Capítulo 40

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Pov Dean

Acordei com o som dos trovões que preenchiam todo o cômodo, olho para o que está deixando meu braço dormente, Sarah está deitada sobre ele, sua cabeça deitada sobre meu peito e sua respiração calma que, de vez em quando, fazia cócegas em meu pescoço. Acordar ao seu lado, sem dúvidas era o melhor jeito de acordar. Tento sair de lá, devagar para não acorda-lá, quando já estou fora da cama ela se meche um pouco, o que  me faz suspender a respiração por alguns segundos, mas ela apenas suspira enquanto ainda dorme. Passo minhas mãos sobre meu rosto e percebo que elas tremem, estranho. Olho em volta e tento pensar onde devo ir, eu não sabia o porque, mas deveria ir para a sala. Sim, definitivamente, eu preciso ir para a sala.

Meus pés se arrastam pela fria madeira que cobre o chão, suspiro enquanto viro pelos corredores, minhas mãos estão suando frio e, nem ao menos, sei o porque. Quando chego á sala, tudo está escuro, por isso acendo a luz e me assusto quando me deparo com uma mulher sentada em uma cadeira posicionada no meio do cômodo, não apenas uma mulher, Amara. Ela se levanta e sorri, enquanto eu estou olhando por todos os cantos, tentando achar uma arma.

- Olá, Dean - ela diz, arrumando seu vestido.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto.

- Eu disse que iríamos nos encontrar - ela sorri e chega mais perto de mim - Você sentiu que eu estava aqui, certo?

- Não sei do que está falando.

- Você sabe exatamente do que eu estou falando - ela inclina sua cabeça para o lado - Estamos ligados, Dean. Sempre estaremos ligados.

- Isso não é verdade.

- Claro que é - ela concorda com a cabeça enquanto chega a centímetros de mim - Esse será nosso futuro, juntos.

- Você não sabe o que está dizendo - digo entredentes.

 Ela se aproxima mais, tem alguma coisa nela, alguma coisa que me atraí, como um imã, mas nada comparado com Sarah... Sarah. Lembro dela deitada ao meu lado, enquanto sorria e recuo um passo, quando eu e Amara estávamos prestes a nos beijar.

- O que pensa que está fazendo? - exclamo.

- É aquela garota, certo? - ela arqueia suas sobrancelhas - Você sabe que não vai dar certo.

- Não.

- Você sabe que vocês nunca irão ficar juntos.

- Você não sabe o que está dizendo.

- Você sabe que ela irá morrer, Dean - ela grita.

Não respondo, apenas cerro meus dentes e encaro a vadia que está na minha frente, pode ser verdade, a morte de Sarah pode ser inevitável, mas farei o possível - e o impossível - para que isso não aconteça. Amara se acalma e gargalha, sua cabeça balançando sua cabeça em negação.

- Tudo o que ela sofreu, tudo o que ela ainda irá sofrer é culpa de Deus - ela diz - Poderíamos nos vingar por ela, Dean.

- O que?

- Nos ajudar - o canto de seus lábios sobem em um sorriso - Juntos. Sempre juntos.

- Você é louca.

Ela suspira e coloca suas mãos em meu pescoço.

- Não queria ter que fazer isso, Dean - ela diz, sua voz em um alto tom de decepção - Mas acho que já está na hora de sua garotinha saber o futuro que a espera.

Ela sorri e antes que eu possa recuar, ao mesmo tempo que som de passos é audível, ela me beija.


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