Eu nunca tive a chance de me apaixonar. A única coisa que eu sabia sobre amor vinha de livros e coisas que minha mãe me contava, como quando seu coração acelera quando se está perto de quem ama, como você sente que tudo vai ficar bem, como se ele fosse seu porto seguro. Quer dizer, quanto eu tinha uns 12 anos e, achava que gostava de meu vizinho, meu pai me deixou de castigo por uma semana. Onde eu morava - um vilarejo em Montana - todos eram cegos por Deus. Eu não podia usar calças, cortar meu cabelo e eu estudava em casa. Meu pai era o pastor da única igreja de lá, todos os adoravam, todos procuravam por meu pai, achando que ele poderia trazer vida eterna. Eu era, basicamente, um anjo aos olhos de todos, todos me admiravam, até tudo acontecer e eu ser considerada um demônio.
Eu, literalmente, nunca tive uma única chance de me apaixonar, mas só ali, encostada contra a parede, ofegando e encarando Dean a minha frente, consegui entender tudo que minha mãe me contava. Eu não acho que estou apaixonada, não quero estar, mas os batimentos acelerados de meu coração dizem ao contrário.
- Por que sempre tem que haver uma briga para nós nos beijarmos? - pergunto depois de longos segundos em silêncio.
- Boa pergunta - ele apenas diz.
Suas mãos estavam na minha cintura, enquanto as minhas estavam apoiadas em seus ombros. Desejei que aquilo durasse para sempre, aquela sensação de que eramos únicos ali, era como se tudo em nossa volta não tivesse mais importância, apenas eu e ele. Não importa se eu pareço uma louca possessiva, se isso é errado, se o mundo está acabando, se tem uma vadia que quer destruir o mundo e eu sou a única que posso salvá-lo. Me perguntava se Dean sentia o mesmo, provavelmente não.
Sou acordada de meus pensamentos quando ouço um barulho na porta e um Sam aparece, me afasto rapidamente e tento arrumar meus cabelos, que estão uma bagunça. Ele apenas nos olha por alguns segundos, sorri e dá de ombros.
- Eu... hum, vou fazer alguma coisa por ai - digo e me viro, indo para meu quarto.
Abro a porta e me assusto ao ver Castiel sentado sobre minha cama. Suspiro e entro, fechando a porta e indo em direção dele.
- Você pode, por favor, parar de aparecer assim, de repente? - digo e cruzo meus braços - Você não tem, sei lá, um telefone?
- Tenho.
- Então você pode mandar uma mensagem - dou de ombros.
- É - sua cabeça tomba ligeiramente para o lado e ele franze o cenho - Com vários emoticons.
- Sim - sorrio e chego a conclusão de que é impossível ficar brava com ele - Aconteceu alguma coisa?
- Eu descobri o que "ligadas" que dizer - ele diz - Eu acho.
- O que? - me levanto e o encaro.
- Aparentemente, Deus ligou vocês e tudo o que acontecer acontece com ela.
- Então, tudo o que acontecer com ela acontece comigo? - pergunto assustada.
- Não - ele sorri - Deus ligou ela a você e não ao contrário.
- Ah - tento entender - Se eu morrer... Ela morre?
- Ela é imortal, Sarah - ele diz e a única gota de esperança em mim se desfaz - Mas eu pesquisei bastante e descobri uma coisa mais importante.
- Sim?
- Deus fez uma bala - ele levanta o dedo indicador - Apenas uma bala que pode enfraquece-la o suficiente para prende-la.
- E onde está? - pergunto rapidamente - Por que não disse antes?
- Está com você Sarah - ele diz, calmamente, aquela calma me irritava - Ou, pelo menos, estava.
- Eu não tenho nenhuma bala comigo - levanto minhas mãos, irritada.
- Pense em alguma coisa que você tinha - ele se levanta - Alguma coisa que te fazia sentir melhor, que te transmitia paz, alguma coisa que você sentia que era certo em um mundo completamente errado.
- Eu nunca tive nada que me deixasse bem quando tudo isso começou - me levanto também - Nunca tive! A única coisa que eu tinha em mãos era o urso que minha mãe me deu e remédios.
- Urso.
- É - exclamo - A merda de um urso de pelúcia.
- Está no urso.
- Castiel, fale a minha língua.
- A bala está no urso.
- Como você sabe? - pergunto e o encaro, tudo bem, ele é um anjo, ele apenas sabe - Vamos supor que está, ou melhor, estava, já que meu pai jogou no lixo. Como vamos achá-lo?
- Vamos voltar para pegar - ele apenas dá de ombros.
- Voltar onde? - exclamo.
- Na sua infância.
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Eu acho que tive um infarto aqui.
Abri meu wattpad, fui feliz ver como andava Insanity e me deparei com 1.1KFUCKING VISUALIZAÇÕES.
1.1 K.
MEU DEUS, EU AMO VOCÊS.
Apesar de eu não me importar muito com visualizações, eu estou muito feliz por isso.
Insanity estava/ou está aparecendo nas recomendações do wattpad, eu estou morta.
<3 AMO VOCÊS, OBRIGADO POR LEREM, VOTAREM, COMENTAREM E ME AJUDAREM COM TUDO ISSO.
BYEEEE.
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Insanity
FanfictionQual a possibilidade de dizer para as pessoas que você consegue ver auras, ler pensamentos, saber tudo sobre alguém apenas com um toque, ter sonhos que muitas vezes se realizam, ter visões pré-apocalípticas e elas levarem numa boa? Bom, nenhuma. Fan...