Capítulo 43

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Música da mídia: "Jason Walker - Everybody Lies".

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Eu não havia dormido, apenas fiquei sentada ali, pensando no que faria a seguir. Acharia Amara e faria o que fosse preciso para enfia-la de volta aquele buraco, inclusive me sacrificaria. Não que isso faria diferença. 

A única luz que iluminava o quarto era o da lua, que entrava pela janela. Meus joelhos encostavam em meu peito e minha cabeça estava entre os mesmos, estava pensando em uma ideia boa o suficiente para conseguir sair daqui e achar Amara, para então fazer o que estou destinada.  Eu ainda conseguia sentir o peso em meus ombros, a sensação de alguma coisa estar errada, que não era bem-vinda ali. Senti um arrepio que me fez estremecer, fechei os olhos e tentei me concentrar em alguma coisa que não fosse a ânsia, todo o ar parece excasso, meus olhos pesaram, meu peito subia rapidamente enquanto eu tentava respirar, tive que juntar todas as minhas forças restantes para abrir os olhos e enfrentar o que tinha a minha frente. Eu só havia sentido tudo aquilo uma vez, por isso já sabia que ela estava ali.

- Tão deprimida - ela me olhou e balançou a cabeça, fazendo "tsc tsc".

- Ah, qual é - exclamei - Minha mão ainda está sangrando, me diga que não vou precisar enfiar uma faca na outra para você sair daqui.

- Seu senso de humor é adimirável - ela sorri e se senta em uma cadeira que estava encostada na parede - Só vim conversar.

- Ótimo - concordei com a cabeça e dei de ombros - Sempre quis conversar com a Escuridão. Na verdade era meu sonho, tipo melhores amigas, sempre quis presenciar esse momento.

- Péssima hora para fazer piadinhas, não acha?

- Sim, claro, péssima hora - digo.

- Se eu fosse você também me cansaria de levar tudo a sério - ela olha para as unhas - Eu também começaria a lidar com tudo isso como se fosse uma piada, por que tudo isso parece, de fato, uma piada.

- Mas você não é - digo ríspida - O que você quer? Desabafar e chorar no meu ombro? Olha, juro para você, não sou a melhor pessoa para falar sobre sua família. Olhe para a minha, todos mortos.

- Apenas vim propor um acordo com você - ela dá de ombros e sorri - Estou surpresa por você não ter reagido assim que me viu, como ter enfiado outra faca em sua mão. Aliás, aquilo doeu bastante.

- Estou cansada demais para isso - revirei os olhos - Mas se você se levantar daí, não posso prometer que não vou usá-la. 

- Tudo bem, vamos direto ao assunto - ela sorri - Você sabe que vou ter que chamar a atenção de Deus para que ele mostre as caras e termine a luta que ele mesmo começou. Eu, provavelmente, usaria sua criação para isso. Por isso quero fazer um acordo com você.

- Porque diabos eu faria um acordo com você?

- É um ótimo acordo - ela me encara - Se você concordar, eu prometo não machucar mais nenhum humano, vou deixar minha luta apenas com Deus e enfrenta-lo sem usar sua criação. Assim você fará o que você tem que fazer, protegera todos os filhos de Deus.

- E qual a minha parte do acordo? - pergunto, quase rindo de toda aquela situação, e levanto minhas sobrancelhas sugestivamente - Vou ter que dar meus poderes? Matar alguém? Doar um rim? Fala sério, o que você acha que posso fazer por você?

- Você só precisa vir comigo - ela diz como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo - Você ficará ao meu lado, fazendo com que eu veja que você não é uma ameaça para mim. Claro que tentarei tirar seus poderes, mas ninguém precisará morrer. Nem você, nem o resto da humanidade.

- Você acha mesmo que eu faria isso? - digo.

Tenho que concordar que era um bom acordo, estava indecisa quanto a isso. Ir embora com ela me daria mais chances de conseguir derrotá-la, eu estaria sempre perto dela e só precisaria ter o momento certo para isso, ela também prometeu não machucar nenhum ser humano. Se eu não fosse com ela, teria que ficar aqui e procurá-la, sabendo que os rapazes nunca concordariam com o plano que tenho em mente, diriam que é um plano suicida. 

- Tenho certeza que faria - ela diz com total convicção - Você sabe que isso é o mais perto que você chegaria para fazer o que está destinada, proteger toda a criação do meu irmão. Só preciso que você dê a sua palavra que não tentará nada contra mim e iremos embora. O que me diz?

- Eu... - respiro fundo e olho para o chão - Como eles ficaram? Sam e Dean?

- Ah, não machucarei eles também - ela revira os olhos - Aliás, porque eu machucaria Dean?

Eu só precisava de uma chance, só precisava do momento certo para prende-lá.

- Tudo bem - ignoro o que ela falou com um enorme pesar - Vamos nessa.

Aquele seria meu plano.


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Eu não estava conseguindo escrever esse capítilo, por isso me desculpem se ficou uma bosta :c

Me desculpem também por não ter postado ontem ;-;

Se tiver algum erro me avisem, eu não revisei :p

Byeeeee












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