Capítulo 24

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O sol já estava se pondo, eu conseguia vê-lo daqui, as montanhas e o sol por detrás, um bonito laranja cobria o céu e aquilo me fazia sorrir, era um belo dia. Ouço passos atrás de mim e me viro, senti uma pontada de nervosismo, sem saber o por que de estar nervosa olho em volta, ninguém estava ali. Sinto algo gelado contra minhas mãos e olho para baixo, três anéis juntos, me perguntava o que seria aqueles anéis. O céu se fechou, de repente, tudo ficou escuro, nuvens cobriam toda a extensão do céu e um vento fez meus cabelos voarem. Eu tinha que jogar aqueles anéis no chão, era isso, não conseguia saber o por que exatamente eu tinha que fazer aquilo. Meu coração parou por alguns segundos, sentia um medo desesperador, medo de não conseguir fazer o que vim aqui fazer. Mas o que eu vim aqui fazer?

Senti um impacto, como se alguém me empurrasse. Eu cai uns dois metros longe de onde eu estava, batendo minhas costas contra o chão - o que fez com que eu suspendesse minha respiração por alguns segundos. Olhei para quem havia me empurrado e soltei um grito abafado pela dor que sentia. Amara. Ela estava ali, sorrindo, seus cabelos castanhos balançando conforme a velocidade do vento, ela não parecia alguém que quisesse destruir o mundo. Mas aparências enganam, certo? Me levanto, ainda sentido a dor em minhas costas e jogo os anéis no chão, não entendia o que estava acontecendo. Um buraco enorme se abriu na grama, tão profundo que eu não conseguia ver o fundo. Ela chegou mais perto, automaticamente recuei, ficando na beira do profundo buraco. Ela sorriu e colocou suas mãos em meu braço, forçando as unhas contra minha pele, levantei rapidamente meus braços e a segurei. Eu não iria conseguir fazer aquilo sozinha, ela era forte, precisamos enfraquece-la.

- Atire - grito, mas parece que ninguém escuta - Atire!

Sinto uma dor alucinante em meu estômago, todo o ar foge de meu peito e tento, desesperadamente, respirar. Olho para baixo, ele atirou, coloco minha mão sobre o ferimento, vendo-a se encher de sangue. Sorriu e olho para frente, Dean segurava a arma, com os olhos arregalados. 

- Você conseguiu - sussurrei - Sabia que conseguiria.

E então, eu caio no buraco, sendo engolida pela escuridão.


Abro os olhos e respiro fundo, meu coração estava acelerado e lágrimas escorriam pelo meu rosto. Percebi que estava no banco detrás do carro, Dean dirigia e Sam dormia ao seu lado. Dean olhou pelo retrovisor, enquanto eu limpava as lágrimas que estavam em meu rosto.

- Mesmo sonho? - ele pergunta - Nós morremos?

- Estou tendo sonhos diferentes - sussurro e abraço a mim mesma.

- Que tipo de sonho?

- Não consigo lembrar - minto - É como se tivesse uma nuvem bloqueando meus sonhos.

- Isso é estranho.

- É - sussurro e encosto minha cabeça na janela, sentindo o carro balançar - Muito estranho.


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