele, seus pensamentos estavam todos embaralhados, confusos, mas algumas palavras se destacavam - como por exemplo: "É, ela me parece como uma profeta"
- Uma profeta? - exclamei - Sério?
- Bom, é o melhor palpite, mas Dean ainda acha que você é um anjo - disse enquanto encarava seu irmão, que voltava com um celular na mão.
- Ele já está vindo.
- Espera, você disse um anjo? Isso foi um elogio?
- Sim - ele parou um pouco, confuso - Não, conhecemos uma garota chamada Anna, ela era um anjo que havia caído e perdido sua graça. Ela fazia algumas coisas parecidas com as que você faz.
- Eu não sou um profeta - soltei uma gargalhada - Muito menos um anjo.
Todos deram de ombros, Dean pegou uma cerveja e Sam continuou encarando o nada, pensando em como eu conseguiria ajudar.
- Ajudar com o que? - perguntei.
- Dá pra você parar com isso - ele exclamou.
- Parar com o que? - perguntei assustada, mas ai lembrei - Ah, claro.
- Por que você não faz nada disso com o Dean?
- Eu não consigo - me virei em direção a Dean novamente, o encarando, mas nada aconteceu - Vem aqui. Pegue minhas mãos.
- Opa - ele disse com um sorriso sarcástico, eu continuei com as mãos estendidas e com as sobrancelhas levantadas, ele exitou um pouco, mas depois caminhou em minha direção e esticou suas mãos para mim - Isso é só uma desculpa para você pegar nas minhas mãos.
Suspirei e fechei os olhos, clareei minha mente e peguei nas mãos dele. Primeiro eu senti aquele calor, o começo agradável que eu sempre sentia, depois esperei a onda de emoções... Mas nada aconteceu. Forcei mais meus olhos, me focando e apertei mais suas mãos, minha respiração ficou acelerada, a única coisa que sentia era uma formigamento agradável e uma sensação de conforto. Abri os olhos rapidamente, assustada.
- Eu... eu não entendo - falei rapidamente, uma palavra atropelando a outra - Nunca falhou, eu não entendo, o que você fez? O que você é?
- Calma aí garotinha - exclamou - As vezes você só não está conseguindo fazer sei lá o que você faz com suas mãozinhas mágicas.
- Mas nunca falhou!
Ele deu de ombros e recuou, sentando em uma cadeira que também estava lá. Ficamos em um silêncio desconfortável por alguns minutos, até finalmente o tal Castiel chegar.
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Insanity
FanfictionQual a possibilidade de dizer para as pessoas que você consegue ver auras, ler pensamentos, saber tudo sobre alguém apenas com um toque, ter sonhos que muitas vezes se realizam, ter visões pré-apocalípticas e elas levarem numa boa? Bom, nenhuma. Fan...