Já era 18 hrs, faltava 1 hr para a festa. Coloco a roupa que me entregaram - vestido preto, com um decote em V e saltos -, passo a maquiagem que eles me obrigaram a passar. Me olho no espero, a sombra escura destacavam meus olhos e o decote destacava, infelizmente, meus seios. É, eu estou parecendo uma prostituta. Saio do meu quarto, pegando a pequena bolsinha de mão prata e vou para a sala, onde encontro Sam e Dean sentados, me esperando.
- Estou parecendo aquelas mulheres que colocam o número de celular na porta do banheiro masculino - digo e solto um grunhido.
- Está linda - Sam diz, enquanto Dean vem em minha direção com um pequeno objeto em suas mãos.
- Vire de costas - ele pede e coloca a mão em meus ombros, me virando vagarosamente de costas.
Sinto ele colocando alguma coisa gelada em minhas costas, ele puxa um fino fio até meus peitos e coloca uma minúscula caixinha dentro do meu sutiã. Sinto minhas bochechas ficarem vermelhas instintivamente.
- O que é isso? - pergunto baixinho.
- Com isso vamos poder escutar tudo o que acontece - ele diz e seu olhar sobe em direção ao meu - Assim podemos saber se alguma coisa der errado.
- Tudo bem - respondo - Vamos nessa.
Eles saem em direção ao carro, eu entro para o banco de trás. Dean dirige rapidamente e ele derrapa as vezes, aquilo aumenta meu nervosismo. Ok, Sarah, é agora, você vai conseguir, é fácil. Respiro fundo, tentando me acalmar e coloco minhas mãos sobre minhas pernas, vendo como elas tremem. Não demora muito até que Dean para o carro, olho para fora da janela e me assusto com a enorme mansão que vejo. Luzes brilham do lado de fora e a música é bem audível aqui. Os irmãos viram ao mesmo tempo e me encaram.
- Você precisa ir agora - Sam diz e me lança um sorriso - Nada de errado vai acontecer, você vai conseguir.
- Tudo bem - respiro fundo e abro a porta, quando estou saindo sindo uma mão segurar meu pulso e olho para trás.
- Tome cuidado - Dean diz.
- Obrigado - digo e puxo meu braço vagarosamente.
É difícil me equilibrar nos saltos e as vezes eles entram em buraquinho que há no chão, ando devagar até a entrada. Quando chego, dois seguranças estão na porta, assim como os rapazes me disseram.
- Quem é você? - um cara alto, careca, segurando uma folha pergunta.
- Suzy Mayer - digo o nome que eles me deram. Ele olha para a folha, depois olha para mim e olha para a folha de novo, meu sangue gela e meu coração para, será que ele percebeu que eu não sou a tal Suzy?
- Tudo bem, Srta. Mayer - ele diz e dá um passo para o lado, abrindo a porta.
Entro e o cheiro de tabaco e álcool fazem meu nariz arder. Várias pessoas estão dançando, outras quase se comendo em cadeiras longas de couro, algumas mulheres com roupas íntimas dançam em cima de mesas e a música faz minha cabeça doer. As auras de demônios são completamente pretas, minhas visão fica cheia de pontos pretos, por isso tenho dificuldade em conseguir encontrar Filip. O avisto no bar, sozinho e rindo, assim como em meu sonho. Caminho vagarosamente até lá e o encaro ao mesmo tempo que ele me olha, lanço um sorriso sedutor. Ele sorri também e sinto vontade de vomitar, ele é nojento. Vou até o barman e peço uma vodka, ele sai e volta minutos depois com um pequeno copo cheio. Fecho os olhos e engulo toda a bebida, minha garganta arde. Olho para o lado e Filip continua me encarando.
- Viu alguma coisa que gosta? - pergunto, me referindo a meu corpo e ele parece entender.
- Muitas coisas - ele diz e sorri, chegando mais perto.
- Ótimo - digo e passo minha língua nos meus lábios, ele olha para minha boca e se inclina, para me beijar, sua mão vem em direção da minha cintura.
- Vamos para seu quarto - pergunto rapidamente, recuando - Gosto de privacidade.
- Claro - ele diz e saí na minha frente.
Ando atrás dele, mantendo uma certa distância. Subimos umas escadas, passamos por alguns quartos, até chegar a uma grande porta. Ele abre e dá espaço para mim entrar, passo por ele, ainda sorrindo, e entro. Enquanto ele fecha a porta eu olho em volta, avistando o baú em cima de uma mesa que estava atrás de mim. Olho para Filip novamente e ele já está vindo em minha direção, a cada passo que ele dá eu recuo dois, até bater minhas costas contra a mesa. Passo minha mão sobre a mesa, ainda encarando Filip, até conseguir pegar o baú. Ele já está tão perto que sinto sua respiração bater contra meu rosto. Agora seria uma ótima hora para conseguir usar meus poderes, mas eu não consigo.
- Sabe... - digo dando uma risada nervosa - Acho melhor eu ir embora, tenho horário para voltar para casa.
- Não - ele simplesmente diz, ainda rindo - Você vai fazer o que eu quiser.
- Não - digo, com os olhos arregalados, ele não pode. Eu ainda sou virgem.
Ele apenas sorri e chega mais perto, tento me afastar mas é impossível. E então, ele coloca suas mãos em meu seio e toda a dor se bate contra mim. Fecho os meus olhos e solto um pequeno grito. Tento empurrá-lo, mas ele nem se move. Minha garganta se fecha e tudo fica preto, sinto lágrimas escorrendo pelo meu rosto, enquanto aquele homem nojento continua passando suas mãos em mim. Grito um "para" não muito alto, mas ele continua. Então eu respiro fundo, sentindo como se todos os meus ossos estivessem quebrando, e solto um alto "para. Vejo Filip voar por uns 3 metros e bater a cabeça na parede, ele não apaga, mas está confuso.
Não me importo se ele está me seguindo, não me importa se alguém está ali, a única coisa que faço é pegar o baú e correr em direção a porta. Saio do quarto e continuo tropeçando em meus próprios pés, não vejo o que tem na minha frente pois toda a minha visão está preta. Fecho os olhos e quando abro, estou no meio da pista de dança. Várias pessoas estão ali e começam a me tocar, algumas me empurram acidentalmente enquanto dançam, algumas simplesmente me tocam por que querem. Sinto como se estivesse sendo atropelada por centenas de caminhões, continuo correndo. Por sorte, consigo enxergar uma pequena porta. Saio por ela e encontro o fundo da mansão, está vazia.
Meus joelhos cedem e eu caio no chão, sindo minha garganta ardem e viro para o lado, vomitando. Eu choro desesperadamente, não consigo respirar, minha visão está toda preta e sinto todos os ossos do meu corpo se quebrando em pedacinhos. Sinto duas mãos segurando meus ombros e ouço uma voz distante.
- Sarah - alguém chama - Sarah, está tudo bem agora.
Não respondo e tento afastar a pessoa com minhas mãos. Ele pega minhas mão e aperta forte.
- Isso que você está sentindo não é real - pisco várias vezes e a minha visão clareia, consigo ver perfeitamente Dean a minha frente, ele aperta mais minhas mãos - Isso é real, está tudo bem.
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Maior capítulo shaushuahsuhsua 1.173 palavras c:
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Insanity
FanfictionQual a possibilidade de dizer para as pessoas que você consegue ver auras, ler pensamentos, saber tudo sobre alguém apenas com um toque, ter sonhos que muitas vezes se realizam, ter visões pré-apocalípticas e elas levarem numa boa? Bom, nenhuma. Fan...